TRANSCREVO ESTE COMENTÁRIO JORNALISTICO SOBRE O MINISTRO DA FAZENDA
PARA O NOVO GOVERNO, COM MEU COMENTÁRIO AO FINAL.
"...até pequena correção no rumo certo (livre mercado com forte vigilância contra crimes econômicos) terá resultado muito grande em vista da riqueza latente e da alta inventividade de nosso povo".
29 de novembro de 2014
INVESTIDORES E EMPRESÁRIOS CITAM DESAFIOS DE LEVY NA
FAZENDA
Sucessor de Guido Mantega já teve passagens pelo governo
e é conhecido por um perfil mais focado no ajuste das contas.
O ex-secretário do Tesouro Nacional e executivo do
Bradesco Joaquim Levy, escolhido para assumir o Ministério da Fazenda, concede
entrevista coletiva em Brasília na quinta-feira passada.
Os novos nomes da equipe econômica da presidente Dilma,
oficializados na quinta-feira, parecem ter acalmado o mercado pela escolha
aparentemente técnica. Mas o empresariado e os investidores ainda têm dúvidas
sobre a autonomia que Joaquim Levy terá à frente do Ministério da Fazenda para
adotar as medidas que julgam necessárias.
Levy já teve passagens pelo governo e é conhecido por um
perfil mais focado no ajuste das contas, além de ter vindo da diretoria de
investimentos do Bradesco, um banco privado, algo que causa arrepios em alguns
setores do Partido dos Trabalhadores. Inclusive, ele já foi aluno de Armínio
Fraga, o nome anunciado pelo tucano Aécio Neves para comandar as finanças do governo
caso tivesse sido eleito.
“Apenas a indicação de um nome de mercado, como o Levy,
não basta, ainda mais quando consideramos a forma lenta e atrapalhada com que o
governo conduziu a escolha e o anúncio da nova equipe. Isso demonstra uma falta
de convicção enorme”, diz o vice-presidente do Instituto de Estudos
Empresariais (IEE), Fernando Ulrich, demonstrando otimismo e desconfiança com o
aceno de Dilma ao mercado.
Ulrich elenca como principal desafio da pasta clarear o
quadro fiscal para avaliar qual a real situação das contas públicas equalizando
assim as receitas e as despesas, além de manter o ânimo do mercado ao pôr o
discurso em prática, “sem ruídos”, porque “ao menor sinal de desconfiança de
que a equipe econômica fará o que for necessário, o mercado desanimará”.
Precisa ainda criar um ambiente estável para que o empresariado doméstico e
estrangeiro volte a investir ao acabar com o que chama de ”hiperatividade e
microgerenciamento da economia”, que são os pacotes, “sem mais estímulos, sem
mais controle de preços e da taxa de retorno”. Por fim, diminuir o papel dos
bancos públicos.
Boa parte das medidas já fora anunciada por Levy em seu
discurso proferido no anúncio oficial na tarde de quinta-feira, quando prometeu
estabelecer uma meta de superávit primário para os três próximos anos, que deve
ficar em 1,2% do PIB em 2015, para depois subir para um patamar de 2% nos dois
anos seguintes. “Essa é a base para aumentar a confiança na economia, retomando
o crescimento econômico, por conta do aumento da confiança”, disse Levy em sua
exposição.
O vice-presidente do IEE acredita que depois das eleições
o governo entendeu que a credibilidade do mercado na condução da economia
estava “completamente minada”. ”A receita econômica do Partido dos
Trabalhadores é um desastre para o País e, em parte, Lula reconhece esse
problema - e por isso surpreendeu o mercado com sua equipe econômica em
2002/03. E, portanto, a nomeação de uma equipe econômica menos estatizante ou
mais pró-mercado é uma busca pela recuperação da credibilidade”.
Assim como o empresariado, os investidores também recebem
a chegada de Levy como uma boa notícia, esperando um cenário com menor
intervenção governamental na economia. O diretor da SP Investiments, Rafael
Basso, afirma que durante a campanha política a expectativa era de que o
cenário de econômico seguiria nesse patamar, “com elevado grau de intervenção
nos ambientes monetário e fiscal, e que isso significaria mais quatro anos de
gastos elevados (e de todas as complicações subsequentes a isso)”, previsão que
mudou com a nova equipe econômica, deixando claro que os ajustes devem ocorrer.
SAIBA MAIS
“A desconfiança do
investidor atualmente está muito mais focada no grau de liberdade,
independência do novo time econômico atuar do que com o discurso pregado pela
equipe da atual presidente durante a campanha”, afirma Basso.
Do ponto de vista do investidor, Basso elenca como
desafios a retomada da credibilidade do mercado com o reequilíbrio das contas
do governo (com retomada do superávit fiscal para evitar o rebaixamento da
dívida soberana); manter a inflação no centro da meta (4,5% ao ano) e não no teto
(6,5%) e a volta da livre flutuabilidade na taxa de câmbio.
Apesar de o governo alardear que a crise está sob
controle no Brasil em um período de pleno emprego, tanto os empresários como os
investidores preveem que o mercado de trabalho começa a dar sinais de
enfraquecimento, além da alta dependência de commodities, queda do consumo
familiar e taxas de juros altas, que não resultam na atração de investimentos e
crescimento econômico.
COMENTÁRIO
Começo pelo fim: Diz o articulista que “os
empresários e investidores preveem enfraquecimento do mercado de trabalho”... E
citou antes Rafael Basso que teria deixado claro que “ajustes devem ocorrer”,
ou seja, reduzir gastos, portanto, diminuir contratações. Essa constante
jornalística de fixar como indicador de situação econômica “emprego ou
desemprego” é mundial e significa que não absorveram qualquer entendimento
sobre a era que vamos adentrando que é a de AUTOMAÇÃO TOTAL COM DESEMPREGO
IRREVERSÍVEL. Essa fórmula cínica de usar o índice de preenchimento ou criação
de vagas de serviço com carteira assinada como indicador econômico é o pior
modo de dizer algo que nem no tempo da colônia Brasil se dizia... Os donos de
escravos eram às vezes orgulhosos de ter mais escravos do que os outros, mas
sempre se mediam pelas cabeças de gado, arrobas de café, ou de açúcar, ou de
ouro, que produziam e pelas propriedades e reservas bancárias que eram suas. Outro
indicador que fica embutido nessas apreciações é que haverá cortes na Saúde e
na Educação, e dificilmente se incentivará a iniciativa privada com uma faixa bem
alta de isenções de impostos, que seria o único modo de sair da pasmaceira que
os populismos criam. O mesmo Rafael Basso é citado como tendo comentado que a
desconfiança do mercado investidor está preocupada mais com a permissão para
agir do que com o discurso de austeridade... Sabemos todos muito bem que os
fanáticos do PT são IGNORANTES CONVICTOS DE QUE SÓ SEU PROGRAMA SABE DE TUDO...
E possuem a petulância de querer impor seu programa sem discutir outras saídas.
Uma última observação farei com uma pergunta: Será que realmente essa suposta
equipe econômica vai governar? Estamos ainda com três tsunamis anunciadas e sem
possibilidade de reverter (Lava-Jato já abriu as portas do fim do PT e entrada
do ano com o Congresso por conta da oposição; podemos ter fim da era PT com a
recusa das contas da campanha somada com as provas da falsificação eleitoral;
se essas duas coisas falharem, o desastre econômico com essa política de
miserabilismo deverá desembocar em uma revolta que unirá empresários,
consumidores, FFAA e PF). E aí, se isso não degenerar em matança geral, não
existe nenhum líder remanescente que conheça o suficiente para dar uma guinada
na direção do barco, apesar de que tudo é favorável para as mudanças
verdadeiras, já que nunca vai ficar mais escuro do que a meia noite a que já
chegamos e até pequena correção no rumo certo (livre mercado com forte
vigilância contra crimes econômicos) terá resultado muito grande em vista da
riqueza latente e da alta inventividade de nosso povo.