quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ELIANA CALMON COMEÇA SUA DELAÇÃO

FALTA DELATAR JUÍZES: ELIANA CALMON APIMENTA VATAPÁ - 28 DE DEZEMBRO DE 2016
COMENTARIO
A EX-MINISTRA já devia ter entendido o que fica claro nas entrelinhas do texto abaixo:
Não está havendo Delações voluntárias. São Pessoas colocadas numa masmorra pra só saírem mortas ou como alcaguetas premiados. Colocam em suas mãos o texto preparado para lerem e assumirem a autoria. Um mínimo de fatos que o envolvem está muito bem investigado e em geral foi já preparado durante a própria propinatura – Odbrecht não teria contratos sem pagar propina. Depois de um certo tempo foi promovida a empresa coordenadora das propinas. E daí em diante apareceria como ela tendo a iniciativa de oferecer. Sempre se fechavam os olhos à superfatura, mas ficava tudo muito bem registrado. Ao ser denunciado é apenas um justiçamento de cumpanheros. Pouco importa a sentença final. Os bolchevistas, incluindo Moro possuem como objetivo destruir as empresas e passar todos os valores ao Estado, pouco importando também a soma de doze milhões de desempregados nas ruas... Ainda mais, pra esses desempregados nunca mais acharem emprego e ficarem na fila dos sanduiches de mortadela, fazem de imediato o fecho da aposentadoria, de modo a não se abrirem as vagas por aposentadoria...
Assim, Eliana Calmon quase deu o nome de quem manda nos juízes para que sejam os agentes da podridão (Rot em inglês). A chave? ROTschild? Leiam Os PROTOCOLOS pra entender.

Eliana Calmon, ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, é uma "chef" diletante. Seu livro "Receitas Especiais" está na décima edição. Ela diz que faz seus pratos por instinto, mas não foi o instinto que a levou a jogar um litro de pimenta na festejada colaboração da Odebrecht com a Justiça.

Falando ao repórter Ricardo Boechat, Eliana Calmon disse que "delação da Odebrecht sem pegar o Judiciário não é delação". De fato, no grande vatapá da empreiteira não entrou juiz: "É impossível levar a sério essa delação caso não mencione um magistrado sequer".

Sua incredulidade expõe uma impossibilidade estatística. A Odebrecht lembrou de tudo. Listou o presidente Michel Temer e Lula, nove ministros e ex-ministros, 12 senadores e ex-senadores, quatro governadores e ex-governadores, 24 parlamentares, três servidores, dois vereadores e um empresário, todos ligados ao Executivo e ao Legislativo ou à política. Do Judiciário, nada.

Eliana Calmon, como a Odebrecht, é baiana. Como corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça, ela foi uma ferrabrás. Antes do surgimento da Lava Jato, a ministra prendeu empreiteiros, brigou com colegas e denunciou a rede de filhos de ministros de tribunais superiores que advogam em Brasília.

Aposentou-se, em 2014 concorreu ao Senado pelo PSB da Bahia e foi derrotada. (Durante a campanha, ela e o partido informaram que receberam doações legais da Odebrecht, da Andrade e da OAS.)

Entre 2011 e 2015, a Odebrecht esteve na maior disputa societária em curso no país. Nelas enfrentaram-se as famílias de Norberto Odebrecht, o fundador do grupo, e de Vitor Gradin, seu amigo e sócio, com 21% de participação no grupo.

Quando Norberto e Vitor se associaram, estipularam no acordo de acionistas que, havendo conflitos, eles deveriam ser decididos por arbitragens. No comando da empreiteira, Marcelo Odebrecht decidiu reorganizar a empresa afastando a família Gradin, oferecendo-lhe R$ 1,5 bilhão por sua parte. O sócio achava que ela valia pelo menos o dobro.

Os Gradin foram à Justiça pedindo arbitragem, uma juíza deu-lhes razão, mas sua sentença foi anulada liminarmente por um desembargador baiano. Quando os Gradin arguíram sua suspeição, ele declarou-se vítima de "gratuita ofensa" e declarou-se suspeito "por motivo de foro íntimo".

O litígio se arrastou e em plena Lava Jato, em dezembro de 2015, o STJ deu razão aos Gradin. Em pelo menos um episódio a Odebrecht mobilizou (inutilmente) sua artilharia extrajudicial.

Se nenhum executivo da Odebrecht falou do Judiciário, pode ter sido porque nada lhe perguntaram. Existiriam motivos funcionais para que não fossem feitas perguntas nessa direção.

Vazamentos astuciosos como o de um suposto depoimento envolvendo o ministro José Antonio Toffoli dão a impressão de que, mesmo não havendo referências ruidosas, existe algum arquivo paralelo, sigiloso e intimidatório.

A declaração de Calmon a Boechat apimentou o vatapá. O corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otavio de Noronha, estaria disposto a abrir uma investigação nas contas da campanha da ex-colega (ambos estranharam-se quando conviviam no tribunal).

Essa briga será boa e a vitória será da arquibancada.

Fonte: Elio Gaspari, Folha de São Paulo


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