quarta-feira, 30 de novembro de 2011

MONETARISMO X FISCALISMO

Não concordo de modo absoluto com a afirmativa final DO ARTIGO ABAIXO que diz:
A experiência mundial, tanto em situações patológicas (hiperinflação), como em situações usuais (crise do euro) mostra que os problemas monetários têm origem fiscal.
No caso do euro é bem visível que foram os banqueiros que impuseram a uniformidade de gastos sociais e de restrições à produção com quotas por país. Logo, houve um direcionamento escravocrata porque se podia prever desde o começo que o endividamento dos governos cresceria por excesso de despesa e impedimento de crescer a receita de modo correto, isto é, com aumento de produção livre. Esse é o caminho para o Nazi-bolchevismo sob comando feudal. Portanto, o raciocínio de que a falta de receita fiscal foi a culpada da falta de moeda para pagar aos banqueiros é uma cínica inversão da verdade.
Concordo com a conclusão intermediária que o autor apresenta:
a hiperinflação só acaba de modo definitivo se houver mudança dos regimes monetário e fiscal.
Entretanto, isto implica em que os banqueiros devem desinchar seus cofres, pois segurar drásticamente a inflação é apenas garantir que a moeda dos banqueiros nunca pode devolver o que roubou em excesso na sua ânsia de lucrar sem limites, ÚNICO FATOR básico de inflação.
Pelo outro lado, o regime fiscal atrelado a pagar dívidas com banqueiros tem que mudar.
Assim para os banqueiros e seus capangas a mudança fiscal tem sido sempre entendida como aumento do percentual dos tributos, com redução de gastos sociais. Entretanto, para haver prosperidade sem escravidão, deverá acontecer sempre com redução das alíquotas de impostos em maior percentual do que seja o percentual dos dinheiros deixados nas mãos do povo, visto que é a classe média que deve ajustar os problemas das obras sociais e não o Estado.

Nos cálculos que fazemos nessa direção com o GEA há mais de 25 anos estamos propondo o sistema de IMPOSTO ZERO, ou seja, convertendo o ajuste fiscal em uma despesa do condomínio-nação de modo a permitir que a produção se ajuste ao consumo (saudável, autossustentável, não dirigido por banco-lucrantes).
Leiam

Domestique o supertiranossauro da super-receita

Se deixarmos acontecer como sugerem os banqueiros, sempre teremos maior aumento das contas a favor dos lucros dos Bancos, do que seja o aumento da prosperidade dos cidadãos.

Na Democracia, ao contrário, o cidadão sempre terá oportunidade de prosperar mais um pouco na proporção de sua iniciativa e criatividade para aumentar a qualidade de vida dos demais.

Em resumos, leiam

http://pt.shvoong.com/writers/ramacheng

----- Original Message -----
Sent: Wednesday, November 30, 2011 6:01 AM
Subject: Monetarismo x fiscalismo 015

Revista Conjuntura Econômica - FGV

Vol 65 nº 11 Novembro 2011 - Macroeconomia

Monetarismo x fiscalismo

Fernando de Holanda Barbosa

O Prêmio Nobel de Economia de 2011 foi dado aos professores americanos Christopher Sims e Thomas Sargent. O primeiro pela sua formulação do modelo VAR, um sistema de equações simultâneas com variáveis autorregressivas, que permite a análise e a previsão de séries temporais de variáveis econômicas. Sargent, além de sua contribuição na estimação dos modelos com expectativas racionais, analisou a inter-relação das políticas monetária e fiscal, um tema importante para entender-se que a sustentação de qualquer regime monetário depende da situação fiscal.

No seu artigo clássico sobre o final das hiperinflações da Alemanha, Áustria, Hungria e Polônia, que ocorreram entre as duas guerras mundiais do século passado, Sargent concluiu que duas medidas foram essenciais, para que as hiperinflações acabassem do dia para a noite, sem que houvesse recessão. Essas medidas foram: mudança do regime monetário, com a proibição dos bancos centrais de financiarem o déficit público; e mudança do regime fiscal, com as despesas sendo financiadas exclusivamente por tributos, ou por empréstimos que não implicassem a emissão de moeda.

Essa conclusão não foi aceita por todos os economistas. Rudiger Dornbusch (alemão), professor do MIT, que morreu prematuramente, argumentou que, no caso da Alemanha, não houve mudança do regime fiscal antes do término da hiperinflação, havendo apenas mudança do regime monetário, com a fixação da taxa de câmbio e elevação da taxa de juros. A estabilização fiscal ocorrera depois do final da hiperinflação, com a recuperação da capacidade tributária do Estado em virtude do final da inflação, num círculo virtuoso produzido pelo novo regime monetário.

Quem estava certo: Sargent ou Dornbusch? A experiência brasileira, com o Plano Real, mostrou que a hiperinflação pode acabar do dia para a noite apenas com a mudança do regime monetário. Aqui, no Brasil, não houve mudança do regime fiscal antes do plano. No governo do presidente Fernando Henrique Cardoso existiam economistas que endossavam a hipótese de Dornbusch, pois o déficit público passou a ser financiado por dívida pública, em vez da emissão de moeda.

O resultado dessa estratégia foi o crescimento em bola de neve da dívida pública, numa trajetória insustentável. É verdade que não houve dificuldade no financiamento do déficit e na rolagem da dívida, porque o governo tinha reputação e credibilidade. No apagar das luzes do primeiro mandato do presidente FHC, o ajuste fiscal foi feito, introduzindo-se a política de superávit primário, em vigor até hoje. Moral da história: a hiperinflação só acaba de modo definitivo se houver mudança dos regimes monetário e fiscal.

A crise do euro atualmente é outro exemplo da interação das políticas monetária e fiscal. O Tratado de Maastricht estabeleceu que os países que aderissem ao euro deveriam ter uma dívida pública de 60% do PIB e um déficit público de 3%. Esse déficit público é calculado multiplicando-se 60% por 5%, a soma da inflação de 2% com o crescimento de 3% do produto real. Satisfeitas essas condições, a dívida pública seria sustentável e o Banco Central Europeu não teria que socorrer países com crise de dívida. Em 2002, a Alemanha e a França, países que deveriam dar exemplo, não cumpriram a regra. Vários países seguiram esse caminho. A Grécia, de tanto tomar dinheiro emprestado, não tem condições de pagar sua dívida. Como resolver esse imbróglio para salvar o euro?

Apagar o incêndio e obrigar que cada país membro do euro somente se endivide se tiver capacidade de honrar seus compromissos.

No Brasil é usual rotular as pessoas para desqualificar seus argumentos. Chamar alguém de monetarista tinha (tem) a conotação de um palavrão. A experiência mundial, tanto em situações patológicas (hiperinflação), como em situações usuais (crise do euro) mostra que os problemas monetários têm origem fiscal.

Fernando de Holanda Barbosa é professor da Escola de Pós-Graduação e Economia da FGV.

Ricardo Bergamini
(48) 4105-0832
(48) 9976-6974
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www.ricardobergamini.com.br/blog

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CARTA SOBRE A MATÉRIA ESCURA

Meu caro Gilson,
Passo mais um pouco do que é o GEA e minhas teses, pois vc ainda não alcançou as diferenças entre experimentos científicos e os chutes...
O Magnetismo de que falei no e-mail anterior para satisfazer sua curiosidade, tem 4 formas que usamos: o magnetismo biológico (acusado pela ressonãncia magnética e em uso com nosso Ativador Vital), o magnetismo metálico (Ímãs permanentes como esses inventores usam), magnetismo de bobinas elétricas (todos os motores e geradores) e o magnetismo do planeta e de todos os astros (a bússola demonstra esse campo).
Já a gravidade é outra coisa - é um mar invisível sem partículas, que pressiona a Terra (por exemplo) por todos os lados de modo exatamente igual, como uma bolha dentro de um fluido.
Eis abaixo uma publicação recente típica da ignorância sobre a matéria invisível:
Veja que Há uma confusão nas descrições...
Segundo A. Einstein, "cada cientista precisa respeitar as teorias mais avançadas e que se comprovaram. Se alguma coisa aparecer que não se explica com a teoria anterior, é preciso fazer a revisão e elaborar outra teoria que alcance esses fatos. Qualquer nova teoria que permita ou se baseie em experimentos, será a mais aceita".
Isto é o que pretendo apresentar - A definição satisfatória dessa matéria escura no livro sobre Einstein, juntamente com a máquina que a extrai, esta já funcionando.
No próprio comentário abaixo fica provado que a tese semi-quântica sobre a matéria escura, NÃO CONFERE COM OS FATOS!
O ARTIGO CONCLUI:
Depois desse estudo, cientistas sabem ainda menos sobre a matéria escura do que conheciam antes.
Portanto está no momento oportuno para explicar que o continuo espaço-tempo, curvo, real, sem divisão quântica, é a verdadeira essência de Tudo, e os quanta são bolhas ou vórtices vazios dentro desse mar de energia, e eles se mantêm sem desaparecer pelo aperto gravitacional, porque giram! Isso é válido para todos os aglomerados de quanta!
Desculpe se não deu pra explicar mais claro.
prof Mário

OBS.- O Artigo abaixo pode ser acessado no site hypescience.com onde se encontram mais artigos correlatos.

Matéria escura ainda mais obscura: novo estudo confunde cientistas

Novas medições de galáxias pequenas contradizem o melhor modelo que explica a matéria escura até agora. A descoberta complica ainda mais a imagem já misteriosa da matéria escura, que se acredita que ocupa 98% de toda a matéria do universo.

A matéria escura, o material invisível que se pensa que permeia o universo, só pode ser indiretamente detectada através de sua atração gravitacional sobre a matéria normal que compõe estrelas e planetas.

Apesar de não saber exatamente o que é a matéria escura, os cientistas construíram um bom modelo para descrever seu comportamento. Esse modelo prevê que a matéria escura é composta por exóticas partículas lentas e frias que se agregam por causa da gravidade.

Esse modelo da matéria escura fria descreve muito bem como a matéria se comporta na maioria das situações. No entanto, a teoria não funciona quando é aplicada a galáxias anãs, onde a matéria escura aparece mais espalhada do que deveria ser, de acordo com o modelo.

Em um novo estudo, pesquisadores calcularam a distribuição da massa de duas galáxias anãs usando um novo método que não depende de qualquer teoria da matéria escura. Os cientistas estudaram as galáxias anãs Fornax e Escultor, que orbitam a Via Láctea.

As novas medições contradizem a vigente teoria da matéria escura porque, de acordo com ela, os centros de galáxias devem ser embalados com aglomerados densos de matéria invisível. Mas a matéria escura parece estar espalhada uniformemente por Fornax e Escultor, bem como em outras galáxias anãs cuja distribuição da massa foram medidas de outras maneiras.

Se uma galáxia anã fosse um pêssego, o modelo cosmológico padrão diria que a matéria escura deveria estar no centro, como um caroço. Mas, em vez disso, as duas galáxias anãs estudadas parecem “pêssegos sem caroço”. Essas medições sugerem que alguma parte do modelo teórico da matéria escura deve ser revisto.

Galáxias anãs, como Fornax e Escultor, são lugares especialmente bons para estudar a matéria escura, porque elas são quase inteiramente compostas disso, de acordo com o que acreditam os cientistas. Apenas 1% da matéria de uma galáxia anã é matéria normal que compõe estrelas.

Para determinar onde e quanto de matéria escura habita as galáxias anãs, os pesquisadores estudaram os movimentos de 1.500 a 2.500 estrelas visíveis que refletem as forças gravitacionais agindo sobre elas a partir da matéria escura.

Alguns pesquisadores sugerem que quando a matéria escura interage com a matéria normal, ela tende a se espalhar, diminuindo assim a densidade de matéria escura no centro das galáxias. No entanto, até agora, o modelo de matéria escura fria não prevê isso.

Ou a matéria normal afeta a matéria escura mais do que os cientistas pensavam, ou ela não é fria e lenta. Depois desse estudo, cientistas sabem ainda menos sobre a matéria escura do que conheciam antes. [LiveScience]

Aguardem outras comunicações sobre o tema, neste BLOG.

Também no site "hypescience.com" podemos encontrar matérias correlatas.

Leiam no site, em download sobre as características da Energia Livre.

http://www.mariosanchez.com.br/upload/energialivre.pdf

http://www.mariosanchez.com.br

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SOBRE MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO

O FUTURO IDIOMA PLANETÁRIO SERÁ PORTUNHOL

TENHO DISCUTIDO NO GEA SOBRE O “IDIOMA DE GAIA”

Ao examinar as necessidades planetárias de aperfeiçoar os instrumentos que nos levem à compreensão entre povos, nações, grupos de indivíduos, cada um com os outros e dentro das famílias, batemos com a cabeça na parede intransponível da comunicação, mais exatamente, das barreiras que separam os sistemas, dentre eles o que chamamos de IDIOMA.

Cada vez o Inimigo do Homem aumenta mais nossa “Babel” nas comunicações...

Há um esforço crocodiliano sideral para destruir os sistemas lingüísticos em favor do irracional processo de escravização feudal.

Resumo abaixo o informe sobre o Português Internacional que gerou um Movimento Lusófono (MIL).

Na primeira abordagem diz: “O MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO (MIL) - nasceu no primeiro dia de 2008, enquanto o movimento cultural e cívico prefigurado no Manifesto da NOVA ÁGUIA (cf. nº 1, pp. 7-13, ponto 9), procurando ser, pois, no século XXI, o que foi o MOVIMENTO DA RENASCENÇA PORTUGUESA, agora a uma escala lusófona, como desde logo se infere pelo nome, procurando repensar Portugal no contexto da Lusofonia e erguer um Portugal novo que seja um modelo de justiça, desenvolvimento e fraternidade entre os homens. Logo no seu primeiro ano de existência, o MIL tomou várias posições em prol de uma real convergência lusófona: quer defendendo uma "Força Lusófona de Manutenção de Paz", para acorrer às situações vividas em Timor-Leste e na Guiné-Bissau, por exemplo, quer defendendo o princípio do "Acordo Ortográfico", a nosso ver um instrumento importante para essa convergência lusófona que almejamos, quer ainda defendendo o "Passaporte Lusófono", uma das mais marcantes bandeiras de Agostinho da Silva, uma das personalidades cujo pensamento mais inspira o nosso ideário, em prol da livre circulação de pessoas no espaço lusófono”.

Informa “No segundo ano de existência”, uma série de iniciativas do MIL na área política portuguesa, sobre Guiné-Bissau, Timor Leste, Goa, Macau, Malaca, sobre distribuição de livros em língua portuguesa aos povos que a falam, e ampliando velhos laços com a Galícia, e o crescimento do número de associados do Movimento.
Prossegue que... “Sem crises de identidade, o MIL avança para o ano de 2010 centrando-se naquilo que para si é, desde sempre, o essencial: o reforço dos laços entre os países lusófonos – a todos os níveis, como sempre expressamente dissemos: não só no plano cultural, mas também social, econômico e político. Neste último plano, não antecipamos as formas em que se poderá concretizar a convergência lusófona que almejamos. Sabemos que o caminho será longo e que falta quase tudo: desde logo, o sentido de uma cidadania lusófona”... “somos europeus e por isso manteremos todos os laços: desde logo com a Galiza – ainda que, como salientamos no debate que promovemos, seja aos galegos que cabe decidir o seu futuro –, depois, com os demais povos ibéricos”...

Ao final do comunicado pergunta:

“Quer juntar-se a nós? Para partilhar este nosso caminho, para propor iniciativas e tomadas de posição, para difundir esta visão – contamos consigo”.

MIL: MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO (www.movimentolusofono.org)
(blogue:
www.mil-hafre.blogspot.com).

FINALIZANDO

Prof. Mário Sanchez

Em meu BLOG apresento alguns textos em que abordo como se formará o Idioma Planetário, seguindo as “leis dos sistemas” que presidem os confrontos entre idiomas, nada menos do que o avesso do que pretendem os escravocratas, cuja filosofia é de manter a Ignorância proibindo o estudo e incentivando a divisão e a mutilação das línguas dos que são submetidos a algum tipo de servidão que lhes dê tudo que os submetidos possam ter ou fazer.

Assim nossa conclusão é de que as línguas que podem ter melhor expressão em computador (futura forma irrevogável do sistema lingüístico planetário) são as que se unirão no IDIOMA DE GAIA. Raciocinamos que as 4 maiores unidades lingüísticas em território e população somarão suas palavras e regras gramaticais em um Dicionário Unificado feito para processamento eletrônico. São elas – Inglês, Espanhol, Português e Mandarim. A esse dicionário se acrescentarão termos, expressões e usos gramaticais e sintáticos das demais, na medida em que o seu uso seja aceito na comunicação. Pelo volume de vocábulos em uso, pela sonoridade, pelos significados mais exigidos pelo jogo dos raciocínios, a construção será como um jogo de xadrez, onde o sistema do Idioma seja matematicamente um conjunto que possui mais recursos para serem usados do que os antecedentes.

Sendo somados os territórios de línguas Ibéricas (Portunhol) temos mais de 16 milhões de quilômetros quadrados. Somando as populações desses territórios, ultrapassamos um bilhão e meio de pessoas que falam uma dessas duas línguas. São também as mais ricas em palavras e recursos de expressão, com precisão de jogo de xadrez, servindo de treino para o cérebro, e assim superam de 100 a 1 as outras duas que se julgam as mais faladas e fadadas a serem a LÍNGUA DE GAIA.

Leiam os argumentos mais extensos em:

http://www.mariosanchez.com.br

http://www.mariosanchezs.blogspot.com

http://pt.shvoong.com/writers/ramacheng

http://www.sanchezmartina.blogspot.com

http://pt.shvoong.com/writers/sanmys

PRECISAMOS REVER A HISTÓRIA?

COMISSÃO DA VERDADE

Conforme Milor Fernandes:

A História contada hoje se refere a fatos que não aconteceram, descritos por quem não estava lá.

REVER A HISTÓRIA - RESPEITAR OS FATOS.

Do BLOG http://www.sanchezmartina.blogspot.com

O vestibular para o curso de geografia também incluía exame escrito e oral de história. Na prova oral, o professor me apresentou a lista de temas de história geral e disse que escolhesse um e falasse sobre ele. Escolhi “A Revolução Francesa”. O professor ouviu atentamente e começou a fazer perguntas simples: - o que aconteceu antes e que levou à revolução, e assim foi encadeado o antes, do antes... até se dar por satisfeito; quando pensei que a prova havia terminado, ele deu inicio a outra série de perguntas a partir da Revolução Francesa, sempre encadeando com: - e depois? – até encerrar a argüição com um: - “muito bem”. Foi uma lição e tanto! Eu ainda não tinha aquela visão ampla do encadear dos fatos da história. Saí da sala com uma sensação, não de ter feito uma prova, mas de que tivera uma importante aula que nunca mais esqueci: - HISTÓRIA é uma sucessão de fatos que têm antecedentes e conseqüências. Nada ocorre de forma isolada, nem ao acaso.
Leituras variadas e alguns filmes foram acrescentando ingredientes ao meu conhecimento de como se desenrolam os fatos da história e incluindo novas informações sobre a ‘arte da guerra’, por exemplo. Entre o aprontar as armas e apontá-las contra o inimigo seja para o ataque ou para a defesa ocorrem os preparativos de ordem material e psicológica. Em geral, o apertar do gatilho é um ato decorrente de um fato que alguns chamam de “idiota” – uma espécie de sinal para desencadeá-lo; em geral parte de um ato isolado praticado por um elemento que, por exemplo, faz explodir uma bomba num ponto estratégico provocando alguma morte ou pelo menos estragos de monta.


Nesse teatro todo existem figuras de destaque e outras secundárias de ambos os lados em confronto. Os roteiristas de cinema e os escritores ficcionistas capricham nas cores, nos detalhes, nas nuances, etc., caracterizando-os.
Destacam-se os seguintes: 1- o bandido – vilão fora da lei; 2- o mocinho – herói, homem da lei; 3- os espiões, os informantes, os agentes duplos que trabalham nos dois frontes. 4- os lideres que só aparecem para empurrar a ‘tropa’ e em geral tem carisma, falam bonito, conhecem técnicas de convencimento para manter o moral de sua gente elevado, porém na hora do fogo cruzado eles estão longe, a salvo. 5- os traidores que não tem escrúpulos e se bandeiam conforme as conveniências. 6- as vítimas – pessoas que estão no lugar errado na hora errada; em geral são pessoas sonhadoras que não sabem ou não tem noção do perigo a que estão expostas e se deixam envolver em nome de uma causa; 7- os desertores – são aqueles que acordam do pesadelo em que se meteram e sabiamente cuidam de si – ‘mais vale um covarde vivo do que um herói morto’. Em geral não são bem vistos pelos ex-companheiros que passam a persegui-los fazendo sua “justiça”; alguns acabam sendo executados; outros fogem do país, mudam de identidade e até de rosto. Engrossam a lista dos ‘desaparecidos’ que um dia reaparecem em algum lugar. 8- os aproveitadores que acompanham tudo ao largo e diante de rumores de possíveis represálias partem para um auto-exílio voluntário esperando por um momento oportuno para voltar quando os ânimos estão mais calmos – vão chegando, ficando, contando sua história... 9- há também os cúmplices do tipo ‘mão do gato’ que acaba levando a culpa enquanto o vilão desaparece na escuridão. Os personagens são muitos e talvez tenhamos esquecido algum.


A ficção e a realidade se confundem em muitos casos. A imaginação costuma ser fértil. Cada um tem a sua verdade para contar.

COMISSÃO DA VERDADE?

Vivemos o momento da história nacional que agora alguns querem rever para restabelecer a verdade. Qual? Lembramos que todos os conflitos, as lutas de cunho político ideológico travadas no passado recente tiveram antecedentes e conseqüências. Nada ocorreu como fato isolado ou foi a partir de um determinado ponto; os acontecimentos tiveram motivações que vinham sendo preparadas e que levaram ao confronto no jogo pelo poder. Somos uma Nação Democrática de princípios cristãos. Eram esses os princípios que estavam em jogo. Enquanto uns queriam impor seus ideais comunistas, as Forças Armadas cumpriam sua função de defesa do Estado Democrático, e, enquanto permaneceram no poder propiciaram o crescimento da Nação.
Os fatos ocorridos na época, com muitos protagonistas ainda vivos, certamente não vão ser recontados ao pé da letra. Tem tudo para que alguns personagens queiram permanecer com sua verdade, pois tem telhado de vidro – especialmente os agentes duplos, os aproveitadores, os heróis oportunistas, etc., por exemplo.


A verdade histórica tem muitos fatos devidamente registrados. O herói, o bandido, o desertor, o agente duplo, o defensor da Lei e da ordem, etc., já foram anistiados. Anistia quer dizer perdão. E perdão quer dizer esquecimento.
Os oportunistas que se juntaram rapidinho para repartir o botim com indenizações milionárias hoje vivem à larga desfrutando das riquezas produzidas pelos cidadãos que não traíram, não desertaram, não se prestaram ao jogo político ideológico e permaneceram fiéis à Pátria e ajudaram a construir o que hoje está sendo dilapidado. As verdadeiras vítimas não voltarão para dizer quem os executou e a mando de quem. As paredes não falam. Resta a consciência de cada um. Ela será a espada de Dâmocles enquanto viverem. E a vida costuma pregar peças. A História que o diga. A verdadeira, naturalmente.
Em todo processo de análise, avaliação e julgamento com uma sentença final, não podem faltar os documentos e as testemunhas – peças chaves para desvendar casos considerados insolúveis, pois todo o enigma ao redor dos culpados e inocentes, vilões ou heróis tem que ser solucionado a contento. Caso contrário não será a verdadeira história, mas uma narrativa de fatos que não aconteceram contados por quem não estava lá.

QUE PODEMOS CONCLUIR?

Está faltando que alguém ouça o aviso do Presidente americano Barack Obama : “Não temos democracia porque votamos, mas porque temos soldados que nos garantem poder votar...” SERÀ?

É só dar o passo lógico imediato: “Não temos Verdade, direitos individuais, respeito ao cidadão para que prospere e tenha sua prosperidade respeitada, porque não temos mais Forças Armadas que nos garantam a DEMOCRACIA VERDADEIRA”.

Mais material para estudo, neste BLOG e em

http://pt.shvoong.com/writers/ramacheng

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

GREVE EM HARVARD?

Fiz algumas alterações em traduções que me pareceram mais convenientes com outros termos ou na ordem das palavras, para nosso vernáculo, português Brasil.

Máxima indignação em Harvard: Os alunos da cátedra de Introdução à Economia da Universidade de Harvard exigem novas perspectivas acadêmicas.

http://blogdoenriquez.blogspot.com/


Um fato estranho, digno de ser incluído na saga de "acredite ou não", Ripley:

Em 2011/02/11, um grupo de estudantes de economia tomou a decisão de se afastar em bloco da cadeira de Introdução à Economia em Harvard University, em protesto contra o conteúdo e a abordagem a partir dos quais a disciplina é lecionada.

O que é surpreendente neste fato? Em primeiro lugar, o protesto veio direto contra o destinatário, conhecido economista Gregory Mankiw, ex-assessor do presidente George W. Bush e autor de um dos livros didáticos de macroeconomia mais utilizados nas escolas de economia dentro e fora dos Estados Unidos.

Segundo, porque de acordo com a carta entregue pelos estudantes antes de se retirarem da cadeira, a razão para o protesto era estarem indignados com o que consideram a vacuidade intelectual e corrupção moral e econômica de grande parte da academia, cúmplices por ação ou omissão na atual crise econômica.

E em terceiro lugar, e isto é incomum, porque os membros do movimento estudantil por trás deste ato de indignação contra um pensamento acadêmico neoclássico pertencem à elite econômica da vida social e política dos Estados Unidos, que é formada pela Harvard University para liderar as corporações globais e/ou para aconselhar os governos sobre as políticas económicas e financeiras.
Em vários pontos da carta para o Professor Mankiw dizem: "Hoje, estamos abandonando a sua aula, a fim de expressar a nossa insatisfação com o preconceito inerente a este curso. Estamos profundamente preocupados sobre como esse viés afeta os estudantes, a universidade e a sociedade em geral (...) Um estudo acadêmico legítimo da economia deve incluir uma discussão crítica das vantagens e deficiências de diferentes modelos econômicos.
Como seu curso não inclui fontes primárias e raramente tem artigos de periódicos acadêmicos, temos muito pouco acesso a abordagens alternativas da economia. Não há justificativa para apresentar as teorias econômicas de Adam Smith como o mais fundamental ou básico, (sem abordar) por exemplo, a teoria keynesiana .. (...) .. Os diplomados de Harvard desempenham um papel importante nas instituições financeiras e na formulação das políticas públicas em todo o mundo. Se falhar Harvard University na hora de equipar seus alunos com uma compreensão ampla e crítica da economia, suas ações provavelmente vão minar o sistema financeiro global. Os últimos cinco anos de crise econômica tem sido a prova suficiente disso. "

A carta conclui: "Não nos estamos retirando da classe neste dia, somente para protestar contra a falta de discussão da teoria econômica básica como para dar nosso apoio a um movimento que está mudando o discurso americano sobre injustiça econômica (Ocupar wall street ). Professor Mankiw, pedimos que você tome as nossas preocupações e a nossa retirada da classe a sério. "
De acordo com relatórios e apesar da cobertura limitada dada pela mídia a este protesto, o movimento dos estudantes de Harvard para uma economia de crítica, se expandiu e incorporou outras demandas para fazer de Harvard uma "universidade socialmente responsável." Uma delas consiste na negociação de contratos de trabalho de serviço mais digno para o pessoal da universidade que sofre políticas de trabalho flexíveis que têm causado tantos danos para a classe trabalhadora americana. Movimentos similares começaram a surgir na Universidade Duke (Carolina do Norte) e na Universidade de Berkeley (California)

O movimento que começou em Harvard para uma mudança na abordagem dominante para o ensino da economia não é novo. Pelo contrário, é um movimento que contribui para iniciar uma mudança no ensino desta disciplina, cujo começo está em Maio de 2000 com estudantes de universidades francesas e meses mais tarde recebeu o apoio de estudantes de Cambridge, Inglaterra.

Naquela época, o movimento estudantil francês também emitiu uma carta declarando insatisfação geral com o ensino recebido, que os impediu de alcançar um profundo entendimento dos fenômenos econômicos que as pessoas enfrentam no mundo real. Um trecho desta carta afirmou que "a maioria de nós escolheu a formação econômica, a fim de obter uma compreensão profunda dos fenômenos econômicos com que o cidadão de hoje é confrontado. Mas a educação exposta como está - na maioria dos casos é só a teoria neoclássica ou abordagens derivadas - normalmente não responde a essa expectativa ". A carta terminava com uma exortação aos professores franceses semelhante à mensagem enviada para o Professor Mankiw: Acordem antes que seja tarde demais!

Quase 200 anos atrás, John Stuart Mill ao assumir como chanceler da Universidade de Saint Andrew, lembrou ao corpo docente da universidade que o papel das universidades não é fazer os alunos aprenderem a repetir o que eles são ensinados a pensar que é verdade mas sua função é formar pessoas capazes de pensar por si mesmos. De acordo com esse grande economista e filósofo, as universidades devem ensinar as pessoas a "colocar as coisas em dúvida, não aceitando as doutrinas, suas próprios ou de terceiros, sem o exame minucioso de crítica negativa, além de vãs falácias não detectadas, incoerências ou confusões e, acima de tudo, insistirem em conhecer o significado claro de uma palavra antes de utilizá-la e o significado de uma proposição antes de afirmar ... .... O objetivo da universidade é ensinar os conhecimentos necessários para os estudantes ganharem a vida de uma forma pessoal. Seu objetivo não é formar médicos, ou engenheiros ou advogados (ou economistas) para um trabalho bitolado, mas sim seres humanos capazes e sensatos ....... Os alunos são seres humanos antes de serem advogados, médicos, comerciantes, ou industriais e como todos somos seres humanos capazes e sensíveis, serão eles próprios médicos e advogados (e economistas) capazes e sensíveis. "

É óbvio que a atual incapacidade das universidades para formar economistas críticos elaborando respostas sensatas não apenas posições pessoais e ideológicas dos professores e/ou autoridades universitárias, mas isso responde a fatores relacionados ao papel que as universidades desempenham na reprodução de relações de poder dentro do sistema capitalista em sua fase neoliberal. Provavelmente um dos principais fatores por trás da crise no ensino de economia crítica e integral é a perda da identidade e da independência das universidades porque elas foram capturadas por interesses corporativos e/ou demanda de mercado. Esses fatores pressionaram diretamente (ou indiretamente) para as universidades se tornarem empresas de educação com a missão de treinar os dois tipos básicos de economistas de que o mercado exige no atual estágio do capitalismo: os economistas altamente qualificados em econômia geral e não qualificados como especialistas para apoiar ou para trabalhar em funções de gestão. Isto por sua vez, levou a uma espécie de fragmentação do conhecimento e à falta de pensamento crítico. Qual é o resultado final? Economistas treinados para adaptar e/ou colaborar com o "status quo" que mantém a maior parte da humanidade na exclusão e na pobreza.

A mensagem enviada em Harvard pelos estudantes de economia não deve passar despercebida pelas escolas da economia mundial, sobretudo nas escolas de economia nos países do sul. É hora de corrigir o rumo que se perdeu em algum ponto. É hora de separar a verdadeira função do papel da universidade, da formação técnica e, acima de tudo, é hora de voltar para o ensino crítico na economia, rigoroso e abrangente que faz muita falta nos tempos atuais de crise sistêmica no momento atual do sistema capitalista.

Se não agirmos agora, não apenas com fatos e discursos, as escolas de economia (e aqueles que trabalham nelas) estão em risco de extinção - mais cedo ou mais tarde - como (será) o destino do infeliz Professor Mankiw.

StarViewerTeam International 2011

Ha publicado este artículo con el permiso de la autora mediante una licencia de Creative Commons, respetando su libertad para publicarlo en otras fuentes.

Autora:

Julia Evelyn Martínez


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ONDE ESTÁ A VERDADE?

ROBERTO CAMPOS

O FIM SEM FIM DO CAPITALISMO (Londres 08/12/81)

Comentário Prévio: Este artigo do economista da ala liberal, Roberto de Oliveira Campos, foi produzido por ele pouco depois de um debate em que nossa equipe do grupo de estudos avançados tentou convencê-lo a incluir no ethos da Economia a definição clássica de Democracia como “Verdade, direito de prosperar, meritocracia e propriedade privada”. Veja-se que ele se recusou a aceitar essa tétrade. Hoje teríamos que chamar a atenção para a palavra Verdade, ampliando sua abrangência para que todos compreendam que “Verdade” tem que ser sempre o fiel da balança nessa luta entre “acúmulo de riquezas” e “qualidade de vida” (esta entendida em seus sentidos “material” e “transcendental”). No fim da vida ele já estava admitindo o sentido do bem transcendental como abrangendo também o campo material. Esta diferença será a tônica da Nova Economia, que apresentaremos com “O Campo Unificado”, cuja espiral quântica segue o modelo unificado. Essa mudança dos conceitos de “enriquecimento” fará com que conheçamos a verdade profunda de que não precisamos da ambição escravocrata, em todos os sentidos, de tal modo que o domínio Feudal Trevoso que manda neste mundo seja banido daqui.

“A proposta das esquerdas brasileiras é comer a semente destinada ao plantio”. (Oscar Lorenzo-Fernandez).

Poucas coisas têm sido mais profetizadas que o fim do capitalismo. Parafraseando Mark Twain, pode-se dizer que as notícias de sua morte são algo exageradas. Se duas lições a história nos ensina é, primeiro, que a história não é dialética: “o socialismo não sucedeu ao capitalismo”, para usar a expressão de Daniel Bell. E, segundo, que a crise do socialismo parece hoje mais séria que a do capitalismo. As coisas não se passaram exatamente como previa Marx. Não houve a “pauperização” do proletariado. O capitalismo monopolista sobreviveu à perda dos impérios. O socialismo não surgiu do proletariado industrial amadurecido, senão que resultou do comando de intelectuais revolucionários sobre massas primitivas. O Estado não feneceu nos países que supostamente eliminaram o conflito de classes.

De um simples dispositivo de espoliação econômico-feudal, burguesa ou industrial, o capitalismo evoluiu para se transformar num sistema trinitário, com três vetores distintos em tensão criadora pontilhada de avanços e retrocessos: o aspecto econômico, o político e o cultural. O socialismo marxista ao invés, partindo de uma ampla análise social, tornou-se um sistema monístico, em que esses diferentes valores se unificam e confundem, em rigidez pragmática. O socialismo, que nascera como ciência, virou religião. O capitalismo, que parecia, simples obsessão econômica, absorveu valores de credo liberal, e se revelou politicamente mais flexível e culturalmente mais diversificado.

Nenhum dos dois sistemas hoje existe, obviamente, em sua forma pura, o que torna os termos “capitalismo” e “socialismo” simplificações duvidosas. Mas não se deve exagerar a convergência dos dois sistemas. As “economias de mercado” são perfeitamente diferenciáveis das “economias de comando”, ainda que as primeiras tenham absorvido graus intensos de intervenção governamentais e as segundas comecem a admitir os sinais do mercado no tocante a preços incentivos. Isso é dramaticamente perceptível nas zonas de confrontação: Alemanha Ocidental versus Alemanha Oriental, Coréia do Norte versus Coréia do Sul, China Continental versus Taiwan, e assim por diante.

Se quisermos, para simplificar as coisas, especificar as diferenças que permanecem fundamentais, citemos duas. A primeira é que as “Economias de mercado” tendem a ser politicamente pluralistas, enquanto as “economias de comando” são basicamente monistas, isto é, o Partido define os valores econômicos, políticos e sociais. Uma segunda espécie de “marca de berços” é, como disse Irving Kristol, que na postulação socialista, o importante é a distribuição, antes que a produção. Com isso elide, ou pensa elidir, o problema vital dos “incentivos” materiais. Pequenas sociedades, como os kibbutzin de Israel e os mosteiros medievais, podem assim funcionar. As grandes sociedades perdem eficiência sem incentivos materiais e individuais. A preocupação distributiva explica em parte o secreto fascínio que o socialismo exerce sobre muitos cristãos, que assimilam distribuição à caridade. A tal ponto que se esquecem da face inaceitável do socialismo, isto é, seu antiespiritualismo de origem, implícito no materialismo dialético.

À BUSCA DE RAÍZES ÉTICAS

Se o capitalismo, ou melhor, as “economias de mercado”, têm sobrevivido às “crises” profetizadas por Marx, assim como às “contradições culturais” denunciadas por Daniel Bell, resta saber a que necessidade básica elas correspondem. Para Hayek, a explicação é simples. Reside em ser o único sistema compatível com a liberdade do indivíduo. E a liberdade, definível como a “ausência de constrangimento”, é mais fundamental que a justiça, pois que esta depende de uma impraticável avaliação de mérito. Uma sociedade livre pode ser justa, enquanto uma sociedade não-livre nunca é justa, pois nega ao individuo oportunidade de auto-realização.

Poucos têm hoje a coragem libertária de Hayek e preferem assim outras justificativas para o “ethos capitalista”, em face da crueldade do mercado. Irving Kristol, por exemplo, lembra, sem endossá-las, três explicações tradicionais:

- A ética protestante, ou seja, o conceito weberiano de que o sucesso econômico se justifica em função do exercício de virtudes pessoais, como a inteligência, a sobriedade, a ambição honesta. (Esqueçamos, por inoportuno discuti-las, as teorias antiweberianas de que o capitalismo comercial nasceu nas cidades italianas, e a organização do trabalho horário nos mosteiros medievais, antecedendo assim a ética calvinista).

- A ética darwiniana, segundo a qual o sucesso representa uma solução natural, pela sobrevivência dos mais capazes.

- A ética tecnocrática, segundo a qual o mercado organiza sua própria meritocracia e premia a liderança em função da performance.

Nenhuma dessas explicações chega a constituir uma teologia moralmente tranqüilizadora, comprável ao fervor dogmático do socialismo.

O fato é que, seja pelas crueldades do mercado – onde fatores acidentais, como a herança, ou imperfeições políticas, como a discriminação racial, criam desigualdades chocantes – seja pelo contágio de pregação socialista (que melhora a igualdade, mas retarda a eliminação da pobreza), o capitalismo moderno desenvolveu sua própria Angst, uma espécie de complexo de culpa. Exemplos desse complexo de culpa são a reação contra o “comunismo” e a “depredação ecológica“.

Isso revela no sistema capitalista ao mesmo tempo debilidade ideológica (que o torna menos exportável), e a flexibilidade pragmática (que o torna mais durável). Donde poder-se falar hoje nas “economias de mercado corrigido”, nas quais o mercado sofre intervenções que refletem as contínuas tensões resultantes que se poderia chamar o “triplice compromisso” entre riqueza individual, equidade social e liberdade política. O mercado privado seria o criador de riqueza, o governo, o promotor de equidade, e o sistema democrático, o preservador da liberdade. A sucessão de fases intervencionistas e libertárias na Europa Ocidental, assim como nos Estados Unidos, caracterizadas pela alternância de partidos sociais-democráticos ou conservadores, conforme predominam preocupações produtivistas ou distributivistas, denotam as cambiantes predominâncias dos elementos constitutivos do tríplice compromisso.

A SUPERPOSIÇÃO DE CRISES

Tendo sobrevivido a inúmeras crises no passado, inclusive o vendaval da Grande Depressão dos anos trinta, há poucas dívidas de que as economias de mercado sobrevivam à presente crise de estagflação. Registrem-se entretanto três complicadores. Primeiro, a adaptação ao choque do petróleo requer ajustamentos de estrutura, e não apenas remédios de conjuntura. Segundo, há uma grande perplexidade doutrinária, pelo desaparecimento de antigas certezas sobre métodos de gerenciamento global da economia. Terceiro, as sociedades ocidentais, habituadas a um quarto de século de avanço continuo na renda real, tem percepção mais aguda daquilo que se chama o “índice de desconforto”, medida compósita do grau de inflação e do índice de desemprego, aos quais se agrega o novo conceito de deterioração ambiental. Da mesma maneira que os países em desenvolvimento foram sacudidos pela “revolução das expectativas crescentes”, os países industrializados foram atacados pela presunção de “direitos crescentes” (the “Revolution of rising entitlements”).

Limitaremos nossa análise à desordem conceitual que se instalou nas teorias econômicas, onde se podem citar quatro controvérsias intensificadas pela teimosa persistência da estagflação:

- a controvérsia entre gradualismo e tratamento de choque;

- o debate entre monetarismo e keynesianismo;

- as novas teorias de “administração da oferta” (supply side economics); e

- a ressurreição dos ciclos de longo prazo (a teoria da “onda larga” de Kondratieff, economista russo da década dos vinte).

A controvérsia do gradualismo versus tratamento de choque tornou-se cada vez menos interessante. O bom senso indica que o tratamento de choque só não transpõe o limite de tolerância política se a inflação é moderada, e se as expectativas não se tornaram cronicamente viciadas, de modo a permitir que o trauma recessivo seja curto. Caso contrário, as sociedades estão condenadas ao gradualismo. O que é importante, como nota o Professor William Fellner, é que seja um “gradualismo a velocidade perceptível”, isto é, suficiente para modificar as expectativas.

A reativação da controvérsia entre monetarismo e keynesianismo foi conseqüência direta da estagflação. Por longo tempo no pós-guerra o Keynesianismo ganhou foros de ortodoxia, principalmente no mundo anglo-saxão (no continente europeu a escola austríaca manteve a tradição monetarista). A renitência da inflação e a incapacidade do keynesianismo de debelá-la provocaram uma ressurreição neomonetarista, com experimentos monetaristas ensaiados na Inglaterra e Estados Unidos, encorajados pela evidência de que os países mais bem-sucedidos na luta contra a inflação – Suíça, Alemanha e Japão - foram os que menos se haviam exposto à contaminação keynesiana.

A nouvelle vague nos Estados Unidos é a administração da oferta – “supply side economics”. A ênfase sobre a oferta é válida se interpretada como complemento e não como substitutivo da “administração da procura”. A “supply side economics” é, entretanto mais que simples metodologia. Aspira a ser uma filosofia de reabilitação do ethos capitalista, pela liberação das energias do produtor, restauração de incentivos à poupança e produtividade, estímulo à concorrência, redução de interferência governamental, seja assistencial, seja regulatória. (Os exageros da mania ecológica – a “economia” – nos Estados Unidos encareceram e retardaram investimentos).

A intratabilidade da atual fase de estagflação ressuscitou velhas teorias sobre ciclos econômicos, que a contínua prosperidade do pós-guerra parecia haver arquivado. Segundo o Professor Walter Rostow, a explosão dos preços de trigo, petróleo e outras matérias-primas em 1972/1973 prenuncia o advento de uma nova onda larga da conjuntura, o quinto ciclo Kondratieff, marcado pela relativa escassez de matérias-primas, especialmente energia. Como é sabido, o economista russo Kondratieff (que segundo Soljenitzn teria morrido num gulag) escrevendo na década de 20, identificara no exame de sérias estatísticas, relativas à Grã-Bretanha, França e Estados Unidos, a existência de ciclos ascendentes e descendentes de produção e preços num espaço de 40 e 50 anos entre 1790 e 1920.

Na extrapolação de Rostow, a Grande Depressão dos anos trinta marcaria a fase descendente do terceiro Kondratieff, enquanto o período recente (1972/79) marcaria o começo do ramo ascendente do quinto Kondratieff. Nessa visão, as crises não seriam o canto de cisne do capitalismo e sim episódios de uma evidência evolutiva. É interessante anotar os pontos de convergência entre uma interpretação à la Kondratieff e a presente busca de uma teoria de “administração de oferta”. Pois se estamos no limiar de um novo Ciclo Kondratieff, caracterizado pela relativa escassez de produção primária e energia, a política adequada não deveria ser macroeconômica, nem no sentido monetarista de simples administração de procura nem no sentido keynesiano de estímulo global a investimentos, senão que direcionada seletivamente para o aumento da oferta setorial de matérias-primas e energias alternativas. A reorientação seletiva de investimentos, no sentido do rompimento de gargalos, representaria uma conciliação entre a necessidade antiinflacionária de conter a demanda global e a necessidade anti-recessiva de estimular a oferta.

Mas se o capitalismo hodierno superpõe às perplexidades da estagflação uma desorientação conceitual, o panorama não é nada melhor no campo socialista. O marxismo deixou de ser ciência para transformar-se em dogma. Sua eficiência ficou limitada à quebra de moldes feudais em sociedades primitivas. É uma técnica de conquista do poder mas não de organização do desenvolvimento. O planejamento centralista infirmou a criatividade tecnológica (exceto, no caso soviético, no tocante à tecnologia militar espacial), enquanto que o emudecimento dos sinais do mercado entorpece a agricultura, os serviços e as indústrias de bens de consumo. A falta do elo dos incentivos na corrente produtiva acabou prejudicando a distribuição e tornando as economias socialistas menos desiguais, porém globalmente mais pobres que as economias de mercado. O êxito do desempenho econômico tem estado na razão inversa e não na razão direta da ortodoxia socialista. Uma visão retrospectiva justifica a dúvida se a Revolução Socialista de 1917, pago o pesado preço de sua brutalidade política, conseguiu no fundo acelerar o desenvolvimento russo, comparativamente ao processo evolutivo das democracias ocidentais. Talvez Houphouet-Boigny, o astuto Presidente da Cota do Marfim, tenha feito mais que uma piada ao dizer que há um “r” sobrando na palavra “revolução”.....

*Roberto Campos - Defensor apaixonado do liberalismo - Economista, diplomata e político, também se revelou um intelectual brilhante. De sua intensa produção, resultaram inúmeros artigos e obras como o livro A Lanterna na Popa, uma autobiografia que logo se transformou em best-seller. Foi ministro do Planejamento, senador por Mato Grosso, deputado federal e embaixador em Washington e Londres. Sua carreira começou em 1939, quando prestou concurso para o Itamaraty. Logo foi servir na embaixada brasileira em Washington, e, cinco anos depois, participou da Conferência de Bretton Woods, responsável por desenhar o sistema monetário internacional do pós-guerra.

CONCLUSÕES

Diz R. Campos que “O liberalismo (economia de mercado) é o único sistema compatível com a liberdade do indivíduo. E a liberdade, (é) definível como a “ausência de constrangimento”

Temos muito a lamentar que esse conceito que condiciona a liberdade a um entendimento subjetivo, que ele expressou há 30 anos, muito melhor estaria se achassem um conceito objetivo (a verdade, ou transparência) e isso fosse respeitado pelo mundo dos Banqueiros. Nesses 30 anos a propaganda enganosa iludiu aos “servos da gleba” mantidos cada vez em mais ignorância, de que o sistema feudal corruptor dos banqueiros não representa nenhum constrangimento...

LEIAM no BLOG e nos resumos nossas opiniões sobre um modo prático de ultrapassar os conflitos entre as correntes políticas, adotando a Verdade em seu sentido total (material e transcendental) como diretriz para a Economia.

http://pt.shvoong.com/writers/ramacheng

sábado, 12 de novembro de 2011

SOBRE MENSAGENS SECRETAS...

CUIDADO COM O QUE VC PROMOVE!


ESTAMOS
SENDO BOMBARDEADOS por e-mails na Internet e verdadeiras pressões para aderir a “redes sociais” que têm donos, verdadeiras senzalas a serviço das Sombras.

Um dos casos mais em voga é falar de UFOS bonzinhos vindos das estrelas para salvar os terráqueos... Outro é o de querer decidir por nós o que devemos pensar sobre nossas “redes”, ideologias, sociedades escondidas...

Pare e pense!

Sente à noite com um céu limpo e longe das luzes perturbadoras. Olhe as estrelas! Conte-as se for capaz!

Pense que você está em uma dessas bilhões de luzinhas mais fortes que nosso Sol. Imagine que você pode ajudar seres maldosos e assassinos de um grão de quanta chamado Terra... Ou você PODE fazer isso porque está tão avançado que isso é possível instantaneamente e nem tem que sair dali... Ou você se envolve tanto, porque é tão parecido e usa os mesmos nomes, conceitos, formas de corpos e naves exatamente encaixadinhas nesse pedacinho de cocô... Espere aí! Neste caso vc deve estar dentro desse infame “quanta” para ficar preocupado com o que possa acontecer a esse montículo de merda!

Olhe as estrelas! Pense!

Pois é! Coloquei no BLOG o artigo

DEBATE SOBRE NOVOS CÓDIGOS, PENAS MAIS RIGOROSAS, MAIS TOLERÂNCIAS

Entra alguém e deixa o comentário abaixo.

Quer que eu gaste tempo com a lavagem cerebral que usa o site Wikileaks. Quer que eu faça carteirinha da senzala Facebook. Quer que eu fique girando ao redor de símbolos subliminares das Sombras.

Se eu não conhecesse as sete chaves Ramacheng.

Se eu desconhecesse o valor escravizante dos símbolos do subconsciente estudados a partir de C. G. Jung.

Eu nem entenderia como é que cada coitado que se filia aos Fuhrers das Sombras fica dando suas energias às entidades negativas. Estas só existem porque alguém lhes dá sua força, na medida em que coopera com a soma de medos e ficções que circulam nas mentes de homens desavisados. São imaginações, criações mentais, formas pensamento... Possuem só o poder que lhes dermos. É assim que esses símbolos funcionam...

Por favor!

Leiam um pouco mais.

Estudem o que pensam estar ensinando, pelo menos pra vocês mesmos conhecerem seu grau de ignorância.

Eis o comentário que me deixaram:

Blogger A Verdade disse...

WIKILEAKS DA MAÇONARIA
Maior parte dos governantes e grandes empresários do mundo
que definem o destino da humanidade fazem parte da Maçonaria,
que mantém em segredo sua verdadeira natureza e objetivos.

Quando 10 mil pessoas curtirem a página Os Segredos de Hiram, no Facebook,
120 documentos extraídos de site oficial da Maçonaria serão revelados
de modo livre e totalmente gratuito.

SEGUE O LINK DA PÁGINA ‘OS SEGREDOS DE HIRAM’, NO FACEBOOK:
http://www.facebook.com/pages/Os-Segredos-de-Hiram/192734920807546

Outros 120 documentos serão revelados quando 50 mil pessoas curtirem nossa página no Facebook,
totalizando 240 documentos revelados que comprovam a relação da Maçonaria com:
- A IGREJA CATÓLICA
- ANTI-SEMITAS
- ALBERT PIKE
- ESTADOS UNIDOS
- ANJOS REBELDES
- BAPHOMET
E MUITO MAIS.

CONVIDE SEUS AMIGOS
As pessoas divulgam qualquer bobagem facilmente na internet, então ajude a divulgar algo realmente importante.
A grande mídia não fará isto por nós, pois está nas mãos da Maçonaria.

Um grande abraço pra você!

6 de novembro de 2011 13:42

COMENTÁRIOS?

1.Convido a estudar “A Mensagem Eterna dos Mestres”, disponível no site http://www.mariosanchez.com.br

Logo no Prólogo desse livro, Ramacheng avisa:

Também vos afianço que vamos penetrar naqueles segredos que ficam no último degrau de todas as religiões, sociedades e fraternidades secretas ou iniciáticas, místicas ou filosóficas. Trata-se de segredos que os Grão-Mestres, Sumos-Pontífices, altos chefes ou Mestres não revelam aos seus seguidores porque muitas vezes eles próprios os guardam sem ainda terem entendido seu valor e significado.

2.Será que ainda não perceberam que Wikileaks é um site que quer dirigir seu pensamento?

3. Será que vocês ainda não sabem que Facebook é um “cadastro feudal" organizado para manter vocês sob controle?

4. Ainda não entenderam que o Planeta Terra está sob o jugo de um poder sombrio anti-humano que nos quer apenas como escravos ou como sua criação de subsistência para “mamar” nossas energias e devorar nossas carnes, como nos obrigam a fazer com galinhas e vacas? E nos acusam de sermos os autores de um crime ecológico inexistente...

5. Ainda não perceberam que todas essas longas arengas psico-ufo-espiritititis-trevogravadas são variantes do programa Nazista querendo simplesmente fazer-nos ajoelhar perante uma nebulosa “raça superior” e a deixar nossa ecologia sem tocar, para deleite e gozo dessa raça superior, como seu “espaço vital”?

6. E, de tudo isso, será que não tiram a conclusão óbvia de tudo isso?

“Não sou o primeiro ser a ouvir isso. Não sou o mais sábio. Não sou o mais informado. Logo, antes de mim, outros humanos mais sábios e melhor informados já nos deixaram a informação em palavras simples. Eles também alcançaram a realização e ficaram independentes deste corpo. Portanto, gente como Einstein, Gandhi, Laotsé, Confúcio, Buda, Moisés, Pitágoras, Sólon, Abrahão, e tantos outros que se mostraram, e muitos mais sem conta que não se exibiram, estão aí, Muito mais Eficazes do que os Símbolos Sombrios, e para junto deles é que nos dirigiremos para ter orientação e ajuda! É com eles que uniremos nossas energias! Ou vocês deixariam seus filhos e netos queridos na boca dos crocodilos? Logo, Eles não nos abandonaram! E podem muito mais do que esses escorregadios vagabundos da noite assustando com seus trambolhos de lata brilhantes, vestidos com botas de couro lustrosas (Kiákiákiá, Sheranzinho...) ainda fazendo discursos de preservar animais, enquanto tiram o couro, devoram e sugam... É de medo de nossos ancestrais que eles fogem com tanta velocidade, Né?”

7. Verdades particulares... Sociedades ocultas... Símbolos Tenebrosos... Senhores invisíveis, poderosos e incompreensíveis... Buhuhuhu! Bicho Papão para assustar bebezinhos? Chôchôchô! Conte outra!

Deixamos mais informações no BLOG e nos resumos ramacheng http://pt.shvoong.com/writers/ramacheng