LIBERDADE DE EXPRESSÃO
ESCRITO POR GEERT WILDERS | 27 MAIO 2015
ARTIGOS - GLOBALISMO
ARTIGOS - GLOBALISMO
Caricatura de Bosch
Fawstin, vencedora do Concurso e Exposição de Arte sobre Maomé em Garland no
Texas, realizado em 3 de maio de 2015.
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A liberdade de expressão está ameaçada nos dias de hoje. Não apenas na Europa, de onde eu venho. Mas também aqui, nos Estados Unidos.
A última vez que estive nos Estados Unidos foi há
menos de duas semanas. Estive em Garland, Texas, onde proferi um discurso em um
concurso sobre as caricaturas de Maomé.
O concurso foi realizado em um centro de
conferências, onde após os assassinatos ocorridos na redação doCharlie Hebdo em Paris, uma
organização islâmica tinha se reunido para pleitear limites à liberdade de
expressão e a proibição de caricaturas de Maomé. O concurso sobre as
caricaturas de Maomé em Garland foi organizado para que houvesse uma tomada de
posição contra essa demanda. Nós jamais devemos permitir que nos intimidem.
O vencedor do concurso em Garland foi um
ex-muçulmano. Havia algo muito simbólico quanto ao fato dele ser um apóstata.
Segundo a lei da Sharia islâmica a apostasia é punível com a pena capital.
Conforme a lei da Sharia, fazer ilustrações do profeta Maomé também é punível
com a pena capital.
O vencedor do concurso desenhou um Maomé com
aparência furiosa, empunhando uma espada. "Você não pode me
desenhar", dizia Maomé. Logo abaixo do desenho o artista escreveu: "é
justamente por isso que eu estou te desenhando"!
Esse é o verdadeiro espírito americano. Esse
cartunista é um exemplo para todos nós.
Bosch Fawstin
(segundo a partir da esquerda), cartunista que venceu o Concurso e Exposição
de Arte sobre Maomé em Garland noTexas em 3 de maio, é apresentado com o
prêmio por Robert Spencer (primeiro à esquerda), Geert Wilders e Pamela
Geller. (imagem: Blog Atlas Shrugs)
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Segundo a lei da Sharia islâmica, retratar Maomé é
crime. Mas como americano, o artista não mora em um país islâmico. Ele mora nos
Estados Unidos. E aqui nos Estados Unidos, é permitido pintar e desenhar, não
importa o que diz a lei da Sharia. E também é permitido mudar de religião e
virar apóstata. E não podemos deixar ninguém nos roubar essas liberdades. Se os
Estados Unidos cederem e aceitarem os preceitos da lei islâmica, não serão mais
Estados Unidos. Seus valores judaico-cristãos estarão perdidos. Sua civilização
estará perdida. Suas liberdades estarão perdidas.
Os inimigos da nossa civilização tentam nos impor a
lei da Sharia. Mal terminei meu discurso em Garland, dois jihadistas atacaram o
evento. Eles alvejaram um policial na perna, mas felizmente os jihadistas foram
mortos antes que pudessem causar um mal maior. Por meio da violência e do
terrorismo esses dois jihadistas tentaram impor a lei da Sharia nos Estados
Unidos. Graças aos corajosos policiais americanos, eles não tiveram sucesso em
espalhar mais terror.
Nós jamais podemos permitir que os terroristas
vençam. Se nós reagirmos às ameaças em relação às caricaturas, não mais
desenhando caricaturas, os terroristas terão vencido. Mas se reagirmos
desenhando e mostrando ainda mais caricaturas, o recado será claro: o
terrorismo não nos afeta. Não nos intimidaremos pelo terror e pela violência
fazendo exatamente o contrário que os terroristas querem. Os terroristas terão
perdido.
É por isso que convidei a exposição de caricaturas
Garland Mohammed para que ela fosse exibida no Parlamento da Holanda.
Deveríamos exibi-la em todo o mundo livre. Na Europa e nos Estados Unidos,
Canadá, Austrália, em todo o mundo Ocidental livre, nós temos que tomar a
posição de defender a liberdade e nos posicionar contra o Islã.
Antes de continuar, permitam-me falar um pouco
sobre a minha pessoa.
Sou um político eleito, membro da Câmara dos
Representantes da Holanda. Sou o líder do Partido da Liberdade. Nas últimas
eleições gerais conquistamos cerca de 10% dos votos nacionais. Falo em nome de
aproximadamente 1 milhão de pessoas. Meu partido não é um fenômeno marginal.
Chegou a ser o maior partido em uma importante e recente pesquisa de opinião
nacional realizada pela televisão.
Contudo, estou marcado para morrer. Estou marcado
para morrer na lista da Al-Qaeda e de outras organizações islâmicas como o
Talibã paquistanês e o grupo terrorista Estado Islâmico (EIIS). Por mais de dez
anos vivo sob proteção policial, vinte e quatro horas por dia, sete dias por
semana. Morei com minha esposa em quartéis do exército, celas de prisão e
esconderijos, com o único objetivo de continuar vivo. Onde quer que eu vá,
policiais armados me acompanham para me protegerem.
Os jihadistas querem me assassinar, enquanto outros
querem me silenciar. Não me assassinando, mas por meio de assédio legal ou
político. Eles buscam a minha condenação no tribunal ou meu banimento. Tudo
isso está acontecendo não em ditaduras do terceiro mundo, como era de se
esperar, mas em democracias ocidentais.
Em meu país, a Holanda, tive que me apresentar
perante um tribunal há alguns anos porque eu tinha me manifestado contra o Islã
e a islamização de meu país. Felizmente fui absolvido. Mas agora já fui acusado
novamente. E o único motivo é porque eu exponho a minha opinião. Eles chamam
meu discurso de "discurso de incitamento ao ódio", contudo, nada faço
além de defender os valores judaico-cristãos da nossa civilização e dizer a
verdade sobre o Islã.
Há dois meses estive na Áustria, onde discursei no
Palácio de Hofburg em Viena sobre a ameaça da islamização na Europa.
Organizações islâmicas exigiam que as autoridades austríacas me processassem
pelas minhas palavras. E no mês passado, estive na cidade alemã de Dresden,
onde discursei perante 15.000 pessoas em um comício público. O Promotor Público
contava com agentes no comício para que ouvissem o que eu dizia, de modo que
pudessem avaliar se eu deveria ser acusado de incitamento.
Há algum espião ou promotor público nesta sala?
Creio que não. Os Estados Unidos não amordaçam ninguém.
Há duas semanas eu estava em Washington DC para um
encontro com membros do seu Congresso, atendendo a um convite de congressistas
que desejavam se informar sobre a situação na Europa. Dois congressistas
muçulmanos, Keith Ellison e André Carson, contudo, queriam me amordaçar. Eles
tentaram impedir que eu entrasse em seu país. Não deu certo. Porque nos Estados
Unidos as pessoas ainda são livres para se manifestarem. E eu não tenho
dúvidas, os americanos nunca desistirão dessa liberdade.
Porque essa é a essência do que faz dos Estados
Unidos os Estados Unidos! É o que faz os Estados Unidos serem únicos.
Há muito mais em jogo do que nossa liberdade de
expressão. Nossa própria existência, nossa liberdade de existir está em perigo.
Se nós permitirmos sermos autocensurados sobre qualquer coisa que dizemos sobre
o Islã, logo o Islã começará a nos dizer como devemos viver, como devemos nos
vestir, como devemos respirar.
Logo perderemos o direito à vida se não obedecermos
os comandos da Sharia. Se cedermos ao totalitarismo, perderemos tudo, inclusive
nossas vidas. É assim que as civilizações se desintegram. É assim que as
democracias morrem.
É nossa obrigação garantir que isso nunca aconteça.
É claro que eu sei que embora a maioria dos
terroristas de hoje sejam muçulmanos, nem todos os muçulmanos são terroristas.
É claro que eu sei que os terroristas são uma minoria, mas são muitos.
Levantamentos da Universidade de Amsterdã mostram
que 11% da população muçulmana de 1 milhão de habitantes na Holanda estão
dispostos a empregarem a violência em nome do Islã. São 100.000 pessoas em um
país de 17 milhões de habitantes.
Os terroristas podem ser apenas uma minoria, mas as
pesquisas indicam que eles usufruem do apoio da maioria.
Levantamentos em meu país revelaram que 73% da população
islâmica na Holanda consideram os muçulmanos que vão para a Síria lutar na
jihad como heróis. E 80% dos jovens turcos na Holanda não acham que a violência
de grupos como o EIIS contra infiéis seja errado. Ou seja, quatro em cada
cinco.
E eu poderia perguntar o seguinte: onde estão as
manifestações de muçulmanos que não concordam com a violência cometida em nome
do Islã e de seu profeta? Eu não vi nenhuma, vocês viram? A maioria pode não
concordar com a violência, mas também não se opõe a ela.
Não podemos enfiar nossas cabeças na areia e fazer
de conta que todos esses fatos não existem. Temos que enfrentar a realidade.
Na Alemanha Nazista, também, era apenas uma minoria
que cometia as atrocidades. Mas a maioria permitiu que fossem cometidas. Na
União Soviética, também, era apenas uma minoria que cometia os crimes
horríveis. Mas a maioria permitiu que fossem cometidos.
Conforme Edmund Burke, o grande filósofo da
liberdade disse certa vez: "para o triunfo do mal só é preciso que homens
bons nada façam".
Portanto, a seguir está o primeiro passo para
salvaguardar nossas liberdades: compreenda os fatos, manifeste abertamente a
verdade, tire as conclusões e aja em cima delas. Se não agirmos, estaremos
predestinados a perder.
Em tempos como esses, em que nossos dirigentes,
fracos, fecham os olhos frente à perigosa ameaça do Islã totalitário, em tempos
como esses em que a incumbência de soar o alarme caiu nas mãos dos cidadãos
comuns, em tempos como esses a liberdade de expressão é mais importante do que
nunca.
George Orwell disse certa vez: "quanto mais a
sociedade se afastar da verdade, mais ela odiará aqueles a pronunciam". É
por isso que a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos da América é
tão importante. Ela é especialmente necessária para proteger a liberdade de
expressão daqueles que dizem a verdade e são odiados por isso.
As palavras "discurso de incitamento ao
ódio" têm um significado muito específico hoje em dia. Criticar o Islã é
considerado discurso de incitamento ao ódio nos dias de hoje. É permitido
colocar um crucifixo em um pote de urina. Ou retratar Israel como estado
nazista. Isso não é considerado um ato de ódio. Mas se você desenhar uma figura
de Maomé ou se manifestar contra a islamização ou dizer a verdade sobre o Islã,
você é considerado extremista, semeador de discórdia, provocador.
O fato é que quanto mais deixarmos o Islã se
aproximar de nós, menos livres se tornarão nossas sociedades. Nas décadas
passadas, nossos políticos permitiram que milhões de imigrantes muçulmanos se
instalassem dentro de nossas fronteiras. Eles vieram com sua cultura e sua lei
da Sharia. E agora eles querem impô-la sobre nós. Em vez de dizer: se você vier ao nosso
país, você terá que se adaptar a nós, nossos líderes políticos
disseram: mantenham sua cultura, nós respeitamos o Islã e suas suscetibilidades. Em nenhum lugar foi
pleiteado que os imigrantes se assimilassem.
E agora as nações européias se dobraram tanto que
aplicam os tabus islâmicos em suas próprias leis. Eles chamam de crime de ódio
quando os amantes da liberdade rejeitam os tabus islâmicos. Criticar o Islã se
tornou um discurso de incitamento ao ódio, punível com nossas próprias leis.
Não estamos apenas sendo confrontados com a
islamização, mas também com a tolice do relativismo cultural e a fraca
mentalidade da acomodação de nossos líderes políticos. Essa covardia tem que
acabar. Se essa situação continuar, ela nos levará diretamente à catástrofe.
É por isso que eu faço o que faço. Não ficarei de
braços cruzados, nem deixarei que nossa civilização e democracia morram. Eu me
manifesto abertamente contra o Islã e me manifesto abertamente contra nossos
líderes fracos. Eu amo meu país, amo a liberdade, não quero viver na escravidão
e é por isso que me manifesto abertamente.
Sem a Primeira Emenda da Constituição dos Estados
Unidos da América, as consequências por falar abertamente são piores do que com
a Primeira Emenda. Ainda assim, nossa obrigação continua a mesma: em nome da
liberdade, temos que nos manifestar abertamente. Não importa quais sejam as
consequências. Em nome da liberdade e dignidade, é isso que defendemos.
A verdade é a nossa arma, temos a obrigação de
usá-la. A liberdade de expressão é uma coisa frágil que deve ser defendida com
coragem. Enquanto formos livres para nos manifestarmos, podemos dizer a verdade
às pessoas e fazê-las entenderem o que está em jogo. O establishment político,
acadêmico e a mídia do Ocidente estão ocultando do povo a verdadeira dimensão
da ameaça islâmica. É necessário espalhar a mensagem. Esta a nossa primeira e
mais importante obrigação.
Se os imigrantes aceitarem nossas leis e valores,
eles serão bem-vindos para ficarem e usufruírem, como qualquer um de nós, de
todos os direitos que a nossa sociedade garante, nós até os ajudaremos a se
assimilarem. Mas se eles cometerem crimes, agirem contra nossas leis, impuserem
sobre nós a lei da Sharia, ou travarem a guerra da jihad, nós temos que
expulsá-los.
Nós temos que parar de fingir que o Islã é uma
religião. O Islã é uma ideologia totalitária cujo objetivo é conquistar o
Ocidente. Uma sociedade livre não deve conceder liberdade àqueles que querem
destruí-la. Conforme disse Abraham Lincoln: "aqueles que negam a liberdade
aos outros não a merecem para si mesmos".
Cada loja halal, cada mesquita, cada escola
islâmica e cada burca são consideradas pelo Islã como um passo adiante para
meta final da nossa submissão.
E para finalizar, é bom lembrar que o Islã tem
ambições globais, que todos nós corremos perigo. Devemos estar ao lado de qualquer
nação e qualquer povo ameaçado pela jihad. Isso inclui Israel, a única
democracia no Oriente Médio, cujo conflito com os árabes não é por causa de
território, é um conflito entre liberdade e tirania. Nós temos que apoiar
Israel porque nós somos todos Israel. E nunca devemos acreditar em regimes
criminosos islâmicos como o Islã. Um tratado com o Estado Islâmico do Irã
quanto à questão das armas nucleares é uma piada de mau gosto e uma gigantesca
ameaça à segurança de Israel e de todo o Ocidente.
Eu sou da Europa. Vocês são americanos, mas estamos
todos no mesmo barco. Nós devemos nos unir contra nosso adversário comum. A
onda islâmica é poderosa, mas o Ocidente já a repeliu anteriormente e temos que
repeli-la novamente.
Ronald Reagan disse que "o futuro não pertence
aos covardes, pertence aos corajosos".
Então sejamos corajosos. E asseguremos o futuro.
(Esse discurso foi proferido de forma ligeiramente diferente para o
Gatestone Institute na cidade de Nova Iorque em 12 de maio de 2015.)
Publicado no site do Gatestone Institute.
Original em inglês: Defending Freedom of Speech
Tradução: Joseph Skilnik
Original em inglês: Defending Freedom of Speech
Tradução: Joseph Skilnik
COMENTÁRIO
NÃO
CONCORDO QUE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO SEJA O PROBLEMA DE NOSSA ERA.
OS
QUE ABUSAM DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO TAMBÉM APELAM PARA ESSE ASPECTO EMOCIONAL
PARA GARANTIR O “SEU” DIREITO DE MENTIR LIVREMENTE.
VENHO
SEMPRE ALERTANDO PARA O VERDADEIRO PROBLEMA – COM DIREITO DE DIZER O QUE
QUISER, OU COM DIREITO LIMITADO À ÉTICA NA COMUNICAÇÃO, O QUE REALMENTE É
PROBLEMA DA HUMANIDADE É ESSA PERMANÊNCIA CADA VEZ MAIS ARROCHADA, DO
ESCRAVAGISMO SEM LIMITES.
RELIGIÕES,
MÁFIAS E PARTIDOS POLÍTICOS SÃO APENAS SINÔNIMOS DE “ESCRAVAGISMO”.
ATÉ
A FRASE DE REAGAN É CITADA PELOS PETRALHAS – “O FUTURO PERTENCE AOS CORRAJOSOS”
PARA INFORMAR QUE OS COVARDES SÃO OS QUE ELES ESCRAVIZAM SEM DEIXAR NEM UM
CENTAVO DE FOLGA PARA QUE CRIEM CORAGEM...
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