Violência
25.04.2014
[ América Latina ]
Crime organizado se sustenta nas
estruturas do Estado e é negócio em expansão
Adital
O crime
organizado tem ganhado cada vez mais terreno na América Latina. Tecendo uma
rede de poder entre mercados ilegais, a colaboração do Estado e uma violência
massiva, a máfia é hoje considerada negócio em expansão. A conclusão é do
centro de pesquisa independente internacional Woodrow
Wilson Center, que divulgou documento que estrutura o funcionamento das
facções criminosas no continente.
Intitulado "A rebelião das redes
criminais: o crime organizado na América Latina e as forças que o modificam” (La
rebelión de las redes criminales: El crimen organizado en América Latina y las
fuerzas que lo modifican), de autoria Juan Carlos Garzón Vergara, o estudo
aponta que as redes criminosas figuram, hoje, como atores estratégicos
relevantes no hemisfério sul, reconfigurando as fronteiras territoriais, tendo
um forte papel na economia e penetrando nas estruturas políticas e sociais. A
máfia poria em jogo os avanços alcançados na construção do Estado e do sistema
democrático.
A publicação aponta que os grupos favoreceriam
a formação de mercados locais ilegais, fator comum na América Latina, que
apresentam uma série de vantagens a essas facções: permitem um fluxo de caixa
constante de fácil acesso e a contratação de mão de obra local (que provê essas
organizações de base social), são veículos efetivos para a lavagem de dinheiro
e sua interação com a informalidade potencializa a capacidade de infiltração na
economia legal.
De acordo com o estudo, o crime opera em
nível local, como máfias e em plano nacional e regional como empresas, com
estruturas mais fluidas e menos hierárquicas. O tradicional "capo”, chefe
das facções, compartilha poder com lideranças intermediárias, que permitiriam a
conexão do crime organizado com instituições legais.
A pesquisa aponta ainda que a motivação do
crime organizado é econômica e não política, ou seja, seu objetivo não é tomar
o poder, mas usar o poder para o desenvolvimento das economias ilegais. A
violência, nesse caso, seria uma ferramenta da máfia e não um fim em si mesmo.
O crime organizado não se baseia no simples confronto com o Estado, mas se
estrutura a partir de conexões entre o legal e o ilegal, o formal e o informal,
em um contexto de debilidade institucional e deterioração da cultura da
legalidade.
Nos últimos anos, as organizações criminais
teriam modificado suas estratégias, por quatro motivos. Um deles seriam os
vazios de poder, que resultam da implosão das estruturas criminais e da ação do
Estado contra esses grupos, também a disponibilidade de redes clandestinas com
experiência no tráfico de bens e serviços ilegais. A consolidação de mercados
locais ilegais emergentes, com uma oferta crescente e uma demanda constante de
produtos e serviços ilegais, seria mais um agravante; além das ofensivas do
Estado em meio à fragilidade institucional e a disposição das redes
clandestinas a confrontar o Poder Institucional.
O estudo indica ainda que as investidas do
Estado para desarticular as organizações criminosas favoreceriam a
competitividade interna dos grupos, que se renovariam e criariam novos modos de
operar na sociedade. "A ofensiva estatal não necessariamente produz uma
debandada de delinquentes que optam por deixarem as atividades ilegais, sendo
uma oportunidade para a renovação das estruturas e a emergência de facções ilegais
que se mantinham até agora subordinadas”, explica a pesquisa.
O estudo conclui que, diante de uma
debilidade institucional, da presença irregular do Estado no território e sua
cooptação pela máfia (a chamada "falência do Estado”), a facção criminosa
teria capacidade de obrigar o Estado a fazer concessões a essa rede de
relações.
* Com informações de Fundación
Avina.
COMENTÁRIO
Já comentei no artigo do dia 5 de abril sobre este assunto ao analisar a informação sobre as Máfias da Itália estarem faturando mais que o valor total do orçamento da União Européia. Agora temos uma opinião jornalística mostrando essa ligação entre as máfias fora da lei e as que fazem as leis.
DE NOSSA PARTE, PEDIMOS SOCORRO PARA UMA FORMAÇÃO DE COMISSÃO CIVIL/MILITAR QUE NOS PERMITA RETORNAR OS POVOS À DEMOCRACIA VERDADEIRA, SEM MÁFIAS NO PODER OU À MARGEM DELE, COM TRANSPARÊNCIA NOS ATOS E GASTOS PÚBLICOS, COM GARANTIA REAL PARA TODOS PODEREM PROSPERAR COM RECONHECIMENTO DO MÉRITO E RESPEITO AO DIREITO DE PROPRIEDADE ADQUIRIDA HONESTAMENTE.
TEMOS SOLUÇÃO COM IMPOSTO ZERO
http://www.mariosanchez.com.br/upload/Domestiqueosupertyranossauro.pdf
TEMOS SOLUÇÃO COM IMPOSTO ZERO
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