Pesquisa desvenda causa da
Esclerose Lateral Amiotrófica
29/12/2015 10:12 - globo
MEU
COMENTÁRIO PRÉVIO
ESTE
É UM CASO TÍPICO DE PESQUISA A RESPEITO DE CÉREBRO SEM NENHUM CONHECIMENTO DE
FISIOLOGIA DA ALIMENTAÇÃO. GASTAM RIOS DE DINHEIRO PARA EXAMINAR APENAS O QUE
ACONTECE NO FINAL DO PROCESSO BIOLÓGICO, SEM PERGUNTAR COMO FUNCIONA DESDE O
COMEÇO – TUDO ENTRA PELA COMIDA!
HÁ
27 ANOS TIVE UM GRAVE ATRITO COM ROMPIMENTO COM A MÃE DE UM RAPAZ PORTADOR DE “ELA”
A QUEM RECEITEI QUATRO TRATAMENTOS NATURAIS – 1. RETIRAR DA DIETA DO MENINO O
MEIO KILO DE BIFE MAL PASSADO QUE USAVA TODO DIA POR RECEITA MÉDICA; 2. PASSAR
A USAR LOGO CEDO UM SUCO DE FRUTAS FRESCAS COM UMA COLHER DE MEL, RETIRANDO O
LEITE E REDUZINDO AMIDOS DA DIETA; 3. FAZER EXERCÍCIOS LOGO DE MANHÃ DE
ALONGAMENTOS, TORÇÕES DA COLUNA, TREPIDAR BRAÇOS E PERNAS, E FAZER RESPIRATÓRIO
YOGUE TOTAL, SEGUIDA A SÉRIE POR DEZ MINUTOS EM POSTURA INVERTIDA MESMO QUE
PRECISASSE APOIAR NA PAREDE. 4. APLICAR UM CONJUNTO DE MAGNETOS COM A POLARIDADE
DAS PONTAS ALTERNADAS AO REDOR DA CABEÇA PARA MANTER AS CÉLULAS CEREBRAIS NO
SEU MAGNETISMO NATURAL.
E
À MEDIDA QUE VISSE AS MELHORAS, PASSASE A FAZER CAMINHADAS TODOS OS DIAS.
EXPLIQUEI
QUE O CÉREBRO NÃO CONSEGUE PROCESSAR NEM AMIDOS NEM PROTEINAS, PRECISANDO
RECEBER A GLICOSE E AS VITAMINAS JÁ PRONTAS.
FINALMENTE
TEMOS A NOTÍCIA DE QUE ALGUÉM ESTÁ PESQUISANDO NO CAMINHO QUE A MEDICINA TEM
NOS SEUS LIVROS (V. ARTHUR GUYTON, LEHNINGER, ETC.) HÁ MAIS DE CINQUENTA ANOS.
ESTA
NOTÍCIA COMPLETA O QUE FALAMOS SOBRE PARKISON E ALZHEIMER.
EIS
A NOTÍCIA
Doença que vem recebendo grande atenção nos últimos anos — especialmente
com o “desafio do balde de gelo”, que tomou a internet em 2014 —, a Esclerose
Lateral Amiotrófica (ELA) está mais perto do que jamais esteve de uma
possibilidade de cura. Um dos grandes obstáculos para entender como essa doença
neurodegenerativa surge é o fato de os cientistas não saberem que tipo de
relação entre as células faz os neurônios motores morrerem. O mistério, porém,
terminou ontem. Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Carolina
do Norte, nos EUA, divulgaram a primeira descrição científica de como as
proteínas neuronais se aglomeram em um composto tóxico que torna a célula
doente e, por fim, a mata.
Publicado na edição on-line da revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS),
o estudo é considerado um passo crucial para o desenvolvimento de drogas que
possam interromper a formação desses aglomerados e deter a progressão da
doença, que costuma ser severa. Pacientes com ELA sofrem paralisia e morte
precoce, em consequência da perda de neurônios motores, que são essenciais para
se mover, falar, engolir e respirar.
O portador da doença mais conhecido
mundialmente é o físico britânico Stephen Hawking, de 72 anos,
que descobriu o problema aos 21 anos. Na época, os médicos chegaram a dizer que
ele teria apenas alguns anos a mais de vida. Hawking, no entanto, não só
superou as sombrias previsões como se tornou um dos cientistas mais respeitados
do mundo depois do diagnóstico, apesar das limitações físicas impostas pela
ELA.
MEDICAMENTOS À VISTA
Com o mistério sobre o surgimento da doença aparentemente resolvido,
cientistas se mostram esperançosos com a possibilidade de um controle sobre
este e outros males neurodegenerativos.
— Um dos maiores enigmas da saúde tem
sido como lidar com doenças neurodegenerativas. Ao contrário de muitos tipos de
cânceres e outras condições, nós não temos, no momento, qualquer poder
contra essas doenças — destacou o autor sênior do estudo, Nikolay Dokholyan,
professor de Bioquímica e Biofísica na Universidade da Carolina do Norte. —
Este estudo é um grande avanço, pois lança luz sobre a origem da morte dos
neurônios motores e poderá ser muito importante para a descoberta de
medicamentos.
O estudo se concentra em um subconjunto
de casos de ELA que estão associados a mutações em uma proteína conhecida como SOD1.
Estima-se que de 1% a 2% dos pacientes têm esse tipo de variação. No entanto,
mesmo no restante dos pacientes, a proteína SOD1 tem a capacidade de
formar aglomerados potencialmente tóxicos no cérebro. Os pesquisadores
descobriram que a SOD1 cria aglomerados temporários de três moléculas,
conhecidos como trímeros, capazes de matar células neuronais motoras cultivadas
em laboratório.
— Este é um passo importante porque até
agora ninguém sabia exatamente quais interações tóxicas estão por trás da morte
de neurônios motores em pacientes com ELA — disse Elizabeth Proctor,
que é autora principal do estudo e era estudante de pós-graduação no
laboratório de Dokholyan quando a pesquisa foi realizada. — Sabendo
como esses trímeros são, podemos tentar projetar drogas que iriam impedir a
formação deles ou sequestrá-los antes que eles possam causar danos. Estamos
muito animados com as possibilidades.
CONJUNTOS SÃO A CHAVE
A relação entre a ELA e mutações da
proteína SOD1 foi observada ainda no início dos anos 1990.
Entretanto, a forma exata pela qual a proteína se agregava demorou mais de duas
décadas para ser identificada. Um dos aspectos que dificultaram essa descoberta
foi o fato de esses aglomerados tóxicos se desintegrarem pouco tempo depois de
sua formação, o que faz com que eles sejam extremamente difíceis de estudar.
— Acredita-se que o que os torna tão
tóxicos, em parte, é a sua instabilidade — explicou Elizabeth, que agora é
pesquisadora de pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts
(MIT). — Sua natureza instável os torna mais reativos a partes da célula que
não deveriam afetar.
Para desvendar o mistério de como é a
aparência desses aglomerados e como eles afetam as células, a equipe de
pesquisa usou uma combinação de modelagem computacional e experimentos em
células vivas. Elizabeth passou dois anos desenvolvendo um algoritmo
personalizado para determinar a estrutura dos trímeros. Esse feito foi
comparado a mapear a estrutura de um novelo de lã depois de fotografar trechos
apenas da sua camada mais externa e, em seguida, descobrir como todos se
encaixam.
Uma vez que a estrutura dos trímeros
foi estabelecida, a equipe passou vários anos desenvolvendo métodos para testar
os efeitos dos trímeros em células neuronais motores cultivadas em laboratório.
Os resultados foram claros: proteínas SOD1 que se ligaram em trímeros
foram letais para as células neuronais motores, enquanto as outras proteínas SOD1 não
prejudicaram o organismo.
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Daqui para frente, a equipe pretende investigar a “cola” que mantém as
trímeros unidos, a fim de encontrar drogas que possam separá-los ou evitar que
eles se formem.
Além disso, dizem os estudiosos, esta descoberta pode ajudar a lançar
luz sobre outras doenças neurodegenerativas, como os males de Alzheimer e de
Parkinson, entre outras.
— Há muitas semelhanças entre as doenças neurodegenerativas — ressaltou
o professor NikolayDokholyan. — O que nós encontramos aqui parece
corroborar o que já se sabe sobre o Alzheimer, e se pudermos descobrir mais
sobre o que acontece na ELA, existe potencial para compreender as raízes de
muitas outras doenças neurodegenerativas.
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