sexta-feira, 31 de março de 2017

LAWRENCE KRAUSS - UNIVERSO VEIO DO NADA?

UM UNIVERSO QUE VEIO DO NADA – LAWRENCE MAXWELL KRAUSS
COMENTARIO – Este é mais um estudo sobre a Física Quântica de modo filosófico. Falta hoje aos ditos cientistas da física quântica a noção clara de que o quantum não é feito de nenhum material observável. E também falta a eles a noção de poder que a força da gravidade possui. Quando falam de simetria e supersimetria mostram que ignoram a sua própria informação de que o volume do que é quântico é assimétrico em relação ao campo da Gravidade em nada menos do que um quarentilhão de vezes. Concordo com Lawrence Krauss quando afirma que a ciência deve avançar sempre de modo pragmático com base em experimentos. Concordo, portanto em que os estudiosos procurem conhecer mais sobre como as coisas são em vez de querer manipular o conhecimento perguntando “por quê as coisas são como são” para introduzir sua noção de um agente criador externo às coisas. Nesse sentido eu vou mais à frente, e procurei a resposta à pergunta –“como posso trazer ao campo quântico a energia do campo gravitacional e assim confirmar Einstein que viu sempre que esse campo é um mar de energia sem fim.” CONSEGUI TRAZER. E a pergunta que ele faz timidamente ao final sobre entender a origem da vida e seus caminhos, dentro da física quântica, me parece que, explicada a Natureza desse campo não visível e tendo conseguido trazer dele quanta energia quisermos, o próximo passo a merecer nossa atenção é também FAZER VIR DESSE CAMPO A LONGEVIDADE do mesmo tamanho para nossas vidas.  
VEJAMOS EM RESUMO O QUE O LIVRO DIZ:
PREFACIO – Começa explicando que o “nada” é tão físico como o “algo”. Diz no prefácio que acabará falando do Universo em expansão. Conta que fez palestra em outubro/2009, com este título e o vídeo recebeu mais de um milhão de acessos. As confusões de interpretação foram a causa de revisar as ideias e fazer este livro.
I – Uma história cósmica de mistério – o início – Começa contando da Teoria da Relatividade Geral de Einstein em 1915 e sua discordância com a imagem do Universo conhecido. Faz lembrar que Einstein sempre se preocupou com experimentos e observação. Conta da teoria do Big Bang apresentada por Lemaitre em 1930 como tendo começado com um Átomo Primordial. No confronto com a religião (criacionismo) Lemaitre explicou que o assunto sobre se houve ou não o BIG BANG é uma questão de ciência, alheia a discussão metafísica ou religiosa. Em 1925 Hubble dá a público resultados de dois anos de pesquisa sobre nebulosas espirais. Conta que tudo começou com Isaac Newton em 1665 fazendo a decomposição de um raio de luz por um prisma nas cores conhecidas. Efeito Doppler. Em1929 foi medida a velocidade de expansão no afastamento das galáxias. Houve confusão nas conclusões das medidas. Depois disso concluiu-se que nesse início só Hidrogênio, Deutério, Hélio e Lítio foram gerados e os demais resultam de explosões de estrelas depois disso. Diz concluindo o capítulo: de Ticho Brahe e Kepler, Lemaitre, até Einstein e Hubble, ... quatrocentos anos de ciência produziram uma imagem consistente de nosso Universo”.
II – Uma história cósmica de mistério – Pesando o Universo. – Começa perguntando – Se o Universo teve um começo, como terminará? Afirma que a Gravidade é a força que atua na grande escala. Discutindo o fato das partículas poderem levar a entender uma matéria escura com outra estrutura nuclear, gerava 3 linhas de pesquisa – 1.Partículas novas; 2.Novos experimentos para achar essa matéria invisível; 3.pesquisando a natureza dessa matéria, chegar a saber como acabará o Universo. Krauss gasta o resto de 10 páginas deste capítulo para expor as discussões sobre como achar essa matéria e que levaram a estabelecer sua proporção com a matéria visível. Ele pensa que o Colisor da Hadrons terminando de ser instalado pode trazer as soluções.
III – Luz no início dos tempos – Depois de Lembrar a geometria hiperbólica de Lobachevsky, com as paralelas divergindo, coloca a questão de que a medida do Universo resultante das análises da Radiação de Fundo, embora tenha começado argumentando que haveria muita matéria do campo invisível que nunca poderemos ver, o Big Bang nos levaria a 13,72 bilhões de anos como idade de nosso Universo. Krauss ocupa as 15 páginas do capítulo para levantar os possíveis estudos sobre o planisférico das observações siderais e a proposta de que nosso Universo pode ser “plano”. Conclui o capítulo a favor de negar essa teoria do Universo Plano ao observar que há uma divergência de 3 vezes a menos no peso do Universo assim calculado, visto que não conferem a medida da massa com a medida de curvatura. Falta energia.
IV – Muito Barulho por Nada – Assim 70% da energia estariam escondidos sem aparecer nem dentro, nem ao redor das galáxias, nem fora desses aglomerados de galáxias. Volta aos cálculos de Einstein de 1917 levando a uma diferença entre os dois lados da equação criando um termo cosmológico “constante” – a constante cosmológica. Krauss brinca com as palavras imaginando a resposta de qualquer um perguntado sobre quanta energia haveria no nada, teria que dizer “nada”. Relembra ai de Niels Bohr, Schroedinger e Heisenberg, com as órbitas constantes dos elétrons nos átomos (Bohr), e os outros dois levando a entender que eles se comportariam como ondas. Voltava a entender-se que no mundo quântico as leis de Newton vigoram em vez das leis da Relatividade. E aí se deduziu os pósitrons. Gasta este capítulo mais dez páginas na discussão da constante Cosmológica, mostrando que na simetria das equações, o Universo e o Nada sem energia estariam explicados, mas... Conclui dizendo que “a natureza, entretanto, tinha algo diferente em mente”.
V – Universo em fuga – Começa com a proposta cosmológica que ele apresentou para explicar os 70% de energia faltante estaria em “alguma forma de matéria escura” existente no espaço vazio. Volta da Constante Cosmológica ao encontrar medidas da radiação de fundo. E as medidas levaram a entender o Universo em expansão acelerada em vez de ir reduzindo. Como tudo leva a aceitar a existência dessa energia e matéria escura, vai terminar o capítulo dizendo que “A origem e a natureza dessa energia escura são, sem dúvida, o maior mistério da física fundamental hoje”. Explicaria não somente o começo do universo, mas também o futuro e o seu fim. 
VI – O Almoço Grátis no Fim do Universo – Raciocínios circulares são o começo deste capítulo. Krauss e todos os seus colegas da Física Teórica enxergam o espaço vazio por fora da matéria quântica como energia do Nada... Frente à taxa de expansão crescente que se observa ou admitem que o Universo está no fim, ou tentam criar uma imagem de que ele é achatado, tão achatado que é plano. Sem abordar a força da Gravidade Universal, sem saber qual é a natureza da realidade invisível que preenche tudo, este começo do capítulo quer nos mostrar que o Universo em expansão não vai espalhar tudo e desaparecer. E discutem teoricamente um Problema de Achatamento. A curvatura da luz seria plana e não curva. Qualquer desvio desse Plano levaria ao colapso. Colocam já na terceira página três problemas postos na discussão acadêmica – Problema do Horizonte, Problema do Monopólio, ambos em cima do Problema do Achatamento. A radiação de fundo, que eles chamam de onda gravitacional em outros textos, torna o Horizonte extremamente uniforme. Conta a conclusão de Alan Guth de que estaríamos em uma fase de transição. Volta com a questão da energia potencial e da energia radiante. Dispersa de novo com suposições de variações gravitacionais. As perguntas se sucedem sem solução. E conclui que os raciocínios levam “A um Universo que veio do nada... de fato”.
(Mas não explica que almoço grátis pode haver quando voltar ao mesmo nada de onde veio... de fato).
VII – Nosso futuro infeliz – Começa achando animador nos encontrarmos em um Universo dominado pelo nada, tendo tudo sido criado por flutuações quânticas do nada. Explica que as galáxias se afastam mais velozes porque cresce seu desvio de luz para o vermelho. Volta no meio das elucubrações “como não temos ideia do que seja a matéria escura que permeia o espaço vazio, então também não podemos ter certeza de que ela se comportará como a constante cosmológica de Einstein”. Ainda observa que “a ciência é impulsionada pela experimentação e pela observação”. Lamenta não termos meios de examinar os momentos iniciais do Big Bang, e volta a repetir o argumento de ser simétrico. Muitos Universos poderiam existir. Fecha o capítulo citando Hitchens – “Para os que acham impressionante vivermos em um Universo de Algo, esperem. O Nada está avançando em rota de colisão em nossa direção”.
VIII – Um grande Acidente? – Cita Hitchens ao início dizendo que se existe um criador, nós somos objeto de um experimento cruel onde fomos criados pra ficar doentes, com ordem de sarar. Traz as argumentações de Hawking em “Breve História do Tempo”. Depois apresenta os dizeres de Weinberg sobre o nosso Universo ter sido feito antrópico... Não percebe que o homem é quem teria sido feito para este universo... e não o contrário... Continua a falar em miniuniversos para entrar na Teoria das Cordas para repetir que não há uma Teoria, pois são fatos em que não dá para comprovar ou negar: “a teoria das cordas é claramente algo muito mais elaborado, algo cuja natureza fundamental ainda é um mistério”. Inconsistência mais fundamental da física teórica: incapacidade de lançar mão da relatividade geral de Einstein combinando com as leis da mecânica quântica, pra fazer previsões. Fala em supersimetria reduzindo as 26 dimensões para 12. Fala das “branas” (membranas que haveria acima controlando a Teoria). Finaliza supondo que há uma teoria que unifique tudo... É função da ciência basear-se em conhecimentos empíricos para apresentar conclusões.
IX – Nada é alguma coisa – Começa com citação de Richard Feynman: “Não me importo de não saber. Isso não me assusta”. E avalia que a maior contribuição de Isaac Newton à ciência deve ser que ele os levou a entender que o Universo é explicável. E isso abriu nosso progresso científico que não parou mais. Gasta as páginas deste capítulo para continuar o debate que sempre se reabre sobre nossa matéria conhecida ter surgido do vazio de modo espontâneo. Sem perceber que todos esses raciocínios podem ser ditos de modo a entender que não há nem pode haver um Deus pessoa, vai dizer no final que a expansão sem barreiras deste Universo “pode representar meramente a ponta de um iceberg muito maior”.
X – O nada é instável – Começa afirmando A EXISTÊNCIA DE ENERGIA NO ESPAÇO VAZIO. Baseia essa hipótese em que surgem partículas virtuais em experimentos, desaparecendo tão rápidas quanto surgem. Disso ele conclui que toda energia que se extrai daí, e imediatamente retorna para o vazio, prova que o vazio NADA é instável. Cita as provas dadas por Stephen Hawking em 1974 de que o Buraco Negro deixa escapar partículas físicas. Imagina um Universo de antipartículas. E continua entendendo tudo como simétrico. Conta do workshop sobre Origem da vida onde continuam sem saber “como”, achando que o aparecimento da vida é efeito da instabilidade do Nada. Com Feynman a Relatividade estava capaz de fazer previsões com a soma de todos os caminhos possíveis. Hawking foi o primeiro a unificar essas possíveis previsões. Mas ainda não há uma unificação completa dos campos quântico e gravitacional. Vai até o fim do capítulo discutindo a possibilidade de existirem pequenos universos surgindo do nada. E também a necessidade de que o único universo viável e de vida longa terá a aparência de ser plano como o nosso e em expansão. Antecipa já que o próximo capítulo vai discutir um mundo em que nem as leis físicas são obrigatórias.
XI –Admiráveis mundos novos – Começa discutindo se a moralidade é externa ou inerente à nossa biologia. A questão de Deus é levada aqui de volta a Aristóteles que daí argumenta que o Universo deve ser eterno. Argumenta que esses filósofos antigos não conheciam o Universo como nós hoje conhecemos. Assim recorre à noção de Multiverso. E vai levando à noção de que é mais importante continuar estudando os fenômenos da natureza para entender, justificando que para isso existe a ciência. Nem filósofos, nem teólogos podem resolver. Assim, a certeza de que teve começo, pela física quântica, também terá um fim. Porque há algo, ele também não existirá por muito tempo.
EPÍLOGO – Krauss revirou todos os argumentos. Assim volta à pergunta de Einstein sobre se um criador teve que escolher algo para fazer o Universo. Ou seja, é preciso continuar pesquisando para saber a natureza básica desse nada que suporta todas as coisas. A palavra Nada, ou a palavra Deus pouco importam. Cada um define de um modo. Parece preocupado com a vida. Termina como começou – sem definir a massa invisível.
POSFÁCIO – por Richard Dawkins – Falta a resposta à pergunta “Por que existe algo em vez de nada?”
COMENTÁRIO FINAL
Krauss deixa essa pergunta dos teólogos que querem provar com ela que Alguém fez! E propõe a ocupação da Ciência em conhecer Como é. Com a matéria, com a energia, com a vida, com leis científicas, o importante seria para o homem ser prático e experimental.
Pra mim, isso é mesmo o mais importante, mas tem a finalidade de responder às perguntas:
1.Como é essa massa misteriosa que não vemos, de onde tudo vem pra ter começo e pra onde vai quando termina.
2. Como fazer vir dessa massa mais energia pra nós. JÁ FIZ!
3. COMO EXTRAIR  as outras energias (Vida e longevidade, economia, segurança, conhecimento) para nós.
Penso que foi ignorância em definir essa massa o que impediu todas as soluções e ao conseguir a máquina, essa definição ficou clara pras outras também.

CONCLUSÃO – EINSTEIN ESTAVA CERTO E DAÍ SAIRÁ ENERGIA SEM FIM.

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