O PERIGO ESTÁ
PRÓXIMO.
Putralhas, esperem
o momento em que FFAA disserem “ALEA IACTA EST”.
Amigos;
O artigo abaixo é de autoria de um dos mais brilhantes colegas, na Escola Superior de Guerra - ESG, o Coronel do Exército, na Reserva remunerada, Marco Antonio Santos.
O artigo abaixo é de autoria de um dos mais brilhantes colegas, na Escola Superior de Guerra - ESG, o Coronel do Exército, na Reserva remunerada, Marco Antonio Santos.
É uma autoridade em Inteligência Estratégica, campo em que tem prestado
consultoria a diversas agências estatais e empresas privadas.
Foi publicado hoje, 30/03/2015,no jornal eletrônico Top Midia News de
Campo Grande - M.S. Vale à pena ler e divulgar.
Publicação: 30/03/2015 16:21:00
O perigo sempre está
próximo, e temos gente para a nossa defesa!
Eles apenas
querem cumprir sua missão. E vão cumpri-la
Por Marco Antônio
dos Santos *
Você quase não os vê porque são poucos, para um Brasil tão grande, mas
eles existem.
Aliás, insistem em fazê-lo.
Aceitam morar na Amazônia e em outros lugares inóspitos e insalubres.
Insistem em continuar cumprindo com suas atribuições constitucionais apesar de
anos a fio de orçamentos gradativamente depauperados e muita perseguição
motivada por revanchismos.
Seus detratores chegaram até a constituir uma comissão de mentiras para
tentar denegrir-lhes a imagem.
Como se isso fosse possível!
Eles fazem parte da História nacional e esta não pode ser mudada por
comissões partidárias.
Eles fazem questão de constituir famílias (são ousados) e de tentar
sustentá-las com os minguados salários.
Substituem as forças de segurança em greve ou quando incapazes de
cumprir suas missões constitucionais em áreas dominadas pelo crime organizado,
cujos integrantes recebem, muitas vezes, vencimentos superiores aos seus (e
ainda se julgam com direito de majorá-los), só porque acreditam ser essa sua
missão diante da Nação que lhes paga mal e alimenta parcialmente.
Constantemente têm atirados ao rosto questionamentos a respeito de sua
utilidade e procuram justificá-la perante os ignorantes, revanchistas e
derrotados no campo da luta ideológica e que se vingam lançando sobre eles acusações
difusas nas quais espelham, em realidade, o medo que a sociedade os chame de
volta, como sempre o fizeram no passado histórico e estão fazendo neste
momento.
Talvez parte da sociedade imagine que é para isso que servem. Servem
muito mais porque garantem o direito de todos pensarem como quiserem ou como
imaginam que seja.
Aliás, a Nação tem o estranho hábito de recorrer a eles nos momentos de
perigo.
Por que eles agem assim?
Porque acreditam em valores e têm princípios que a formação da
nacionalidade legou a eles. Valores e princípios que deveriam ser patrimônio de
toda a sociedade, mas, infelizmente, não são.
Além disso, a hierarquia lhes impõe o respeito à autoridade constituída.
A disciplina lhes ensina a cumprir a missão em obsequioso silêncio. O silêncio
não deve ser confundido com alienação, entretanto.
Alguns, como agora, acreditam que são ameaça à democracia. Mas eles
sabem que nenhuma ditadura lhes serve. Professam o império da lei, inclusive
quando esta exige sua intervenção e seu sacrifício.
Perigo haverá quando deixarem de acreditar nos valores, perderem os
princípios (como muitos segmentos da sociedade já o fizeram), a hierarquia for
quebrada, a disciplina não mais justificar o silêncio e não puderem cumprir a
missão que a Nação lhes atribui, por terem exaurido suas forças.
Agora, a elite conjuntural governante tem um grande problema.
A sociedade a está colocando diante de uma verdadeira comissão da
verdade.
Depois de tanto ataca-los, como pedir a eles que se mantenham quietos
diante de descalabro moral que assola a Nação ou mantenham a ordem se esta for
gravemente quebrada?
Eles já deveriam ter desaparecido.
Tentaram até criar forças não constitucionais para substituí-los.
Outros os ameaçam, e à sociedade como um todo, com milícias de desordeiros
que aterrorizam o campo e as cidades, subsidiados com polpudas verbas públicas
e explícito apoio à quebra da lei.
Mas eles insistem em lá estar, em seus austeros aposentos e casas e em
ter os maiores índices de aprovação popular em pesquisas de opinião
comparativas em relação a outros segmentos da chamada sociedade organizada.
Agora, em realidade, é preciso tirar-lhes os brios e os méritos.
Humilhá-los ainda mais, quebrar-lhes o ânimo.
Quem sabe, assim, desistam de existir?
Mas parece que eles têm uma infinidade de vidas. São piores que a fábula
das sete vidas dos gatos.
Quando morrem, apenas se reagrupam na eternidade.
Eles acreditam na Justiça e no ciclo da História.
Talvez tenham aprendido a lição e não deixem que novas tentativas de
subverter a Nação se repitam.
Um de seus antigos chefes advertiu para a cólera das legiões. Referia-se
aos romanos que tentaram mantê-los além do Rubicão e que não passassem das
cercanias da capital.
Eles são os militares!
Apenas querem cumprir sua missão. E vão cumpri-la.
Os políticos ainda não perceberam que o risco é infinitamente menor
quando eles estão equipados com as melhores armas e ideias que a Nação puder
lhes dar, conforme, sabiamente, profetizou o General Douglas MacArthur.
Eles são preparados para sobreviver na adversidade. Alimentam-se da fé
em suas crenças. Não pedem muito, apenas o mínimo: respeito, sem humilhações.
O perigo realmente existirá, quando os militares acreditarem que estão
por si sós.
(*) Marco Antonio
dos Santos é professor e empresário
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