REUNIÃO TENSA NO MINISTÉRIO DA DEFESA.
Representantes dos militares da Forças Armadas já falam em
paralisação.
“ Se prender meu esposo o Ministério
vai ter que mandar prender ele e eu...”
"Nos vamos fazer como
todo mundo faz, prender um é fácil, prender dois é fácil. Eu quero ver prender
TRÊS MIL, QUATRO MIL..."
Dia 24 de abril ocorreu nova reunião no
Ministério da Defesa, com a presença de Ari Matos Cardoso, Secretário Geral do
ministério. No evento compareceram varios políticos e representantes de
associações. O deputado Izalci, do PSDB, que se apresentou como “defensor das Forças
Armadas”, logo de início disse que defende a criação de uma espécie de comissão
no Ministério da Defesa voltada exclusivamente para a questão de remuneração
dos militares. Segundo o deputado, todas as categorias que fazem paralisação
conseguem ter suas reivindicações atendidas, mas os militares, que não podem se
sindicalizar nem fazer greves, permanecem com enorme defasagem salarial.
Recentemente os policiais
da Bahia realizaram uma greve, considerada ilegal, e os militares federais
foram deslocados para reforçar a segurança do estado. Os policiais conseguiram
seu reajuste.
Ari Matos Cardoso disse
que o Ministério da defesa já construiu uma política de remuneração dos
militares, que teve a aprovação dos três comandos, que deve ser apresentada
ainda esse mês. Segundo o mesmo, o documento será um instrumento orientador
para a valorização da carreira militar.
O senador Paulo Paim,
quando assumiu a palavra logo mencionou a questão do inacreditável valor do
salário família dos militares, que é de 16 centavos, valor ridículo, que só
ganhou evidência nacional após um já conhecido militar carioca, sargento
Vinícius Feliciano, em ação ousada, escalar a estátua do Marechal Deodoro
usando uma camisa com a frase “Não é só por R$ 0,16”
As falas da maioria das
pessoas foram dentro da tão conhecida, e já angustiante, ética parlamentar. Que
acaba, pelo excesso de gentilezas e atenuantes linguísticos, fazendo parecer
que os temas tratados não são tão urgentes e importantes quanto na verdade são.
Fugindo dessa regra surge a Senhora Kelma, presidente da Unifax. Kelma Costa
não poupou palavras de indignação. Ela parece saber realmente o que são as
privações passadas pela família militar, e cremos que deixou o Ministério da
Defesa bastante preocupado depois de ouvir suas palavras.
Kelma começou sua fala
perguntando: “-Há quanto tempo que se sabe disso? Quando você sabe de um
problema e não busca uma solução demonstra-se com isso algumas coisas. Ou é
falta de vontade de resolver. Porque se for falar que é questão de dinheiro eu
vou ter que desmentir, porque no Brasil, aonde se tem dinheiro pra tudo é
complicado acreditar e passar isso pra tropa hoje. Isso não pode ser mais
justificativa. A questão dos 28.86% é uma questão agora de execução...
Ela continuou. Ao seu lado Ari Matos mantinha o
semblante fechado. "O
que eu preciso saber é o seguinte: se tudo isso que se disse aqui já se sabe
desde 2005, então, sair daqui ou nos deixar novamente no vácuo, sem uma
resposta, uma data, um preto no branco, seria simplesmente a defesa se colocar
numa posição omissa. Ou de que não quer resolver ou de que joga a bola pra
Presidente. E os militares vão saber o seguinte, nós então estamos sem
representação, nós não temos mais a quem recorrer a não ser o comandante
supremo..."
O senhor lembra que eu
estive aqui em manifestação no ano passado... Estivemos em reunião com o
senhor... no dia seguinte voltamos em manifestação... buscando de alguma forma
chamar a atenção do Ministério da Defesa pra essa situação que eu to
apresentando pro senhor um ano depois, e nada foi feito. Eu disse, então nós
vamos pro Congresso, do Congresso partimos pro Senado, e as coisas cresceram e
a tendência agora é crescer muito mais. Porque eu vou dizer uma coisa pro
senhor doutor Ari, eu estou com quatro ônibus de militares da reserva
preparadinhos, porque se não for tomada uma decisão nós vamos vir pra cá.
Nós vamos fazer como todo
mundo faz, prender um é fácil, prender dois é fácil. Eu quero ver prender TRÊS
MIL, QUATRO MIL, aí vai complicar a situação. Eu vou dizer pro senhor que o meu
marido é um desses que está cansado, sobrecarregado, endividado, e esperando,
esperando... Vai ter que acontecer igual acontece aí, uma hora vamos parar,
vamos parar com tudo e quem tiver que prender prenda e quem tiver que arcar com
as consequências que arque... Se prender meu esposo o Ministério vai ter que
mandar prender ele e eu. Porque o senhor vai levar e eu vou ficar sentada do
lado de fora esperando ele sair, ou dentro da cela com ele. Vai ser um trabalho
dobrado.
A senhora Ivone Luzardo
descreveu uma mensagem que recebeu de um militar: “Eu quero entrar no
Congresso armado... se eu tiver uma chance não sobra um.” A que ponto
deixaram chegar os militares. Se isso não é revanchismo é o que?
Pelo conteúdo dos
discursos conclui-se facilmente que a situação está no limite. As falas dos
representantes nos levam a crer que em um momento como esse qualquer coisa pode
acontecer.
Essa semana mesmo o grupo
TERNUMA (Terrorismo Nunca Mais) criou uma grande lista em repúdio ao governo
atual, em poucos dias ela já conta com mais de 2 mil signatários. Imaginem um
grande grupo de oficiais da reserva, generais que ocuparam altos cargos,
coronéis... Caminhando silenciosamente e simplesmente se posicionando em frente
ao Palácio do Planalto.
Qual será o tamanho do
prejuízo político se a sociedade perceber que as Forças Armadas estão insatisfeitas
com o governo, a ponto de atitudes extremas, como mencionou a senhora Kelma
Costa?
NOSSO COMENTÁRIO
-ARGUMENTOS DE QUE NÃO PODE SER FEITA DESPESA NECESSÁRIA PARA A
NAÇÃO NÃO TEM SENTIDO.
HÁ TRINTA ANOS NOSSO GRUPO DE ESTUDOS AVANÇADOS NOS DEU OS
CÁLCULOS MATEMÁTICOS DE COMO PODEMOS ABAIXAR OS IMPOSTOS EM SEIS ANOS PARA 12%
DOS FATURAMENTOS E COBRIR COM ELES TUDO QUE SEJA NECESSÁRIO NAS ÁREAS FEDERAL
ESTADUAL E MUNICIPAL, MEDIANTE UMA RENÚNCIA FISCAL JUNTAMENTE COM O ENXUGAMENTO
DA MÁQUINA ESTATAL.
VEJAM NOSSA PUBLICAÇÃO GRÁTIS:
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