quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MAIS SOBRE MATÉRIA ESCURA

Estamos próximos de detectar e entender a matéria escura?
Por Stephanie D’Ornelas em 20.11.2013 as 11:15

A matéria escura compõe cerca de um quarto de todo o universo. Mesmo assim, ainda não sabemos quase nada sobre ela. O físico Jim Al-Khalili conversou com a BBC, e ponderou o quão perto estamos de compreender essa misteriosa matéria que permeia o universo.
Diante de todo o progresso feito na física moderna ao longo do século passado, é comum que as pessoas acreditem que os físicos estão próximos de compreender todos os mistérios do universo. Mas não é bem assim – ainda não se sabe do que é feito 95% do universo.
Tudo o que conseguimos ver são planetas e suas luas, o sol, estrelas no céu e buracos negros – ok, esse último não podemos ver. De qualquer maneira, tudo isso equivale a menos de 5% do universo. E ainda nem sabemos se o espaço é infinito, qual sua forma, o que causou o Big Bang ou até mesmo se esse não é apenas um dos muitos multiversos que existem.
A matéria escura
Acredita-se que cerca de um quarto de todo nosso universo seja composto por matéria escura. Sabemos isso porque as galáxias parecem pesar muito mais do que a soma de toda a matéria normal que conhecemos atualmente.
Observações astronômicas, movimentos de estrelas e imagens de galáxias distantes distorcidas pela matéria interveniente apontam para o efeito gravitacional de algum tipo de matéria invisível e indescritível – a matéria escura.
Por exemplo, as estrelas nas galáxias giram como pedacinhos minúsculos de café instantâneo que não se dissolveram na superfície de uma caneca, quando você já parou de misturar. Quanto mais rápido as estrelas se movem, mais difícil é puxá-las em direção ao centro para evitar que elas “fujam”.
Se a única matéria na galáxia fosse a que é composta pelo material que podemos ver, as estrelas exteriores deveriam girar muito mais lentamente. Na realidade, elas se movem tão rápido que, sem nenhuma força gravitacional extra para segurá-las, elas estariam voando pelas profundezas do espaço.
A única maneira de explicar a forma como essas estrelas se comportam é que existe alguma atração gravitacional adicional provocada por alguma forma invisível de matéria. E, para provocar efeitos nas proporções observadas, a matéria escura teria que conter muitas vezes mais massa do que todas as outras formas de matérias visíveis juntas.
O problema com a matéria escura é que, seja lá do que ela seja feita, parece que ela interage muito fracamente com a matéria normal. Isso a torna muito difícil de entendê-la.
Do que é feita a matéria escura?
Existem três maneiras diferentes para tentar descobrir do que é feita a matéria escura. É possível olhar para o espaço e ver os resultados de colisões de partículas de matéria escura, tentando detectar partículas normais criadas nos escombros dessas colisões. Podemos também tentar capturar partículas de matéria escura diretamente na Terra. A terceira opção é fazer aceleradores de partículas. O segundo método é o que tem se mostrado o mais promissor até o momento.
A maioria dos cientistas acredita que a matéria escura tem a forma de partículas – chamadas de partículas massivas de interação fraca – e que milhões delas estão fluindo através de nós a cada segundo sem deixar vestígios. Na última década, diferentes grupos de pesquisa ao redor do mundo afirmaram terem indícios dessas partículas obscuras.
Pesquisas
Muitos dos atuais experimentos estão sendo feitos no Laboratório Nacional Gran Sasso, na Itália, o maior laboratório subterrâneo do mundo. Ele fica embaixo de quase um quilômetro e meio de rocha sólida e pode ser alcançado através de um túnel.
O laboratório foi instalado nesse local porque o nosso planeta é bombardeado por raios cósmicos constantemente, que colidem com a atmosfera superior, criando uma cascata de partículas que se espalham abaixo da superfície terrestre.
A rocha acima desse laboratório, com 1,4 quilômetros de espessura, absorve a maior parte dessas partículas. A esperança dos pesquisadores é que a matéria escura passe direto através da rocha, atingindo os detectores.
Outro laboratório que está empolgando pesquisadores da matéria escura é o LUX (Large Metro Xenon), situado em uma mina de ouro nos Estados Unidos. Ele tem se mostrado o detector mais poderoso e sensível construído até agora. Já descartou várias partículas que poderiam ser confundidas com matéria escura descobertas em outros experimentos – e tão importante quanto descobrir o que é, é saber o que não é matéria escura.
As pesquisashttp://cdncache1-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png mais importantes realizadas nesse laboratório irão começar em 2014. Os físicos estão ansiosos para o início dos experimentos com LUX. O detector irá trabalhar por 300 dias seguidos, e espera-se que ele consiga detectar diretamente partículas de matéria escura. Se isso não acontecer, pesquisadores já estão projetando um detector ainda maior e mais sensível, chamado de “LZ”, que pode enfim detectar as partículas massivas de interação fraca – se é que elas existem.
Claro que, se os físicos continuarem chegando de mãos vazias ao fim de suas buscas, podem concluir que estão completamente errados sobre o que acreditam ser a matéria escura. E o que acontece quando solucionarmos esse mistério? Bem, há ainda dois terços do universo para estudar, que são ainda mais misteriosos – compostos pelo material chamado de energia escura. E os cientistas nem sequer descobriram como sair à procura disso. [BBC]

COMENTANDO
Esse físico (Jim Al-Khalili) continua ignorando a descrição que Einstein fez:

“O campo unificado, para reunir de um lado Eletromagnetismo e de outro lado Inercia/gravitação, deve explicar a conversão de um em outro.” “Já a inércia/gravitação é um campo que não se confunde com a nossa matéria visível, nada tem de campo magnético ou elétrico, nem da matéria conhecida com sua divisão quântica”. “As equações que unem as fórmulas do eletromagnetismo com as da inerciagravitação são válidas num campo em que não se considerem nenhuma espécie de matéria ou campo elétrico ou campo magnético; e elas não apresentam nenhuma dificuldade, exceto as dificuldades matemáticas... e estas são realmente insuperáveis.” “A realidade material quântica se conclui na mínima manifestação quantificável definida por Max Plank, o quantum, que é um buraco no vazio, que não colapsa porque está em alta velocidade de rotação”. “A visão da quarta dimensão, ou espaço/tempo, é de um contínuo sem partes, o vazio, onde giram os quanta”. “E esse vazio que preenche tudo, tanto os espaços entre os quanta e seus aglomerados, como dentro do próprio quantum, essa é a matéria invisível, (antigamente nomeada como éter, e que chamamos também de constante cosmológica, vazio, etc) ou seja, essa é a realidade que temos que definir, e que é um mar de energia inesgotável.” “Conforme vemos em toda manifestação da inercia-gravitação, esta força exerce uma pressão linear em direção ao centro de todo volume de matéria quântica.” “Finalizando, acredito (diz Einstein) que seja possível algum dia converter o sentido linear em que age a gravitação-inércia, em movimento angular, extraindo, assim, quanta energia quisermos.” “Já quanto à experimentação que levará a esta solução, no estado atual de nossos conhecimentos, não estou (diz Einstein) com suficiente percepção do que deve ser feito, e por isso não posso emitir nenhum parecer.” 

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