O PERIGO HILLARY E O
GÊNIO MALIGNO DE JOHN PODESTA
por Elton Flaubert
(31/10/2016)
Hillary é uma
gângster manipuladora, obcecada por controle, poder e dinheiro.
COMENTANDO
FINALMENTE
LEMOS UM COMENTÁRIO HONESTO SOBRE A ELEIÇÃO AMERICANA.
É pena que
o autor não percebeu que TRUMP é a volta ao sonho americano de escapar da
escravocracia feudal, limitar o estado impostor, e ajudar todos os povos a
fazer a globalização em um condomínio DE SERES RESPONSÁVEIS POR SI E PELO
CONDOMINIO.
Nas
previsões lembremos o Horóscopo chinês – 2017 é o ano do Galo... Dois galos
aliados? Donald tio Patinhas e Tio Wladô Putins...
Esperemos
pra ver.
1.TRUMP - Erguido a
inimigo número um da humanidade pela grande imprensa mundial, Donald Trump
conquistou esse posto seja por sua personalidade extravagante e discurso boquirroto,
seja por representar uma reação popular (não necessariamente no sentido
censitário) contra o establishment político, econômico, intelectual e midiático
do Ocidente, seja por representar uma resposta aos valores liberais que, em
última instância, se tiraniza a toda sociedade enquanto poder integrado. Em
fevereiro, expliquei aqui na Amálgama, como ele construiu um personagem com
três intenções: a)restaurar os mitos de fundação do país; b)substituir o apelo
conservador pelo apelo nacional; e c)apresentar-se como uma personalidade
forte, capaz de reunir o povo e falar sua língua contra a iniquidade das
elites. Isto num momento de crescente revolta contra as elites do poder
integrado.
A figura de Trump não
é conservadora, mas antes nacionalista com um forte apelo nostálgico às
proteções sacrificiais, remetendo ao tribalismo, ao localismo e ao nativismo.
Trump defende, por exemplo, que pessoas transgêneras utilizem o banheiro que
acharem adequado. Em 30 de outubro, Trump abriu seu comício no Colorado com uma
bandeira do movimento gay e depois garantiu seu apoio a “ampliação dos direitos
civis”.
Muitas coisas já
foram ditas sobre The Donald e os perigos do que representa seu personagem. No
entanto, sua adversária democrata, Hillary Clinton, oferece ainda mais perigos
para o país e ao mundo do que ele. Ela faz parte do contexto social e
intelectual da esquerda americana que reformou o partido democrata entre o
século XIX e XX. O liberalismo moderno americano parte de uma concepção ampla de
liberdade, onde o Estado deve assegurar as garantias de que os indivíduos sejam
livres e iguais para exercer suas potencialidades, produzindo valores e usando
um poder integrado a toda a sociedade. A maior parte do establishment americano
prega os valores liberais e um poder integrado que discipline e produza esses
valores. E, contra Trump, conseguiu aliar nacos do establishment republicano
que estão próximos do liberalismo econômico clássico.
Hillary Clinton
representa os interesses desse consórcio e as políticas que consolidam o seu
poder integrado, criando – em nome da liberdade – a pior das tiranias. A
quintessência desse agrupamento, digno da máfia, aparece claramente nos e-mails
revelados pelo Wikileaks. Embora Assange seja um escroque a serviço da Rússia e
um perigo para a segurança americana, não se pode negar a realidade do que está
sendo apresentado. Como nas escutas de Lula, alegar ilegalidade no que foi
apresentado não esconde a realidade dos fatos. O que os e-mails nos mostram é a
figura de uma gângster manipuladora, obcecada por controle, poder e dinheiro,
que age em nome de um consórcio e, para isto, planeja dissolver soberanias,
cultura cristã e qualquer lastro com a realidade.
Antes do Wikileaks, a
imagem de tecnocrata honesta de Hillary já tinha sido atingida por sua má
atuação no governo Obama. Para piorar, em 2015, quando os republicanos abriram
um inquérito no Congresso para investigar o atentado em Benghazi na Líbia,
descobriu-se que Hillary (já fora do cargo) usava um servidor particular para
enviar e-mails no exercício do cargo. Usar um servidor particular é imperícia,
por ser facilmente hackeado, colocando em perigo a segurança nacional, como
pode ser também indício de atividades criminosas no cargo, pois facilita a
exclusão das provas. De nada adiantaram os encontros entre Bill Clinton e
Loretta Lynch, ministra da Justiça, para encerrar no nascedouro a investigação
conduzida pelo FBI, pois o assunto veio a público antes pelo jornal Washington
Post.
Apesar de ter
considerado negligência, o diretor do FBI, James Comey, tinha encerrado o caso,
mas teve que reabrir as investigações quando novos e-mails de Hillary
apareceram noutra investigação: a do escândalo sexual do democrata de Nova
York, Anthony Weiner, que era casado com o braço-direito de Hillary, Huma
Abedin.
Entretanto, se o FBI
tinha encerrado as investigações, o Wikileaks tinha nos dado a certeza que
Hillary usava um servidor privado não por negligência, mas para praticar
crimes. Além disso, ficamos sabendo também que ela apagou milhares de e-mails
comprometedores e que o presidente Obama sabia disso. Tendo ciência desses
fatos, houve grande revolta entre os agentes do FBI quando a investigação foi
abortada por Comey.
Hillary Clinton
utilizava das atribuições do cargo para fazer lobby, acertar negociatas com
governos estrangeiros, ditar os passos da imprensa democrata e preparar (ou
financiar) sua campanha presidencial. Aqui e aqui, ela confessa que recebeu
financiamento da Arábia Saudita e estava ciente de seus interesses mesmo
sabendo que este governo e o do Catar patrocinavam o ISIS.
Ela se utilizava da
Fundação Clinton para traficar influência. Recebendo dinheiro para projetos
inexistentes ou não cumpridos em sua integridade (mesmo ajudas humanitárias
para o Haiti), Hillary usava da influência do seu cargo e de sua importância no
partido para realizar o desejo dos doadores. A partir desse sistema, criava-se
um consórcio, onde Hillary era apenas a representação desses interesses. De
extensão internacional, um dos e-mails mostra que a Fundação Clinton recebeu 12
milhões de dólares do Rei do Marrocos para defender seus interesses enquanto
ela era Secretária de Estado. Noutro e-mail, seu chefe de campanha, John
Podesta, confessa que Hillary defenderá sempre o desejo dos seus doadores.
As opiniões, as
chacotas, os desejos, a arrogância de Hillary Clinton e de seu staff nos
e-mails traçam um perfil de uma mulher manipuladora, sedenta por poder, que
trabalha por ganância, mas também convicção (as duas coisas sempre andam juntas
como vimos no petismo), para o establishment liberal e por um poder integrado
que opera uma mudança civilizacional – a utopia de uma “liberdade impositiva”
promovida por uma governança que produz esses valores.
Para o banco Goldman
Sachs, Hillary fez três discursos remunerados. Neles, tratou essencialmente de
geopolítica. Admitiu uma estratégia agressiva (através da OTAN) contra a Rússia
comandada por Putin e defendeu uma zona de exclusão aérea na Síria. No banco,
ela admitiu que essa zona traria muitas baixas civis e subestimou o poderio
russo. Hillary é uma estudiosa de geopolítica e conhece bem cada região
estratégica do globo. Ao mesmo tempo, ela tem o temperamento arrogante de quem
acredita controlar os fatos. A junção desses dois fatores sempre trouxe
desastres. Mais do que um perfil hawkish, Hillary promete ser prepotente e
controladora na política externa. Subestima a aliança russo-chinesa,
superestima o poderio bélico americano e, sobretudo, acredita puerilmente que
ameaças no quintal russo irão dissuadir Putin. Ela também desconhece
profundamente as motivações ideológicas/espirituais/nacionais das ações de
Putin.
Essas revelações
alarmaram mesmo a esquerda americana e europeia. No Guardian, Spencer Ackermann
mostrou por qual razão o plano da democrata para a Síria pode provocar a
Terceira Guerra Mundial. Uma guerra contra a Rússia nunca é uma boa coisa
(Hitler e Napoleão que o digam), ainda mais nas atuais condições. Enquanto
isso, Putin se prepara para guerra, estendendo sua influência geopolítica e
contando com a prepotência e ignorância das elites ocidentais em reconhecer o
estado das coisas. Com Trump, as relações entre Rússia e Estados Unidos teriam
uma melhora momentânea e, mesmo que isso proporcionasse riscos para parceiros
americanos, significaria também uma chance de melhores condições bélicas e
geopolíticas em médio prazo.
Hillary e seu staff
também demonstraram desaprovação quanto à Israel. O jornalista Sid Blumenthal,
pai de Max Blumenthal (um reconhecido antissemita), enviou para Hillary alguns
artigos falando do lobby judeu na imprensa, criticando Netanyahu e contando
algumas teorias conspiratórias. Hillary enviou-os para um de seus assessores
para assuntos internacionais, Jake Sullivan, chamando-os de fascinante.
Nos discursos para
Wall Street, Hillary defendeu uma política de irrestrita liberdade econômica e
de fronteiras. Um mundo livre de nações, tradições, culturas religiosas,
soberanias, mas integrado pelo dinheiro, pelo espírito burguês, por uma cultura
e religião biônica, uma moral laica civil. Um mundo livre sustentando por um
poder integrado que produza esses valores e criminalize os outros sem
contestação. Tudo isto em nome da liberdade, claro. Uma junção de liberdade
econômica e social, desejo expresso das elites ocidentais que Hillary se
encarrega de encarnar e de realizar; a pior das tiranias ao qual me referia no
artigo que indiquei no primeiro parágrafo.
Outra situação onde
Hillary atuou como lobista dos interesses desse consórcio, foi na Albânia.
George Soros, um bilionário húngaro fundador da Open Society, que patrocina as
causas da esquerda liberal e é o maior doador pessoal dos Clinton, pediu para
que ela intervisse na política interna da Albânia junto à comunidade
internacional.
Coerente com qualquer
defesa do aborto, Hillary Clinton deseja que a mulher possa matar o filho a
qualquer momento da gravidez. A Planned Parenthood, que patrocina sua campanha,
seria uma grande beneficiária, pois lucraria ainda mais com a venda de órgãos
fetais e tornaria legal os abortos que já realiza fora do tempo previsto.
Os e-mails revelados
pela Wikileaks mostram também como o grosso da imprensa americana (CNN, NYT,
NBC, ABC, CBS, Washington Post etc.) age como membro desse consórcio. Donna
Brazile (nome é destino), que era analista da CNN e membro do Partido
Democrata, conseguiu as perguntas que seriam feitas num dos debates com Donald
Trump e entregou com antecedência para a campanha de Hillary. Outros e-mails
mostram como esta campanha entregava para imprensa peças difamando Trump e
instruções estratégicas de como ele deveria ser atacado. Como veremos, 65
jornalistas participaram de uma reunião com John Podesta para acertar essas
questões e manifestar apoio.
Glenn Thrusch,
escritor do site Politico, enviava seus artigos com antecedência para Podesta
aprovar. E a campanha de Hillary também tinha influência sobre o editor do New
York Times e no que ele escolhia publicar. Mesmo uma entrevista dada para Chris
Hayes da NBC foi ensaiada palavra por palavra com antecedência. A imprensa
também foi utilizada para atacar Bernie Sanders durante as primárias. O
noticiário é tão enviesado nos grandes canais que apenas 6% da população
acredita na imprensa.
2.HILLARY CLINTON - No
entanto, se Hillary é a representação das elites americanas (e ocidentais) na
implementação de um poder integrado que tiraniza seus valores, há uma mente
maligna e estrategista por trás dessa personalidade ambiciosa e prepotente que
pretende presidir os Estados Unidos.
Essa mente é John
Podesta.
Advogado com origem
em Chicago, Podesta viu sua carreira de lobista decolar em 1988 quando fundou
uma empresa com o irmão para esta finalidade. Desde cedo ligado aos democratas
(trabalhou na campanha de McGovern em 1972), Podesta foi chefe de equipe do
governo Bill Clinton. Chefe da campanha de Hillary Clinton, ele se viu no
centro da crise quando seus e-mails foram hackeados e divulgados pelo
Wikileaks.
Mais do que um chefe
de campanha, Podesta tem uma ampla visão estratégica para a transformação
social e cultural que almejam o consórcio das elites. Ele identifica dois
objetivos: transformar as soberanias nacionais e transferir o centro do poder
para entidades transnacionais; transformar a religião por dentro,
conferindo-lhe novos valores e grupos políticos bem estabelecidos para ditar
essa transformação que se aproxime de uma religião universal e neutra.
Para isto, ele
estabelece três táticas: controle da informação através da imprensa; vilanizar
conservadores, religiosos e nativistas; e infiltração na Igreja Católica. Como
chefe da campanha de Hillary, ele confessa nos e-mails que exerce essas três
táticas.
Antes da campanha
aquecer, Podesta se encontrou com 65 jornalistas para acertar as operações. Nos
e-mails, ele confessou também que exerce sua influência em pesquisas
eleitorais. Num dos jantares com Haim Saban, um dos proprietários da Univision,
ele acertou a identidade que a emissora dará a Trump como um racista perigoso
aos hispânicos. Outro e-mail mostra também o empenho do Huffington Post em
fazer o que for preciso para elegê-la.
A terceira tática era
ainda mais sórdida: infiltrar-se na Igreja Católica para criar uma “Primavera
Católica”. Podesta associa toda tradicional fé católica e seus rituais a uma
“ditadura medieval”. Seria preciso criar uma “primavera católica”,
infiltrando-se na Igreja para realizar uma revolução doutrinal que mudasse os
valores cristãos. De tal modo que o catolicismo se tornasse uma espécie de
religião desprovida de essência e regulamentada por lobbys políticos. Ou seja,
uma religião sem Cristo e meramente formal que permitisse e defendesse os
valores liberais do poder integrado sem entraves. A “Primavera Católica” seria
responsável por tornar o catolicismo numa religião que defenda o casamento gay,
o aborto, a igualdade de gênero e todo ideário cultural dos progressistas.
Num dos e-mails,
Sandy Newman, outro braço-direito de Hillary e fundador da Voices for Progress,
admite que desconhece o catolicismo e, por isto, seria incapaz de dirigir essa
infiltração. No entanto, Podesta afirma que já conta com duas organizações com
esta finalidade: a Catholics in Alliance for the Common Good e a Catholics
United. A primeira foi fundada por Tom Perielle em 2005 e conta com Fred
Rotondaro (ligado a John Podesta) no seu conselho. Um dos seus objetivos é
promover a igualdade de gênero e a ordenação sacerdotal das mulheres. Podesta
se gaba também de ser criador de grupos de pressão política em todo o país.
Nos e-mails também se
verifica o desprezo por católicos. John Halpin, do Center for American
Progress, goza da fé católica com John Podesta, dizendo que todo aquele “papo
tomista”, “sistemático” e “retrógrado” serve para parecer sofisticado, mas que
“ninguém entende de que diabos estão falando”.
Portanto, se é
verdade que Trump é um pastiche entre a figura do bufão sincero e popular e a
figura autocrata que domina o espetáculo, Hillary é ainda pior e mais perigosa.
Ela representa o consórcio das elites extremamente iníquas, que pretendem
estabelecer cada vez mais um poder integrado com seus valores liberais que unem
o materialismo e a desconexão da realidade em todas suas dimensões. Se isso já
não bastasse, Hillary – com seu temperamento controlador e arrogante – pode
ocasionar uma guerra mundial com as crescentes hostilidades entre essa elite
ocidente e a aliança russo-chinesa.
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