DISCURSO DO AÉCIO NEVES NO SENADO - Para ser lido e Refletido.
Senhor presidente,
Senhoras e senhores senadores,
Aproveito a oportunidade, extremamente
emblemática, em que o Partido dos Trabalhadores festeja os seus 33 anos de
existência e uma década de exercício de poder à frente da Presidência para
emprestar-lhes alguma colaboração crítica.
Confesso que o faço neste momento
completamente à vontade, haja vista a cartilha especialmente produzida pela
legenda para celebrar a ocasião festiva.
Nela, de forma incorreta, o PT trata como
iguais as conjunturas e realidades absolutamente diferentes que marcaram os
governos do PSDB e do PT.
Ao escolher comemorar o seu aniversário
falando do PSDB, o PT transformou o nosso partido no convidado de honra da
sua festa.
Eu aceito o convite até porque temos muito o que dizer aos nossos anfitriões. Apesar do esforço do partido em se apresentar como redentor do Brasil moderno, é justo assinalar algumas ausências importantes na celebração petista. Nela, não estão presentes a autocrítica, a humildade e o reconhecimento. Essas são algumas das matérias-primas fundamentais do fazer diário da política e que, infelizmente, parecem estar sempre em falta na prática dos nossos adversários. Mas afinal, qual é o PT que celebra aniversário hoje? O que fez do discurso da ética, durante anos, a sua principal bandeira eleitoral, ou o que defende em praça pública os réus do mensalão? O que condenou com ferocidade as privatizações conduzidas pelo PSDB ou o que as realiza hoje, sem qualquer constrangimento? O que discursa defendendo um Estado forte ou o que coloca em risco as principais empresas públicas nacionais, como a Petrobras e a Eletrobras? O Brasil clama por saber: qual PT aniversaria hoje? O que ocupou as ruas lutando pelas liberdades ou o que, no poder, apoia ditaduras e defende o controle da imprensa? O PT que considerava inalienáveis os direitos individuais ou o que se sente ameaçado por uma ativista cuja única arma é a sua consciência? A verdade é que hoje seria um bom dia para que o PT revisitasse a sua própria trajetória, não pelo espelho do narcisismo, mas pelos olhos da história. Até porque, ao contrário do que tenta fazer crer a propaganda oficial, o Brasil não foi descoberto em 2003. Onde esteve o PT em momentos cruciais, que ajudaram o Brasil a ser o que é hoje? Como já disse aqui, todas as vezes que o PT precisou escolher entre o PT e o Brasil, o PT escolheu o PT. Foi assim quando negou seu apoio a Tancredo no Colégio Eleitoral para garantir o nosso reencontro com a democracia. Foi assim quando renegou a constituição cidadã de Ulysses. Quando eximiu-se de qualquer contribuição à governabilidade no governo Itamar Franco e quando se opôs ao Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Em todos esses instantes o PT optou pelo projeto do PT. Fato é que, no governo, deram continuidade às políticas criadas e implantadas pelo presidente Fernando Henrique. E fizeram isso sem jamais reconhecer a enorme contribuição dada pelo governo do PSDB na construção das bases que permitiram importantes conquistas alcançadas no período de governo do PT.
No governo ou na oposição temos as mesmas
posições. Não confundimos convicção com conveniência. Nossas convicções não
nos impedem de reconhecer que nossos adversários, ao prosseguirem com
ações herdadas do nosso governo, alcançaram alguns avanços importantes para o
Brasil. Da mesma forma, são elas, as nossas convicções, que sustentam as
críticas que fazemos aos descaminhos da atual gestão federal.
Senhoras e senhores senadores ... A presidente Dilma Rousseff chega à metade de seu mandato longe de cumprir as promessas da campanha de 2010. Há uma infinidade de compromissos simplesmente sublimados. A incapacidade de gestão se adensou, as dificuldades aumentaram e o Brasil parou. Os pilares da economia estão em rápida deterioração, colocando em risco conquistas que a sociedade brasileira logrou anos para alcançar, como a estabilidade da moeda. Senhoras e senhores. Sei que a grande maioria das senadoras e senadores conhece as dezenas de incongruências deste governo, que têm feito o país adernar em um mar de ineficiência e equívocos. Mas o resultado do conjunto da obra é bem maior do que a soma de suas partes.
Nos poucos minutos de que disponho hoje
gostaria de convidá-los a percorrer comigo 13 dos maiores fracassos e das
mais graves ameaças ao nosso futuro produzidos pelo governo que hoje comemora
10 anos.
Confesso que não foi fácil escolher apenas 13 pontos. 1. O comprometimento do nosso desenvolvimento:
Tivemos um biênio perdido, com o PIB per
capita avançando minúsculo 1%. Superamos em crescimento na região apenas o
Paraguai. Um quadro inimaginável há alguns anos.
2. A paralisia do país: o PAC da propaganda e do marketing.
O crítico problema da infraestrutura
permanece intocado. As condições de nossas rodovias, portos e aeroportos nos
empurram para as piores colocações dos rankings mundiais de competitividade.
O Brasil está parado. São raras as obras que se transformaram em realidade e
extenso o rol das iniciativas só serve à propaganda petista.
3. O tempo perdido: A indústria sucateada
O setor industrial - que tradicionalmente
costuma pagar os melhores salários e induzir a inovação na cadeia produtiva -
praticamente não tem gerado empregos. Agora começa a desempregar, como
mostrou o IBGE. Estamos voltando à era JK, quando éramos meros exportadores
de commodities.
4. Inflação em alta: a estabilidade ameaçada.
O PT nunca valorizou a estabilidade da
moeda. Na oposição, combateu o Plano Real. O resultado é que temos hoje
inflação alta, persistentemente acima da meta, com baixíssimo crescimento.
Quem mais perde são os mais pobres.
5. Perda da Credibilidade: A Contabilidade criativa.
A má gestão econômica obrigou o PT a
malabarismos inéditos e manobras contábeis que estão jogando por terra a
credibilidade fiscal duramente conquistada pelo país. Para fechar as contas,
instaurou-se o uso promíscuo de recursos públicos, do caixa do Tesouro, de
ativos do BNDES, de dividendos de estatais, de poupança do Fundo Soberano e
até do FGTS dos trabalhadores. Recorro ao insuspeito ministro Delfim Neto,
próximo conselheiro da presidente da república que publicamente afirmou:
"Trata-se de uma sucessão de espertezas capazes de destruir o esforço de
transparência que culminou na magnífica Lei de Responsabilidade Fiscal,
duramente combatida pelo Partido dos Trabalhadores na sua fase de
pré-entendimento da realidade nacional, mas que continua sob seu permanente
ataque".
A quebra de seriedade da política econômica
produzidas por tais alquimias não tem qualquer efeito prático, mas tem custo
devastador.
6. A destruição do patrimônio nacional: a derrocada da Petrobras e o desmonte das estatais.
Em poucos anos, a Petrobras teve perda
brutal no seu valor de mercado. É difícil para o nosso orgulho brasileiro
saber que a Petrobras vale menos que a empresa petroleira da Colômbia. Como o
PT conseguiu destruir as finanças da maior empresa brasileira em tão pouco
tempo e de forma tão nefasta? Outras empresas estatais vão pelo mesmo
caminho. Escreveu recentemente o economista José Roberto Mendonça de Barros:
"Não deixa de ser curioso que o governo mais adepto do estado forte
desde Geisel tenha produzido uma regulação que enfraqueceu tanto as suas
companhias".
7. O eterno país do futuro: o mito da autossuficiência e a implosão do etanol.
Todos se lembram que o PT alçou a Petrobras
e as descobertas do pré-sal à posição de símbolos nacionais. Anunciou em
2006, com as mãos sujas de óleo, que éramos autossuficientes na produção de
petróleo e combustíveis. Pouco tempo depois, porém, não apenas somos
importadores de derivados como compramos etanol dos Estados Unidos.
8. Ausência de planejamento: O risco de apagão.
No ano passado, especialistas apontavam que
o governo Dilma foi salvo do racionamento de energia pelo péssimo desempenho
da economia, mas o risco permanece. Os "apaguinhos" só não são mais
frequentes porque o parque termoelétrico herdado da gestão FHC está
funcionando com capacidade máxima. A correta opção da energia eólica padece
com os erros de planejamento do PT: usinas prontas não operam porque não
dispõem de linhas de transmissão.
9. Desmantelamento da Federação: interesses do pais subjugados a um projeto de poder.
O governo adota uma prática perversa que
visa fragilizar estados e municípios com o objetivo de retirar-lhes autonomia
e fazê-los curvar diante do poder central.
O governo federal não assume, como deveria, o papel de coordenador das discussões vitais para a Federação como as que envolvem as dívidas dos estados, os critérios de divisão do FPE e os royalties do petróleo assistindo passivamente a crescente conflagração entre as regiões e estados brasileiros. Assiste, também, ao trágico do Nordeste, onde faltam medidas contra seca. 10. Brasil inseguro: Insegurança pública e o flagelo das drogas.
Muitos brasileiros talvez não saibam, mas
apesar da propaganda oficial, 87% de tudo investido em segurança pública no
Brasil vêm dos cofres municipais e estaduais e apenas 13% da União. Os gastos
são decrescentes e insuficientes: no ano passado, apenas 24% dos R$ 3 bilhões
previstos no Orçamento foram investidos. E isso a despeito de, entre 2011 e
2012, a União já ter reduzido em 21% seus investimentos em segurança.
Um dos efeitos mais nefastos dessa omissão é a alarmante expansão do consumo
de crack no país. E registro a corajosa posição do governador Geraldo Alckmin
nessa questão.
11. Descaso na saúde, frustração na educação. O governo federal impediu, através da sua base no Congresso, que fosse fixado um patamar mínimo de investimento em saúde pela esfera federal.. O descompromisso e as sucessivas manobras com investimentos anunciados e não executados na área agridem milhões de brasileiros. Enquanto os municípios devem dispor de 15% de seus recursos em saúde, os estados 12%, o governo federal negou-se a investir 10%. As grandes conquistas na área da saúde continuam sendo as do governo do PSDB: Saúde da Família, genéricos, política de combate à AIDS. Com a educação está acontecendo o mesmo. O governo herdou a universalização do ensino fundamental, mas foi incapaz de elevar o nível da qualidade em sala de aula. Segundo denúncias da imprensa, das 6.000 novas creches prometidas em 2010, no final de 2012, apenas 7 haviam sido entregues. 12. O mau exemplo: o estímulo à intolerância e o autoritarismo.
Setores do PT estimulam a intolerância como
instrumento de ação política. Tratam adversário como inimigo a ser abatido.
Tentam, e já tentaram cercear a liberdade de imprensa. E para tentar
desqualificar as críticas, atacam e desqualificam os críticos, numa tática
autoritária. Para fugir do debate democrático, transformam em alvo os que têm
a coragem de apontar seus erros. A grande verdade é que o governo petista não
dialoga com essa Casa, mantendo-o subordinado a seus interesses e
conveniências, reduzindo-o a mero homologador de Medidas Provisórias.
13. A defesa dos maus feitos: a complacência com os desvios éticos.
O recrudescimento do autoritarismo e da
intolerância tem direta ligação com a complacência com que setores do petismo
lidam com práticas que afrontam a consciência ética do país. Os casos de
corrupção se sucedem, paralisando áreas inteiras do governo. Não falta quem
chegue a defender em praça pública a prática de ilegalidades sobre a
ótica de que os fins justificam os meios. Ao transformar a ética em componente
menor da ação política, o PT presta enorme desserviço ao país, em especial às
novas gerações...
Senhoras e senhores, A grande verdade é, nestes dez anos, o PT está exaurindo a herança bendita que o governo Fernando Henrique lhe legou. A ameaça da inflação, a quebra de confiança dos investidores, o descalabro das contas públicas são exemplos de crônica má gestão. No campo político, não há mais espaço para tolerar o intolerável.
É intolerável, senhoras e senhores, a
apropriação indevida da rede nacional de rádio e TV para que o governante
possa combater adversários e fazer proselitismo eleitoral. É intolerável o
governo brasileiro receber de representantes de um governo amigo do PT
informações para serem usadas contra uma cidadã estrangeira em visita ao
nosso país.
Diariamente, assistimos serem ultrapassados os limites que deveriam separar o público do partidário. E não falo apenas de legalidade. Falo de legitimidade.
Vejo que há quem sente falta da oposição
barulhenta, muitas vezes irresponsável feita pelo PT no passado. Pois digo
com absoluta clareza: não seremos e nem faremos esta oposição. Agir como o PT
agiu enquanto oposição faria com que fôssemos iguais a eles. E não somos. Não
fazemos oposição ao Brasil e aos brasileiros. Jamais fizemos. Tentando mais
uma vez dividir o país entre o nós e o eles, entre os bons e os maus, o PT
foge do verdadeiro debate que interessa ao Brasil e aos brasileiros. Como
construiremos as verdadeiras bases para transformarmos a administração diária
da pobreza em sua definitiva superação? Como construiremos as bases para um
desenvolvimento verdadeiramente sustentável e solidário com todos os
brasileiros? A esta altura, parece ser esta uma agenda proibida, sem qualquer
espaço no governismo.
Até porque, senhoras e senhores, se constata aqui o irremediável: não é mais a presidente quem governa. Hoje, quem governa o país é a lógica da reeleição. Muito obrigado.
Aécio Neves
COMENTÁRIO
VAMOS COBRAR ESSA POSTURA PARA A CAMPANHA E COLABORAR COM O CUMPRIMENTO DE METAS DEMOCRÁTICAS QUE AQUI ESTÃO SENDO DESENHADAS, POIS SE AÉCIO NÃO GANHAR COM AS URNAS SENDO FALSIFICADAS, SOLICITAREMOS O APOIO DAS FFAA PARA DAR FIM A ESSA LISTA DE DESCALABROS.
|
quarta-feira, 25 de junho de 2014
AÉCIO NEVES NO SENADO
domingo, 22 de junho de 2014
BIPARTIDARISMO
CONSIDERAÇÕES
SOBRE O BIPARTIDARISMO FUNDAMENTAL E A CIDADANIA CAPAZ
Muito bem explicitada a dicotomia política, para o bem ou para o mal.
O ‘revolucionário’, ou melhor, o pseudo revolucionário age conscientemente não para construir, melhorar, aperfeiçoar o
mundo, mas para destruí-lo, acreditando que o sucesso nesse desiderato
insensato o absolve dos crimes ao fundar uma nova realidade.
O fato é que a efetiva evolução da humanidade apoia-se nos valores e princípios fundamentais da civilização; e o
progresso efetivo ocorre na medida em que prevalecem as ideias reformistas e de
aperfeiçoamento da humanidade e, não das ideias inspiradas em ideologias
revolucionárias neo-regressivas totalitárias por si só violentas e destrutivas.
Ou como sintetiza Jacques
Rollet:
“Os
verdadeiros amigos do povo não são nem revolucionários nem inovadores, mas sim
tradicionalistas.” ROLLET, Jacques. Religião e
Política – o Cristianismo, o Islão, a Democracia. Lisboa:
Instituto Piaget, 2002, p.113.
CONCORDO
COM ESSA OPINIÃO ACIMA DO alvaropcerqueira@uol.com.br;
|
Fazemos Mais um comentário ao final.
CONSIDERAÇÕES
SOBRE O BIPARTIDARISMO FUNDAMENTAL E A CIDADANIA CAPAZ
:: FRANCISCO VIANNA
Quinta
feira, 12 de junho de 2014
As pessoas
costumam estar divididas em dois grupos básicos de ideias: os
conservadores e os revolucionários. Mesmo assim tais denominações podem se
intercambiar. Explico.
Quando os
revolucionários conseguem implantar um sistema inventado por um filósofo
qualquer, que não represente uma evolução social natural, para criarem um
novo regime social – leia-se: político e econômico – se transformam
imediatamente em conservadores, assim chamados por passarem a se dedicar,
então, em conservar aquilo que conquistaram. Por sua vez, os que eram
chamados, por estes, de conservadores, porque queriam conservar a ideologia
que foi mudada, passarão a ser imediatamente considerados como revolucionários,
na medida em que passam a atuar no sentido de restaurá-la.
As sociedades
mais evoluídas e de maior índice de desenvolvimento humano mantêm um
bipartidarismo com base nessa diferenciação do comportamento político e que,
nem sempre, circunscreve um comportamento econômico correspondente.
Como não existe
economia fora do capitalismo, a diferença consiste em se ter esse capitalismo
basicamente funcionando na esfera privada ou na esfera estatal. Os que
defendem a primeira situação são os privatistas e os que defendem a segunda
são os estatistas.
Assim, o
comportamento social das pessoas vai desde a defesa de um poder político
absoluto e autoritário oriundo da mudança de uma ordem pré-estabelecida com
uma estatização completa da atividade econômica, a que se dá o nome de
“socialismo” para reunir os autoritaristas e estatistas – havendo aí uma
série de doutrinas que gravitam em torno desse mesmo objetivo – até a defesa
de um estado mínimo, apenas prestador de serviços públicos e de defesa
nacional, democrático e de preferência com base no mérito e na manutenção dos
valores culturais e civilizacionais formadores do povo e com a atividade
econômica desenvolvida em sua grande parte pelo setor privado, a que se dá o
nome de “liberalismo” para reunir os privatistas e meritocratas – havendo aí
também algumas doutrinas que visam obter uma gradação desse resultado social.
No primeiro
grupo, o dos estatistas – situados historicamente à esquerda do espectro
social – estão os que se fascinam pelo populismo histriônico, messiânico,
carismático de líderes que no mais das vezes são amplamente demagógicos e se
destacam na sua atividade política por defender utopias nunca antes bem
sucedidas como fórmulas mágicas para conseguirem criar o que chamam de uma
“sociedade mais justa e equilibrada”, raramente dissociados de seus
interesses de enriquecimento pessoal e de liderar apenas uma pequena
burguesia criada em seu entorno pra lhe dar sustentação de hegemonia de seu
‘partido único’. Para isso começam agindo dentro de uma ideologia
“trabalhista”, pela qual o único capital real é o humano e o financeiro deve
estar sob o controle exclusivo do estado ou simplesmente não existir de modo
visível.
No segundo grupo
estão os que não querem trocar o certo pelo duvidoso, o que já funciona,
mesmo com algumas deficiências, pelo desconhecido e que nunca funcionou em
lugar algum. Aprenderam com as aulas práticas ministradas pela história do
século XX que o capital financeiro tem o mesmo valor do capital humano, ou
seja, que o dinheiro e o trabalho têm valores equivalentes dentro do processo
produtivo e que as pessoas trabalham para ganhar dinheiro e se capitalizarem
e, assim que o conseguem, investem esse capital para gerar mais trabalho e
riqueza e que, quanto maior for o estado maior será seu peso e o obstáculo à
realização desse processo.
O fato de serem
chamados de revolucionários ou conservadores é, pois, amplamente
circunstancial e depende de estarem ou não no poder. Ambos os lados poderão,
como visto, ser considerados como ‘reacionários’, pois reagirão sempre no
sentido de impedir que suas convicções percam terreno em relação às do outro
grupo.
O exposto até
agora corresponde ao argumento básico do bipartidarismo, ou a defesa
dicotomizada do comportamento social dos indivíduos. As nuances
ideológicas de ambos os lados não devem se transformar em partidos políticos,
mas apenas em correntes dentro desses dois grandes partidos, ou seja, de um
lado, à esquerda, uma espécie de PAE, ou Partido do Autoritarismo Estatista,
e, do outro lado, à direita, uma espécie de PPDR, ou Partido Privatista da
Democracia Representativa.
Assim, dentro do
primeiro, teríamos correntes no sentido de diminuir o autoritarismo em
direção ao que chamam os esquerdistas de “democracia direta” e de permitir
uma controlada atividade capitalista privada em luta ideológica com as
correntes defensoras da radicalização de suas ideias.
Da mesma forma,
dentro do segundo partido, haveria desde correntes defensoras de certa
atividade capitalista do estado e certa concentração de poderes nas mãos de
uma elite dirigente, a outras que lutariam pelo fundamentalismo de suas
ideias privatistas e representativas.
Isso pode
parecer, a alguns, certo maniqueísmo, que além de falso – uma vez que as
variações surgiriam por atividade intrapartidária – é amplamente preferível à
situação absurda de um pluripartidarismo onde os partidos políticos são
criados apenas para abrir espaços a políticos geralmente vinculados apenas
aos seus próprios interesses pessoais.
À cidadania,
caberia o bom senso e a eficácia de praticar uma estrita alternância de poder
entre ambos os partidos, para evitar que qualquer um dos dois lados acabasse
por construir sociedades desequilibradas, política e economicamente, nos dois
sentidos.
O que ambos os
lados não podem, impunemente, desconsiderar é a defesa prévia e preeminente
dos valores culturais e civilizacionais formadores do povo e do fato de não
se poder exigir que uma pessoa assuma responsabilidades para as quais não
está minimamente educada ou instruída para tal, criando falsos direitos e
obrigações incapazes de serem satisfeitos e cumpridas.
Dessa noção,
surge o próprio conceito de “cidadania capaz”, ou seja, da pessoa que tem
condições mínimas de educação, de urbanidade, de instrução – leia-se:
escolaridade – e de formação profissional para que permitam que contribua e
participe, quer com sua bolsa quer com sua atividade pessoal, para
representar e se fazer representar na condução dos governos em suas variadas
instâncias bem como na manutenção e defesa dos interesses legítimos do seu
país.
Assim, há pessoas
que não reúnem essas condições essenciais ao exercício da cidadania e, pois,
considerá-las como cidadãos, além se ser
uma aleivosia irresponsável, fatalmente levaria à formação de situações
sociais absurdas, decadentes e retrógradas.
Assim, caberia às
duas correntes partidárias majoritárias, o estabelecimento dessas condições
mínimas de atribuições às pessoas para qualificá-las como aptas ao exercício
da cidadania. capaz dentro do
contexto social, ou seja, político e econômico.
O erro do
esclarecido é sempre mais aproveitável como lição para a correção de rumos e
de atitudes do que o erro do ignorante e do deseducado, que nem sequer jamais é admitido
por este como erro.
Por mais que se
possa titular tal abordagem como “elitista”, o que se tem como certo é que,
sendo a verdadeira elite o que há de melhor e mais desenvolvido numa
sociedade, são os integrantes dessa elite que devem conduzir a sociedade,
pois nela estarão fatalmente os seus verdadeiros líderes capazes.
Afora essas pessoas, não restará alternativa a não ser a sociedade vir a ser
dirigida por falsa elite, constituída pela escória social ignorante.
A instituição da
“cidadania capaz” levaria naturalmente à satisfação da exigência de políticos
mais probos e capacitados, bem como legisladores e administradores (e reais
estadistas) muito mais preparados para se desincumbirem de seus misteres em
benefício das pessoas e, por via de consequência, da nação.
Já ouvi amigos
dizerem, com uma razão aparente, que a democracia meritocrática não é um
regime para “povos atrasados” e que estes têm que ser controlados por
ditaduras e terem suas economias dirigidas pelo estado e agirem em
conformidade estrita deste. E que as democracias meritocráticas e o
capitalismo privado e de livre mercado são apanágios apenas dos países
mais desenvolvidos e que, por isso mesmo, garantem a sua hegemonia continuada
no mundo.
A diferença, no
entanto, parece estar confinada apenas à existência ou não
de uma “cidadania capaz”. Quanto mais desenvolvido um país, maior será o
número de “cidadãos capazes” e vice versa. Quando todas as pessoas de um país
são pretensamente consideradas como cidadãos, o resultado social obtido está
longe de ser o melhor ou, pelo menos, o mais adequado à felicidade e ao
progresso coletivo, inclusive e principalmente ao dos menos preparados.
Assim, povos atrasados podem prosperar rapidamente quando estabelecem uma
''cidadania capaz'', ou seja, onde apenas as pessoas minimamente educadas e instruídas
podem participar do processo decisório.
Ainda não se
inventou ou se praticou qualquer regime em que uma minoria não mande ou
lidere uma enorme maioria. Mandar é uma coisa, mas liderar é bem outra coisa
e, daí, ser absolutamente indispensável que essa minoria seja composta das
pessoas mais capazes e probas da sociedade, com maior preparo educacional e
de maior escolaridade, o que lhes dá a capacidade de melhor gerir o bem
comum, e até de promover a capacitação das pessoas ainda não preparadas para
exercitar uma “cidadania capaz”.
|
COMENTANDO
TEMOS QUE ESCLARECER QUE O SEGREDO DE FORMAR
CIDADANIA CAPAZ É A EDUCAÇÃO. PORÉM A EDUCAÇÃO QUE OS ESCRAVAGISTAS COMANDAM É
PARA DEFORMAR OS CIDADÃOS PARA QUE SE JULGUEM INFERIORES E CONTINUEM ESCRAVOS.
PEÇO A SUA ATENÇÃO AO FATO DE QUE A EDUCAÇÃO COMEÇA NO VENTRE DA MÃE
E POR ISSO, OS JUDEUS DECLARAM QUE É JUDEU QUEM TEM MÃE JUDIA. LEIAM NO MEU BLOG SEGUNDA-FEIRA, 31 DE MARÇO DE 2014
COMO CHEGAR À
RAÇA SUPERIOR
quinta-feira, 19 de junho de 2014
EDUCAÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR
ADEPTO INCONDICIONAL DA LEITURA, TOMO A LIBERDADE DE TRANSCREVER O ARTIGO ENVIADO POR MAURO SCHORR COM O QUAL CONCORDO PLENAMENTE.
CHAMEI O ARTIGO PELO TITULO ACIMA E NÃO VOU COMENTAR NADA!
por Miriam Halfim em 16 de junho de 2014
Tem razão o homem-bomba da Petrobrás. A – no momento não tão poderosa – estatal não é uma organização criminosa.
Criminosa é a atitude dos que a usam para se locupletarem e a mancham com sua presença desonrosa. Criminoso é quem rouba R$23.000.000,00 e ainda sorri com cinismo. A Petrobrás merece gente melhor em sua direção. Por sorte o juiz monocrático levou Paulo Roberto da Costa de volta à prisão. Que ele devolva o dinheiro roubado e fique na cadeia por longo tempo. A Petrobrás e o povo brasileiro agradecem. E é de juízes desse naipe que deve se compor o STF.
A presidente tentou impor mais uma medida restritiva à sociedade. Volta e meia há um ataque do gênero, tentando calar a voz popular e a liberdade de expressão. O novo decreto, que tenta regular a democracia é tão absurdo que até mesmo Renan Calheiros e José Henrique Alves estremeceram e foram contra. Mesmo dentro do PT (alguns setores menos xiitas, é claro) a ideia bolivariana foi rechaçada.
Por certo o presidente do PT a defendeu. Dizer o contrário seria sensato, e tal virtude não coaduna com sua visão política. Rui Falcão disse que após as eleições se discutirá o valor do decreto. Há que ter atenção, o país corre perigo. Dilma esquece que nenhum presidente é eleito para colocar o país de joelhos, mas sim para agigantá-lo. Quem não governa para o povo e pelo povo não tem o direito de governar.
O Brasil ficou 300 anos no vazio, até 1808, o que nos deixa com longo atraso diante do Primeiro Mundo – difícil de superar. Aos meus alunos de classe humilde eu sempre ensinei que o pulo do gato viria com muito esforço pessoal, muito estudo, muita leitura, muita educação. Os que entenderam a mensagem conseguiram. Só conseguem crescer os que entendem a mensagem, e ela não é cifrada.
D. Ruth Cardoso tinha um plano para ajudar os brasileiros a se desenvolverem. Lula o modificou para o Bolsa-Família. Após um tempo, alguns beneficiados vieram a público relatar que apenas se sentiriam integrados à classe média se pudessem galgar degraus na Educação. Não me lembro de ter ouvido resposta de Brasília. Mas a Educação no Brasil só tem feito piorar. O presidente Lula posava com livros de cabeça para baixo, alardeava que chegara à Presidência sem instrução, dando um péssimo exemplo para a juventude, especialmente porque o país carece de gente qualificada para alavancar seu caminho para o progresso.
Sim, temos gente boa. Mas não devido a qualquer esforço de governo. Os governos, um após outro, só têm olhado para o próprio umbigo, em nada ajudando a nação. Dilma também veio com ar de faxineira, numa tentativa de apagar a imagem de ‘poste’ de Lula. Acabou sucumbindo ao PT e a suas ideias retrógradas, e tal como Lula, deixou correr solta a corrupção, nada sabendo, nada fazendo para fincar posição que acalmasse a população. Como resultado de tantos sucessivos malfeitos, o país vive dias esquisitos, uma atmosfera estranha, sufocante quase, um total laissez-faire, vale-tudo, casa da mãe Joana.
A falta de apego à Educação criou uma avalanche de brasileiros analfabetos, que se sujeitam a qualquer jogo para serem sustentados sem esforço, inconscientes de que poderiam alçar voos mais altos se do chefe da nação exigissem o que lhes cabe de direito. A manutenção de uma situação que explora a miséria humana confirma, sem dúvida, que os governantes do país não desejam nada além de se manterem no Poder.
O tal complexo de vira-lata, que a presidente vive repetindo ser do povo, não está, de fato, no brasileiro. Ao contrário, complexo de vira-lata reflete, isto sim, o modo como o governo enxerga o povo que o elegeu. Assim o trata, oferecendo migalha, mas nunca, de modo algum, a dignidade de aprender a comprar sua própria refeição.
Lula decepcionou, Dilma decepcionou. O nome do Brasil aparece em manchetes mundiais, na maioria das vezes em notícia ligada à corrupção. Em contrapartida, o Japão, que em 2022 sedia a Copa, teve DOIS protestos, apenas DOIS, e o governador de Tóquio reduziu pela metade o valor a ser gasto com o novo estádio nacional.
Sobre nós, ainda no final do século XIX, um jornal inglês dizia que os brasileiros, preguiçosos, insistem em contratar estrangeiros para trabalhar ou então explorar seus negros escravos, optando por manter o país um gigante adormecido; e recomenda que o Brasil seja desapropriado de tão grande tesouro, se não sabe como dele cuidar. Má fama antiga, que se profundou com ditaduras e agora, mal erguemos um pouco a cabeça, tentam de novo afogar.
Por sua vez, como se não bastasse a má fama que sempre nos impõe nossos políticos, tivemos uma manifestação que agora coloca o nome do povo como um todo em manchete vergonhosa. Vaiar pode ser comum em estádio de futebol. Mas ir a um evento onde há chefes de nações (mesmo que eles sejam corruptos e tenham poucas qualidades), encher o Maracanã e gritar xingamentos em coro à presidente é triste, inaceitável.
Enquanto apenas nossos políticos mostram sua verdadeira cara mundo afora, o povo permanece digno da simpatia internacional. Quando este povo se comporta feito animal embrutecido, o que faz é descer ao nível daqueles que abomina. Protestar nas ruas, exigir mudanças, acabar com a corrupção é certo, é imprescindível; para isso existem as urnas em outubro, que podem demonstrar a vontade de ver Brasil maior.
Além disso, cabe persistir na Educação, ler muito (insisto porque encontro muita gente que confessa não ter paciência para livro), se aprimorar e ter ganas de ser parte do mundo civilizado e não parceiro de Cuba, Venezuela, Argentina e similares. Do contrário, nosso atraso e brutalidade e agressividade e violência estarão apenas cobrando seu terrível preço.
Para não deixar de falar de livros, e como leio alguns ao mesmo tempo (cartas de D. Pedro I, a vida na corte etc.), volto a lembrar que ‘As Meninas do Quarto 28’, de Hannelore Brenner, nos dá a chance de acompanhar a vida das jovens que sofreram com o nazismo e comprovar como a arte salvou algumas delas. São 400 páginas (faltam-me 50), e a cada foto delas podemos abraçá-las e fazer com que se sintam menos sós. Eu sei, o assunto é duro, mas se eu não lembrar quem sou e de onde venho, alguém me lembrará, e sem delicadeza. Vale mencionar que o partido de extrema-direita de Jean Marie Le-Pen cresce na França e o homem acaba de dizer que negros e judeus dariam uma bela fornada.
A arte, a educação e a cultura salvam. Além de tornar a vida mais bela e com razão de ser. O contrário tem mesmo um duro preço.
CONVIDO A LER MAIS SOBRE O ASSUNTO NESTE BLOG.
CHAMEI O ARTIGO PELO TITULO ACIMA E NÃO VOU COMENTAR NADA!
por Miriam Halfim em 16 de junho de 2014
Tem razão o homem-bomba da Petrobrás. A – no momento não tão poderosa – estatal não é uma organização criminosa.
Criminosa é a atitude dos que a usam para se locupletarem e a mancham com sua presença desonrosa. Criminoso é quem rouba R$23.000.000,00 e ainda sorri com cinismo. A Petrobrás merece gente melhor em sua direção. Por sorte o juiz monocrático levou Paulo Roberto da Costa de volta à prisão. Que ele devolva o dinheiro roubado e fique na cadeia por longo tempo. A Petrobrás e o povo brasileiro agradecem. E é de juízes desse naipe que deve se compor o STF.
A presidente tentou impor mais uma medida restritiva à sociedade. Volta e meia há um ataque do gênero, tentando calar a voz popular e a liberdade de expressão. O novo decreto, que tenta regular a democracia é tão absurdo que até mesmo Renan Calheiros e José Henrique Alves estremeceram e foram contra. Mesmo dentro do PT (alguns setores menos xiitas, é claro) a ideia bolivariana foi rechaçada.
Por certo o presidente do PT a defendeu. Dizer o contrário seria sensato, e tal virtude não coaduna com sua visão política. Rui Falcão disse que após as eleições se discutirá o valor do decreto. Há que ter atenção, o país corre perigo. Dilma esquece que nenhum presidente é eleito para colocar o país de joelhos, mas sim para agigantá-lo. Quem não governa para o povo e pelo povo não tem o direito de governar.
O Brasil ficou 300 anos no vazio, até 1808, o que nos deixa com longo atraso diante do Primeiro Mundo – difícil de superar. Aos meus alunos de classe humilde eu sempre ensinei que o pulo do gato viria com muito esforço pessoal, muito estudo, muita leitura, muita educação. Os que entenderam a mensagem conseguiram. Só conseguem crescer os que entendem a mensagem, e ela não é cifrada.
D. Ruth Cardoso tinha um plano para ajudar os brasileiros a se desenvolverem. Lula o modificou para o Bolsa-Família. Após um tempo, alguns beneficiados vieram a público relatar que apenas se sentiriam integrados à classe média se pudessem galgar degraus na Educação. Não me lembro de ter ouvido resposta de Brasília. Mas a Educação no Brasil só tem feito piorar. O presidente Lula posava com livros de cabeça para baixo, alardeava que chegara à Presidência sem instrução, dando um péssimo exemplo para a juventude, especialmente porque o país carece de gente qualificada para alavancar seu caminho para o progresso.
Sim, temos gente boa. Mas não devido a qualquer esforço de governo. Os governos, um após outro, só têm olhado para o próprio umbigo, em nada ajudando a nação. Dilma também veio com ar de faxineira, numa tentativa de apagar a imagem de ‘poste’ de Lula. Acabou sucumbindo ao PT e a suas ideias retrógradas, e tal como Lula, deixou correr solta a corrupção, nada sabendo, nada fazendo para fincar posição que acalmasse a população. Como resultado de tantos sucessivos malfeitos, o país vive dias esquisitos, uma atmosfera estranha, sufocante quase, um total laissez-faire, vale-tudo, casa da mãe Joana.
A falta de apego à Educação criou uma avalanche de brasileiros analfabetos, que se sujeitam a qualquer jogo para serem sustentados sem esforço, inconscientes de que poderiam alçar voos mais altos se do chefe da nação exigissem o que lhes cabe de direito. A manutenção de uma situação que explora a miséria humana confirma, sem dúvida, que os governantes do país não desejam nada além de se manterem no Poder.
O tal complexo de vira-lata, que a presidente vive repetindo ser do povo, não está, de fato, no brasileiro. Ao contrário, complexo de vira-lata reflete, isto sim, o modo como o governo enxerga o povo que o elegeu. Assim o trata, oferecendo migalha, mas nunca, de modo algum, a dignidade de aprender a comprar sua própria refeição.
Lula decepcionou, Dilma decepcionou. O nome do Brasil aparece em manchetes mundiais, na maioria das vezes em notícia ligada à corrupção. Em contrapartida, o Japão, que em 2022 sedia a Copa, teve DOIS protestos, apenas DOIS, e o governador de Tóquio reduziu pela metade o valor a ser gasto com o novo estádio nacional.
Sobre nós, ainda no final do século XIX, um jornal inglês dizia que os brasileiros, preguiçosos, insistem em contratar estrangeiros para trabalhar ou então explorar seus negros escravos, optando por manter o país um gigante adormecido; e recomenda que o Brasil seja desapropriado de tão grande tesouro, se não sabe como dele cuidar. Má fama antiga, que se profundou com ditaduras e agora, mal erguemos um pouco a cabeça, tentam de novo afogar.
Por sua vez, como se não bastasse a má fama que sempre nos impõe nossos políticos, tivemos uma manifestação que agora coloca o nome do povo como um todo em manchete vergonhosa. Vaiar pode ser comum em estádio de futebol. Mas ir a um evento onde há chefes de nações (mesmo que eles sejam corruptos e tenham poucas qualidades), encher o Maracanã e gritar xingamentos em coro à presidente é triste, inaceitável.
Enquanto apenas nossos políticos mostram sua verdadeira cara mundo afora, o povo permanece digno da simpatia internacional. Quando este povo se comporta feito animal embrutecido, o que faz é descer ao nível daqueles que abomina. Protestar nas ruas, exigir mudanças, acabar com a corrupção é certo, é imprescindível; para isso existem as urnas em outubro, que podem demonstrar a vontade de ver Brasil maior.
Além disso, cabe persistir na Educação, ler muito (insisto porque encontro muita gente que confessa não ter paciência para livro), se aprimorar e ter ganas de ser parte do mundo civilizado e não parceiro de Cuba, Venezuela, Argentina e similares. Do contrário, nosso atraso e brutalidade e agressividade e violência estarão apenas cobrando seu terrível preço.
Para não deixar de falar de livros, e como leio alguns ao mesmo tempo (cartas de D. Pedro I, a vida na corte etc.), volto a lembrar que ‘As Meninas do Quarto 28’, de Hannelore Brenner, nos dá a chance de acompanhar a vida das jovens que sofreram com o nazismo e comprovar como a arte salvou algumas delas. São 400 páginas (faltam-me 50), e a cada foto delas podemos abraçá-las e fazer com que se sintam menos sós. Eu sei, o assunto é duro, mas se eu não lembrar quem sou e de onde venho, alguém me lembrará, e sem delicadeza. Vale mencionar que o partido de extrema-direita de Jean Marie Le-Pen cresce na França e o homem acaba de dizer que negros e judeus dariam uma bela fornada.
A arte, a educação e a cultura salvam. Além de tornar a vida mais bela e com razão de ser. O contrário tem mesmo um duro preço.
CONVIDO A LER MAIS SOBRE O ASSUNTO NESTE BLOG.
domingo, 15 de junho de 2014
MAIS UM ANALISTA DA DOENÇA MENTAL DA ESQUERDOPATIA
PERFIL PSI DOS ESQUERDISTAS
Por EDSON F. NASCIMENTO - PSIQUIATRA E PSICOTERAPEUTA
ESQUERDOPATAS: DEPOIS
DE 55 ANOS DE VIDA, ENQUANTO PSIQUIATRA, PAREI PRA REFLETIR SOBRE O PERFIL
PSICOLÓGICO DA IMENSA MAIORIA DOS ESQUERDOPATAS.
O PERFIL PSICOLÓGICO DE ESQUERDISTAS :
Foram péssimos
estudantes, a maioria com várias repetições de ano. Mas são de família de
classe média, onde sempre sofreram pressão pra "ser alguém na vida".
Como são preguiçosos, SEM
DISCIPLINA e folgados; precisam arrumar um
jeitinho pra se dar bem e se fazerem passar por coisas que NÃO SÃO: pensam ser! FINGIR
QUE É CULTO, "engajado", e "crítico", o que rende pontos.
Assim,
prestam vestibular sem concorrência, de preferência em um curso de Geografia,
Ciências Sociais e História.
Então, começam sua carreira de charlatanismo.
Alguns
pouquíssimos estão em cursos como Direito, Medicina, Engenharia; mas, como não são
chegados a estudar, terminam por trancar a matrícula ou mudam de Curso.
E, muito
dificilmente, se enturmam quando tentam esses Cursos acima e assemelhados.
Ali, na
universidade, encontram todas as FERRAMENTAS: professoresbarbudinhos, livros de esquerda, palestras
com "doutores" no assunto; e até o assédio de políticos "guerreiros"
do PT, do PC do B et caterva.
É claro
que não estudam nada! Vivem o tempo todo no DCE,
ligam-se à UNE, deitados no chão, passeando no campus com
aquelas mochilas velhas, calças cargo, sandálias de couro e CABELOS ENSEBADOS.
Alguns
começam a se INFILTRAR NOS SINDICATOS E NAS REUNIÕES DOS
SEM-TERRA. Já começam a se achar revolucionários e reserva intelectual das massas
proletárias exploradas; e
também das causas revolucionárias.
Assim, se passam por intelectuais, cultos,
moderninhos, e diferentes.
Sentem-se
mais seguros para atacar as mulheres, achando que elas são doidas por esse TIPO
DE GENTE. Começam a ver os amigos que estão trabalhando ou cursando Engenharia,
Direito, Medicina ou administração como pobres coitados que não
tiveram a chance da "ILUMINAÇÃO".
COMO NÃO
TRABALHAM e vivem
apenas da mesada, estão sempre sem grana.
Aí começa a brotar a INVEJA, o ÓDIO de quem se veste um
pouco melhor ou tem um carrinho popular.
Estes,
são os chamados "porcos capitalistas" ou "burgueses
reacionários"!
Começam uma fase ainda mais ALOPRADA da vida quando passam a ouvir Chico Buarque e músicas andinas. Nessa
fase, já começam a pensar em se tornar terroristas, lutar ao lado dos
norte-coreanos, admiram Cuba e, muitos deles, apoiam o Irã e NÃO ACREDITAM NO HOLOCAUSTO JUDEU!
Fingem
esquecer do episódio do Muro de Berlim e da queda do comunismo na antiga União
soviética.
Não usam
mais desodorante;e a cada
5 minutos aparece nas suas mentes a imagem de um MacDonald's totalmente
destruído.
Mas, é claro que o que querem não é a revolução, isso é
apenas uma desculpa. COMO SÃO INCOMPETENTES pra quase tudo, até mesmo para bater um prego na parede, e
como sentem vergonha de fazer trabalhos mais simples, POR SEREM ARROGANTES o suficiente para não começar por baixo, querem saltar
etapas.
QUEREM, no fundo, a coisa que todo esquerdista (ESQUERDOPATA!) mais
deseja, mesmo que de forma sublimada: UM EMPREGO PÚBLICO!
Mas, aí surge um outro problema:
é a coisa
mais difícil passar em um concurso! É PRECISO ESTUDAR(argh!).
Por isso,
SONHAM com a "revolução" proletária, com a tomada do poder por uma
elite da esquerda, nas quais eles estão incluídos, obviamente, afinal são da
mesma TRIBO!
Consequentemente, ocuparão, POR INDICAÇÃO, UM CARGO
COMISSIONADO EM ALGUMA REPARTIÇÃO QUALQUER , onde ganharão um bom salário
para poder aplicar seus "vastos e necessários conhecimentos"
adquiridos durante anos na luta pela derrubada do SISTEMA CAPITALITA imundo.
NESSA FASE, mudam e
se contradizem:
cortarão o cabelo,
usarão terno, passarão a apreciar bons vinhos e restaurantes.
E, dependendo
do cargo que ocuparão, até motorista particular terão!
E, SEM DÓ, ENFIARÃO
A MÃO – E COM MUITO TESÃO – no dinheiro dos cofres da NAÇÃO!!!
Claro, que pela
nobre causa socialista e para o bem dos trabalhadores, POSTURA SEM NOÇÃO!
Tenho certeza que, após esta leitura, vc lembrou de vários
vizinhos, conhecidos, parentes etc........
sexta-feira, 6 de junho de 2014
PREVI MUDA ADMINISTRAÇÃO POR ELEIÇÃO
"Previ, Banco do Brasil, Petrobras
A eleição na Previ é tema de artigo em O Estado de S. Paulo, em texto assinado por Suely Caldas no caderno de Economia e intitulado "O impasse dos fundos de pensão". O texto diz que os fundos de pensão de empresas estatais voltaram a ocupar espaço na mídia com denúncias de fraudes financeiras e desvios de dinheiro como não se via há anos e que "Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica) e Petros são acusados por seus aposentados de realizarem investimentos de baixa ou de nenhuma rentabilidade para atender a interesses do governo federal, lesando o patrimônio dos três fundos". Segundo Suely, os funcionários dessas estatais passaram a reagir em defesa de seu patrimônio e a resposta começou a chegar, na semana passada, "com a eleição de novos diretores independentes para o Funcef e o Previ, derrotando a chapa apoiada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Palácio do Planalto".
>> O artigo diz que "foi o temor de ver seu benefício reduzido de valor que tem levado os participantes, principalmente os aposentados, a se preocuparem com o desempenho financeiro do fundo e fiscalizar seus investimentos. E começaram a se organizar para derrotar o governo e os sindicatos na eleição da diretoria". De acordo com Suely, a "chapa vencedora no Previ é liderada por um ex-presidente da Associação Nacional de Aposentados do Banco do Brasil. Também no Petros cresce o movimento crítico à gestão da atual diretoria e o Conselho Fiscal acaba de reprovar as contas de 2013, que apuraram um rombo calculado em R$ 7 bilhões".
>> A revista IstoÉ Dinheiro registra a eleição na Previ na coluna Dinheiro na Semana, na nota "Conrado no poder", que diz: "O executivo Dan Conrado, presidente da Previ, o maior fundo de pensão do País, com R$ 170 bilhões em ativos, será mantido no cargo até 2018. A nomeação ocorreu na quarta-feira 28, em meio a uma forte disputa política entre três chapas".
AOS COLEGAS DO BB
AGORA TEMOS QUE FAZER VALER O ARTIGO 145 INCISO IV DA CONSTITUIÇÃO QUE PROÍBE IMPOSTOS COM EFEITO DE CONFISCO.
A PREVI VEM COBRANDO IMPOSTO DE RENDA SOBRE TODO O VALOR CREDITADO, ISTO É, SOBRE O CAPITAL FEITO PELAS CONTRIBUIÇÕES MAIS O QUE RENDEU.
DO MESMO MODO FEZ A ANABB E ISSO É ESTELIONATO, PORQUE PROMETERAM ASSEGURAR RENDA SOBRE O QUE LEVAMOS AO FUNDO E DEPOIS CHEGAMOS A TER NOSSO PRINCIPAL DESAPROPRIADO COMO SE FOSSE UM RENDIMENTO E ACABAMOS RECEBENDO MENOS DO QUE DEPOSITAMOS, SEM RENDA NENHUMA E OLHANDO NOSSO DINHEIRO LEVADO PARA A LAMBANÇA DA CORRUPTOCRACIA!
Assinar:
Postagens (Atom)