quinta-feira, 27 de agosto de 2015

LIVRO TAO DA FISICA RESUMIDO

O TAO DA FÍSICA – DE FRITJOF CAPRA

COMENTÁRIO PRÉVIO

ESTE RESUMO DO LIVRO QUE PRETENDE FALAR DE FÍSICA MAIS MODERNA COMO AVANÇANDO PARA A MÍSTICA, SERVE PARA ILUSTRAR COMO O PENSAMENTO CIENTÍFICO TAMBÉM ANDA PARA TRÁS. QUEM SIGA ESTE CAMINHO, ESQUECE QUE CIÊNCIA NÃO É SÓ TESES ABSTRATAS. É PRECISO EXPERIMENTAR E TRAZER USOS PARA A VIDA, A CONVIVÊNCIA, O PROGRESSO E O BEM ESTAR HUMANO.

 1 - O CAMINHO DA FÍSICA 

Descrição: http://pt.shvoong.com/images/spacer.gif?s=summarizer&d=1408976450906&id=273206cf-974b-4c4a-9b0e-9e13b6659030
Esta edição brasileira traz um pequeno prefácio de Mário Schenberg de setembro de 1984. Sem prender-se muito ao aspecto filosófico sobre os paralelos entre Física e Misticismo, enaltece as explicações da ciência física em Capra. Resumos - Prefácio em 1974. Nesta redação inicial, Capra reconhece que usou as "plantas de poder" como recomenda Cantañeda. Declara que escreve para o leitor médio que quer entender o misticismo, mas não tem melhores conhecimentos da teoria física. Reconhece que ao escrever teve mais clareamento da visão que queria transmitir. Prefácio à 2a.edição (1982) - Escrita em 1982, reconhece que o sucesso que teve com a edição do livro lhe causaram grande impacto na vida. Avisa que na segunda edição atualizou dados das pesquisas mais recentes de Física subatômica. Acrescenta que já estava encontrando a extensão desses paralelos das filosofias orientais com a Biologia e com a Psicologia. 1.Física Moderna - caminho com o coração? Começa citando Oppenheimer, Nihels Bohr e W.Heisenberg que também se referem ao paralelo das conclusões atuais da Física com o Misticismo Oriental. Explica que ao falar de misticismo oriental se refere somente ao Hinduísmo, Budismo e Taoísmo. Refere-se ao século V a.C no choque entre a filosofia do Ser de Parmênides e do Vir a Ser de Heráclito. Conclui esse capítulo dizendo que pretende com esta obra melhorar a imagem da ciência para propor que a Nova Física ultrapasse a tecnologia e seja um Caminho (TAO) com um coração. 2- Conhecendo e vendo - Aborda a dualidade em que o homem debate seu conhecimento para juntar à pesquisa científica o entendimento intuitivo. Cita os estudos de Pitágoras que une matemática e teologia. Traça um paralelo entre a observação da natureza do taoísmo com a pesquisa científica. Depois aborda os mestres Zen. Cita Einstein, que já percebia que a realidade entendida matematicamente jamais estará segura de sua exatidão. Conclui este capítulo lembrando que os mestres orientais também reconhecem não poder transmitir em palavras as suas experiências. 3- Além da Linguagem - Começa com Suzuki do Budismo japonês lamentando a limitação da linguagem. Prossegue com Heisenberg dizendo o mesmo da dificuldade de explicar a teoria quântica em palavras. Comenta os Koans que expressam em absurdos os enigmas a serem enfrentados pelo Zen-budista. E cita Heisenberg quando relata debates com N. Bohr onde acaba perguntando se realmente a natureza é tão absurda como se mostra nos fenômenos vistos pelos experimentos atômicos. Conclui com a observação dos físicos de que o caminho para o infinitamente pequeno foge da racionalidade comum. 4- A Nova Física - Neste capítulo contrapõe a Física Clássica descrita pelo universo newtoniano parecendo uma rocha indestrutível, contra a Física Moderna onde aparece o conceito de "campo" da eletrodinâmica de Maxwell e daí à frente tudo muda. Compreende muito bem que a nova Física surge com a façanha de Einstein ao elaborar a teoria da Relatividade para explicar os fenômenos atômicos. Lembra que foi só 20 anos depois que a teoria quântica foi desenvolvida. Com o conceito do continuo espaço-tempo, e da velocidade limite da luz, mais a curvatura do espaço tempo, invalidando a geometria euclidiana, prossegue explicando o impacto da compreensão do mundo atômico extremamente pequeno em relação ao que vemos e extremamente grande para a dimensão de suas parte. Da natureza ondulatória dos elétrons, da natureza quântica da luz, da oposição das cargas das partículas e descoberta do nêutron, a criação de partículas no campo vazio, chegavam à compreensão de que essas partículas eram compostas de outras unidades menores, até entender que a realidade inclui o observador. Isto já se aproxima do misticismo. Nossa Visão deste começo - Em 1950 Einstein já perguntava se realmente haveria uma unificação do conhecimento, ou será que teríamos que admitir uma dualidade de princípios. Vamos prosseguir nesta análise, até o fim do livro de F. Capra para ver seu modo de entender esse dualismo.

O TAO DA FÍSICA - 2 - O CAMINHO DO MISTICISMO

Descrição: http://pt.shvoong.com/images/spacer.gif?s=summarizer&d=1408976492076&id=273206cf-974b-4c4a-9b0e-9e13b6659030
Nesta segunda parte reúne o que ele entende como conhecimentos místicos. 5- Hinduísmo - Capra define o Hinduísmo como um complexo organismo sócio religioso. Explica que os Vedas ou escrituras sagradas reunidas de 1.500 a 500 a.C contêm o ensinamento religioso e culmina com os Upanishades como a filosofia dos maiores expoentes desse pensamento; por sua vez, o povo indiano receberia esses ensinamentos em forma de contos, dos quais o poema Mahabharata é exemplo, com sua parte épica Bhagavad (Sublime Canção) sintetizando nos diálogos de Krishna e Arjuna todo o ensinamento. Prossegue dizendo que a Vedanta é a escola mais intelectual do hinduísmo e ao falar de Yoga parece desconhecer sua extensão para chegar a entender as simbologias clássicas desde Brahma, Vishnu e Siva e outras deidades como reverência a deuses pessoais. Nossas críticas - Não se pode querer que Capra tivesse aprofundado suas leituras nesses campos todos... 6- Budismo - Classifica o Budismo como filosofia de sabor psicológico. Descreve a expansão das teses budistas pela Ásia como adaptações dos ensinamentos de Buda com teses locais. Enumera as 4 Verdades Nobres com o caminho Óctuplo. Faz ver que o conceito de Vazio no ensino do Grande Veículo do Budismo (Escola Mahayana) não é nihilista. Conclui com a ideia de que o Budismo se polarizou na Ásia e Suzuki, no Japão, afirma que foi aí que se atingiu o clímax do conhecimento budista. 7- O pensamento chinês - Entende Capra que os chineses apresentaram sempre uma consciência social avançada por serem práticos. Cita que a partir do século VI a.C há duas filosofias chinesas - Confucionismo e Taoísmo - entendendo que esses ensinamentos se destinavam mais a crianças (Confucionismo) e a mais idosos (Taoísmo). Traz como exemplo o livro Tao-te-king de Lao Tsé em uma oposição ao Livro das Mutações (I-ching). Nossa crítica - Por não ter feito um estudo objetivo e histórico do ICHING, não poderia chegar mais a fundo em uma obra de caráter geral como é O Caminho da Física. 8- O Taoísmo - De começo, acha que o Taoísmo apresenta uma orientação mística. Corretamente explica que os taoistas consideram todas as mudanças da natureza como manifestações da interação dinâmica entre os princípios Yin/yang. Compara essa concepção com a de Hieráclito na Grécia, no mesmo século. 9- Zen - Classifica a filosofia Zen como tipicamente japonesa resultado de um intercâmbio entre o misticismo indiano, a naturalidade taoísta e o pragmatismo de Confúcio, mas a seguir diz que o Zen é na sua essência Budista... REVISÃO - Esta Parte "2" de nosso resumo será melhor entendida quando analisarmos a parte "3". Vejam ali nossos comentários.

O TAO DA FÍSICA - 3 - OS PARALELOS
Descrição: http://pt.shvoong.com/images/spacer.gif?s=summarizer&d=1408976524482&id=273206cf-974b-4c4a-9b0e-9e13b6659030
Veremos nesta parte desde o capítulo 10 ao 13: - 10- Unidade de todas as coisas - Na visão oriental, todas as coisas são manifestações de uma unidade básica, enquanto nós não nos apercebemos disso, mas a Física moderna já tem que admiti-lo. A teoria quântica de Max Plank desenvolvida por Heisenberg e Nihels Bohr na década de 20 leva em conta duas realidades - o observador e o fenômeno observado. A conclusão objetiva é que jamais podemos ter a certeza de conhecer como é "o observado" ao ter descrito o fenômeno; só temos ali uma probabilidade, pois todas as partículas estão interagindo sempre e jamais poderemos indicar onde está cada uma e como vai comportar-se em sequência. Como no misticismo, a Física moderna tem que admitir que não há "observação", sem participação e interferência do observador. 11- Além do mundo dos Opostos - Todos reconhecem que existem as coisas opostas. No Budismo, no Taoísmo, no Bramanismo, atingir a consciência plena de não pensar significa superar a ideia dos opostos. Assim é na Física moderna, onde a ideia de princípios opostos expressa não apenas a coexistência, mas a integração em outra realidade. O princípio da incerteza de Heisenberg expressa nossa impossibilidade de definir ao mesmo tempo a posição e a energia das partículas; quanto mais certo definirmos uma, mais indeterminada será a outra. 12- Espaço-Tempo - Na Física clássica pensávamos em um espaço absoluto, geométrico. Porém, desde Einstein entendemos que a geometria é uma construção de nossa mente. Nas filosofias orientais tanto o espaço como o tempo são entendidos como construções de nossa mente. Capra apresenta uma série de gráficos para que se entenda a relatividade na sua definição do continuo espaço-tempo. Nossa crítica - Embora Capra tenha escrito em 1975, esse entendimento já estava na ciência e no meu livro "Além da Curvatura da Luz", escrito em 1957 e depois em 1973 quando redigia "Einstein, o Campo Unificado", já era claro para mim que o tempo medido por um observador é apenas a comparação entre o comprimento de onda do fenômeno e o comprimento de onda da nossa mente. 13- O Universo dinâmico - Nas filosofias orientais a mudança, o movimento, o dinamismo são a essência da realidade. Na Física e Astronomia também temos essa concepção. Não nos esqueçamos do dito dos filósofos helenistas - "panta rain" (tudo está em movimento). NOSSO COMENTÁRIO - Passando adiante do estágio atual da Teoria das Cordas havemos de compreender que esse entendimento da dinâmica da Realidade ultrapassa tudo que a Física moderna está pronta a admitir, ou seja, que toda a descrição da mecânica quântica está de cabeça para baixo... O Universo Dinâmico é uma ilusão e a verdadeira Realidade é o que chamamos de Vazio. Com apoio nesse mar de energia estaremos em melhores condições de fazer seu uso no mundo quântico. Quando expuser a Teoria dos Nove Universos, teremos melhor oportunidade de mostrar que os pensamentos Orientais abordados por F. Capra possuem uma unidade científica que nos fará aceitar que houve no passado a civilização Sumeriana, cuja pesquisa nos levaria a ver que "Os Caminhos da Física" vão sendo abertos com alguma ajuda que não vemos, mas que está aí, trazendo a cada momento o conhecimento que alguns de nós podemos assimilar e usar naquele momento.

 

O TAO DA FÍSICA - 4 - A NOVA FÍSICA 

Descrição: http://pt.shvoong.com/images/spacer.gif?s=summarizer&d=1408976565606&id=273206cf-974b-4c4a-9b0e-9e13b6659030
Resumindo DESDE "VAZIO E FORMA" AO "EPÍLOGO" e Posfácio - 14- Vazio e forma - Começa abordando o conceito de campo elétrico e magnético unificados por Maxwell em eletromagnetismo. Prossegue mostrando o avanço do entendimento da luz como quântica. Mostra que as filosofias orientais entendem a Realidade, como Einstein, sendo ela o Vazio que está por baixo de tudo, sem nenhuma forma e suportando o que tem forma e que chamamos de matéria. Cita expressões do Budismo, do Taoísmo, do Iching e do Bramanismo que dizem o mesmo. Aborda os conceitos de partículas e suas interações. 15- A dança cósmica - Começa falando das partículas e antipartículas, dando a lista da Física graduando desde o fóton, léptons, mésons e bárions. (Hoje sabemos que há muito mais). Mostra alguns gráficos de comportamento dessas partículas nas colisões e interações. Cita a dança de Shiva simbolizadora dos ciclos cósmicos e vitais, para concluir que na Física é a dança das partículas. 16- Simetria Quark - Diz que os padrões de átomos e de partícula são muito semelhantes. Ilustra a simetria yin/yang das filosofias com sua equivalente no campo quântico. Com a "caça aos quark" expõe rapidamente essa tese de que haveria uma partícula (quark) fundamental de todas. 17-Padrões de Mudança - Comentando sobre a teoria da Matriz-S que está por baixo da ideia dos quarks, lembra que toda a Física se prende desde os gregos a princípios explicativos gerais. Expõe a estrutura dos Hexagramas do I-ching, fundamentando as mutações em combinações de trigramas feitos de "linhas" cheias (yang) e linhas interrompidas (yin) comparando com a simetria das partículas. 18- Interpenetração - Lembrando que não é sustentável a tese de que existam blocos básicos de construção da matéria, tenta elaborar a ideias de que não são as partículas menores que definem as qualidades das estruturas e sim as suas relações interpenetradas. Conclui que isso nos leva além da ciência, a um universo indivisível, como no entendimento do TAO, onde o ser humano faz parte da mesma consciência do todo. Epílogo - Lembra que a Física Clássica é útil para descrever o que encontramos em nossa vida diária e que foi bem sucedida como base para a tecnologia. Porém, os fenômenos subatômicos, como os místicos, não obedecem ao mecanicismo exigindo entender as experiências não usuais, conhecimentos que nos fazem passar por uma transformação da consciência. A Nova Física revisitada - Como Posfácio à segunda edição do livro, explica que desde 1975 até a data dessa edição houve muitos progressos nas análises do mundo sub-atômico. Cita o fato de que se verificam conexões não locais entre fenômenos de interações de partículas. Como a busca atual da Física é pela unificação da teoria eletromagnética dos quanta com a teoria relativista da inércia-gravitação compreende que essa busca esbarra na dificuldade de estender a ideias do quark para explicar as interações fortes. Apresenta a teoria de Bohm onde as partes teriam englobado em cada uma os princípios totais do todo. NOSSA VISÃO - Como expusemos na parte "3" ao propor nossa crítica aos capítulos 12 e 13, temos em estudos nada menos que a sequência lógica que levará da definição da natureza da energia livre ao seu uso prático por meio de máquinas. E isso é bem prático experimental e não apenas misticismo.

Descrição: http://pt.shvoong.com/images/spacer.gif?s=summarizer&d=1408976604303&id=273206cf-974b-4c4a-9b0e-9e13b6659030O TAO DA FÍSICA - FIM
Resumirei nesta quinta parte desde o Posfácio à Terceira Edição. Em 1990, 15 anos após a primeira edição (1975), Capra procura responder: se a visão do livro permanece verdadeira, se os paralelos entre física e misticismo oriental são hoje conhecimento comum, se é preciso reformular a tese inicial, como responde às críticas, e como estão evoluindo essas concepções rumo a um maior potencial para trabalho futuro. Começa avaliando "O impacto do livro" - Recebeu muitos elogios e se pergunta sobre o que ele teria provocado nas pessoas com esse paralelo com as filosofias orientais, supondo uma mudança no modo de ver o mundo. Mudança de Paradigma - Comenta o segundo livro ("O Ponto de Mutação") onde abordou os temas modismos destas duas décadas (degradação ambiental e perigo de confronto atômico) para achar que o paradigma ecológico se alicerça na ciência moderna e que a nova visão ecológica é espiritual. As influências de Heisenberg e de Chew - Embora Heisenberg deva ser entendido a partir do Princípio da Indeterminação, ele traz apenas a obra "Física e Filosofia" para afirmar que ali estava a semente de seu livro Tao da Física. Geoffrey Chew também deve ser entendido como formulador de teoria das partículas fundamentais na busca de um modelo S-matrix para abranger os menores fundamentos em uma estrutura maior. Nossa crítica - Na verdade a busca mais profunda na Teoria das Cordas até hoje não conseguiu responder às perguntas fundamentais da Física desde Einstein: como definir a Estrutura e a Natureza da Matéria Invisível que é a base em que ocorre a ilusão quântica. Capra fica satisfeito com o edifício abstrato da teoria dos sistemas vivos. Progressos Atuais e Possibilidades Futuras - Pensa o autor que o mais importante é que os paralelos levantados por ele entre Física e Misticismo sejam estendidos às outras ciências como Psicologia e Economia, com introdução dos conceitos ambientalistas ou a política Verde. Fala um pouco do livro seguinte (Pertencendo ao Universo) em coautoria com o frei David Steindl-Rast, monge beneditino, onde diz introduzir também o Misticismo Ocidental.
CONCLUSÃO - Não me parece que a Física venha a tornar-se um apêndice de Filosofias e Misticismos, especialmente após estabelecermos a conexão entre a natureza descontínua do Quantum como vórtice vazio e a natureza do Continuum gravitacional dentro do qual se agitam as "cordas" com seus panoramas e aglomerados em impulsos quânticos. Vejo o futuro da Física como uma continuação dos estudos já comprovados para novos avanços com firmes bases experimentais e análises matemáticas, dentre os quais estudos acrescentamos o testemunho das ciências do passado às quais demos o nome de Misticismo antes de perceber seu caráter científico. Seremos pragmáticos nessa Nova Física para chegar às máquinas que funcionem sem consumo de nada.


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