TRANSCREVO NO BLOG O ARTIGO DE IVES GANDRA POR
CAUSA DA CITAÇÃO DO LIVRO DE AYN RAND, O ROMANCE “A REVOLTA DE ATLAS” E AO FIM
FAÇO PEQUENO COMENTÁRIO
OS SAQUEADORES
por Ives Gandra da Silva
Martins. Artigo publicado em 26.09.2014
"Os
saqueadores", por Ives Gandra Martins O Estado de São Paulo
Ayn Rand
(1905-1982) foi uma filósofa, socióloga e romancista com aguda percepção das
mudanças que ocorreram na comunidade internacional, principalmente à luz do
choque entre o sucesso do empreendedorismo privado e o fracasso da estatização
populista dos meios de produção, na maior parte dos países de ideologia
marxista. Seu romance A Revolta de Atlas, escrito há mais de 50 anos, talvez
seja o que melhor retrata a mediocridade da corrente de assunção do poder por
despreparados cidadãos que têm um projeto para conquistá-lo e mantê-lo com
slogans contra as elites em "defesa do povo", o que implica a
destruição sistemática, por incompetência e inveja, dos que têm condições de
promover o desenvolvimento.
No romance, os
medíocres ameaçam o governo dos Estados Unidos e começam a controlar e assumir
os empreendimentos que davam certo, sob a alegação de que os empreendedores
queriam o lucro, e não o bem da sociedade. Tal política tem como resultado a
gradual perda de competitividade dos americanos, o estouro das finanças, a
eliminação das iniciativas bem-sucedidas e a fuga dos grandes investidores e
empresários, que são perseguidos, grande parte deles desistindo de administrar
suas empresas, com o que os governantes se tornam ditadores e o povo passa a
ter os serviços públicos e privados deteriorados.
Não contarei mais
do romance, pois o símbolo
mitológico de Atlas, que sustenta o globo, é lembrado na revolta dos
verdadeiros geradores do progresso da Nação.
O que de
semelhante vejo na mediocridade reinante no governo federal do Brasil, loteado
em 39 ministérios e 22 mil amigos do rei não concursados, vivendo regiamente à
custa da Nação, sob o comando da presidente da República, é a destruição
sistemática que, nos últimos anos, ocorreu com a indústria brasileira, abalada
em seu poder de competitividade por um Estado mastodôntico, que sufoca a Nação
com alta inflação, elevada carga tributária, saldo desprezível na balança
comercial, superávit primário ridículo e maquiado, rebaixamento do nível de
investimento exterior, desvio em aplicações de capitais que deixam de ser
colocados no País para serem destinados a outras nações emergentes, perda de
qualidade no ensino universitário e na assistência social.
Por outro lado, os programas populistas, que custam
muito pouco, mas não incentivam a luta por crescimento individual, como o Bolsa
Família (em torno de 3% do Orçamento federal), mascaram o fracasso da política
econômica.
O próprio
desemprego, alardeado como grande conquista - leia-se subemprego -, começa a
ruir por força da queda ano após ano do produto interno bruto (PIB), que cresce
pouco e cada vez menos, e muito menos que o de todos os países emergentes de
expressão.
É que o
projeto populista de governo, que o leva a manter um falido Mercosul com
parceiros arruinados, como Venezuela e Argentina, sobre sustentar Cuba e
Bolívia, enviando recursos que seriam mais bem aplicados no Brasil, fechou
portas para o País celebrar acordos bilaterais com outras nações. Prisioneiro
que é do Mercosul, são poucos os acordos que mantemos. Tal modelo se esgotou e,
desorientados, os partidários de um novo mandato não sabem o que dizem e o que
devem fazer.
Basta
dizer que o "ex-ministro da Fazenda em exercício" declarou, neste mês
de eleição, que em 2015 continuará com a mesma política econômica, que se
revelou, no curso destes últimos anos, um dos mais fantástico fracassos da
História brasileira. Parece que caminhamos para uma estrada semelhante à
trilhada por Argentina e Venezuela.
No romance de Ayn
Rand, quando os verdadeiros empreendedores, que tinham feito a nação crescer e
a viam definhando, decidiram reagir, denominaram os detentores do poder, nos
Estados Unidos imaginário da romancista, de "os saqueadores". Estes,
anulando as conquistas e os avanços dos que fizeram a nação crescer para se
enquistarem no poder, por força da corrupção endêmica, da incompetência, de
preconceitos e do populismo, levaram o país à ruína.
À evidência, não
estou alcunhando os 39 ministérios e os 22 mil não concursados de integrantes
de um grupo de "saqueadores", como o fez Ayn Rand. Há, todavia, na
máquina burocrática brasileira - com excesso de regulamentação inibidora de
investimentos, assim como de desestímulo ao empreendedorismo, e escassez de
vontade em simplificar as normas que permitem o empreendedorismo, apesar do
esforço heroico e isolado de Guilherme Afif Domingos, uma gota no oceano -,
algo de muito semelhante entre o descrito em seu romance há mais de 50 anos e o
Brasil atual. Basta olhar o "mar de lama" da corrupção numa única
empresa (Petrobrás).
O que mais
impressiona, todavia, é que, detectada a ampla corrupção na empresa - são
bilhões e bilhões de dólares -, o governo tudo faça para congelar a CPI e não
desventrar para o público as entranhas dos mecanismos deletérios e corrosivos
que permitiram tanto desvio de dinheiro público e privado. O simples fato de
não querer apurar a fundo, de desviar a atenção desse terrível assalto à maior
empresa pública privada, procurando dar-lhe diminuta atenção, como se o governo
nada tivesse de responsabilidade, torna suspeita a gestão, pelo menos na
denominada culpa in vigilando.
Precisamos
apenas saber se o eleitor brasileiro está consciente de que, se não houver
mudança de rumos, o Brasil de país do futuro, como escreveu Stefan Zweig, se
tornará, cada vez mais, o país do passado, vendo o desfile das outras nações
passando-lhe à frente, por se terem adaptado às mudanças de uma sociedade cada
vez mais complexa e competitiva, em que apenas os países que se prepararem
terão chances.
* Advogado,
professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e
Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra.
COMENTÁRIO DO BLOG
PARECE QUE TODOS NO BRASIL PREFEREM APENAS
DENUNCIAR, SEM APRESENTAR AS SOLUÇÕES EVIDENTES – DAR MENOS VALOR A VOTAÇÕES
FALSIFICADAS, DEFENESTRAR OS MAFIOSOS DO PODER, À FORÇA SE NÃO HOUVER OUTRO MODO, ESCOLHER
FUNCIONÁRIOS ETICAMENTE RESPONSÁVEIS E COMPETENTES, ESTABELECER UM SISTEMA DE
EDUCAÇÃO SOB O COMANDO DAS MAMÃES E COM DISCIPLINA DOS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS
MILITARES, USO NA ECONOMIA DOS CONHECIMENTOS REAIS COM ANÁLISES MATEMÁTICAS
PARA CORRIGIR AS DISTORÇÕES, E MANTER AS FORÇAS ARMADAS, E OS ÓRGÃOS DE JUSTIÇA
E SEGURANÇA ATENTOS PARA DAR TIRO SE PRECISAREM, PARA QUE MÁFIAS (AQUELES QUE
SÓ AGEM PARA PREJUDICAR) SEJAM VARRIDAS PARA SEMPRE SEM DEIXAR MARGEM PARA
RETORNO AO PODER.
NESTE BLOG TENHO APRESENTADO MAIS DETALHES
DESSES ESTUDOS QUE LEVAM ÀS SOLUÇÕES.
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