THE ECONOMIST FALA DO BRASIL – SUGERE ELEIÇÕES GERAIS.
COMENTÁRIO PRÉVIO
Temos que lembrar que a nossa economia é
monitorada pela Inglaterra desde antes da descoberta. Nesta sugestão falta o
essencial, que é a revogação do poder das máfias de escravizar: ou tiramos
todos os medievais políticos escravocratas dessas novas eleições ou tudo será
reescrito pelos mesmos corruptos, com impeachment, com eleições gerais, com
presidencialismo, parlamentarismo, república ou monarquia e com qualquer forma
que se resolva usar mantendo o pensamento escravagista de tributar.
Impeachment não é golpe, mas melhor saída é eleição
geral, defende 'The Economist'
BBC BRASIL.com
8 ABR 2016 07h38 atualizado às 08h06
O processo de impeachment em curso hoje no Brasil não
é um golpe de Estado, mas tampouco representa a melhor solução para o país, que
seria uma eleição geral capaz de renovar também o Congresso.
Discussão na Câmara sobre o parecer do relator do
impeachment de Dilma; processo tem base legal, mas não é melhor solução, diz
revista.
"A próxima vez que os brasileiros forem às ruas,
é isso (novas eleições gerais) que deveriam exigir", é a conclusão da
revista britânica The Economist , em artigo publicado na edição que chega às
bancas nesta sexta-feira.
No texto intitulado "Quando um 'golpe' não é um
golpe", a publicação diz que classificar o processo contra a presidente
Dilma Rousseff como golpe é um "argumento emocional" que reflete uma
"visão seletiva da democracia".
"Isso é a perversão, e não a defesa da
democracia", afirma a centenária revista.
Pelo direito constitucional brasileiro, impeachment é
o processo instaurado com base em denúncia de crime de responsabilidade contra
alta autoridade do poder Executivo (como presidente, governadores e prefeitos).
A Economist cita o argumento básico de Dilma e seus
defensores: não há crime de responsabilidade, e portanto o processo é ilegal, e
por trás da iniciativa estão as mesmas forças que derrubaram o governo em 1964:
mídia, empresariado, procuradores e juízes.
A revista diz que não há evidências de que Dilma seja
"pessoalmente corrupta" e lembra que "diferentemente de seu
principal acusador, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, nem
ela nem sua família possuem contas na Suíça ou empresas panamenhas em paraísos
fiscais".
Apesar disso, argumenta a publicação, a denúncia de um
suposto golpe reflete uma prática que se tornou "parte do kit de
propaganda da esquerda", comum a governos como os de Nicolás Maduro
(Venezuela) e Evo Morales (Bolívia).
Para a Economist , "um golpe envolve a tomada do
poder por meio do uso inconstitucional de ameaça ou força por um pequeno grupo.
Esse não é o caso no Brasil. Quaisquer que sejam seus ocasionais desvios, a
investigação de corrupção (Lava Jato) é tocada por procuradores e juízes
independentes."
Veneno na política
Citando o argumento da oposição sobre o caráter também
político do impeachment, e ao considerar que as chamadas pedaladas fiscais se
qualificam como crime de responsabilidade, a publicação britânica conclui que
um eventual afastamento de Dilma seria "um ato constitucional com base
legal, embora frágil".
Mas a revista faz uma ressalva: isso não faz do
impeachment uma saída "sábia": "Dividiria o país e arriscaria
envenenar sua política por anos".
O texto marca uma mudança de tom da Economist em
relação à reportagem sobre a crise brasileira publicada há duas semanas. Naquela
ocasião, ao estampar na capa o título "É hora de ir", em referência à
presidente, a revista afirmou que Dilma se tornara inapta para governar, mas
que o processo de impeachment no Congresso se baseava em "alegações não
comprovadas" sobre as pedaladas - o uso de dinheiro de bancos federais em
programas de responsabilidade do Tesouro, para tapar buracos na contabilidade
do governo.
Se agora a revista considera que as pedaladas se
enquadram, sim, como crime de responsabilidade, o argumento é que o Brasil
"não aguenta mais três anos" na situação em que "a presidente
não governa em nenhum sentido do termo" e "o Congresso está manchado
por corrupção".
O texto lembra que em regimes parlamentaristas o
governo já teria caído em circunstâncias como as do Brasil, e afirma que
"em regimes presidenciais essas rupturas são sempre traumáticas".
"O drama que o país precisa enfrentar é o que
fazer quando um governo para de funcionar."
Conclui com a defesa de uma emenda constitucional que
permita novas eleições gerais. "Essa seria uma maneira melhor de defender
a democracia."
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