VIOLAÇÕES DA
LEI DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA PODEM EXPLICAR ENERGIA ESCURA
OBSERVAÇÃO PRÉVIA - MAIS UMA BOBAGEM QUE ARREPIARIA EINSTEIN?
Publicado em
29.01.2017 HypeScience
Físicos
propuseram que violações da lei da conservação de energia no início do
universo, como previsto por certas teorias modificadas da mecânica quântica e
da gravidade quântica, podem explicar o problema da Constante Cosmológica, que
às vezes é chamado de “a pior previsão teórica da história da física”.
Os físicos
Thibaut Josset e Alejandro Perez, da Universidade de Aix-Marseille, na França,
e Daniel Sudarsky, da Universidade Nacional Autônoma do México, publicaram um
artigo sobre a sua proposta em uma recente edição da revista Physical Review Letters.
Qual é o
propósito do universo?
“A principal
realização do trabalho foi a relação inesperada entre duas questões
aparentemente muito distintas, a saber, a expansão acelerada do universo e a
física microscópica”, disse Josset ao site Phys.org. “Isso oferece uma nova
forma de olhar o problema cosmológico constante, que ainda está longe de ser
resolvido”.
Forma de
energia escura
Einstein
propôs originalmente o conceito da constante cosmológica em 1917 para modificar
sua teoria da relatividade geral, a fim de impedir que o universo se
expandisse, já que na época o universo era considerado estático.
Agora que as
observações modernas mostram que o universo está se expandindo a um ritmo
acelerado, a constante cosmológica de hoje pode ser pensada como a forma mais
simples de energia escura, oferecendo uma maneira de explicar as observações
atuais.
Einstein
estava certo: o universo está mesmo expandindo
Entretanto,
há uma grande discrepância – de até 120 ordens de magnitude – entre o grande
valor teórico predito da constante cosmológica e o pequeno valor observado.
Para explicar esse desacordo, algumas pesquisas sugerem que a constante
cosmológica pode ser uma constante inteiramente nova da natureza que deve ser
medida com mais precisão, enquanto outra possibilidade é que o mecanismo
subjacente assumido pela teoria esteja incorreto. O novo estudo cai na segunda
linha de pensamento, sugerindo que os cientistas ainda não compreendem
completamente as causas da constante cosmológica.
A ideia
básica do novo artigo é que as violações da conservação de energia no início do
universo poderiam ter sido tão pequenas que teriam efeitos insignificantes em
escalas locais e permaneceriam inacessíveis a experiências modernas, mas ao
mesmo tempo essas violações poderiam ter contribuído significativamente para o
valor presente da constante cosmológica.
LEI
FUNDAMENTAL DA FÍSICA
Para a maioria das pessoas, a ideia de que a
conservação da energia foi violada vai contra tudo o que aprenderam sobre as
leis mais fundamentais da física. Mas na escala cosmológica, a conservação da
energia não é uma lei tão firme quanto em pequenas escalas. Neste estudo, os
físicos investigaram especificamente duas teorias nas quais surgem naturalmente
violações da conservação de energia.
O primeiro
cenário de violações envolve modificações na teoria quântica que anteriormente
foram propostas para investigar fenômenos como a criação e a evaporação de
buracos negros e que também aparecem em interpretações da mecânica quântica em
que a função de onda sofre colapso espontâneo. Nesses casos, a energia é criada
em uma quantidade que é proporcional à massa do objeto em colapso.
Violações da
conservação de energia também surgem em algumas abordagens da gravidade
quântica em que o espaço-tempo é considerado granular devido ao limite
fundamental de comprimento (o comprimento de Planck, que é da ordem de 10-35m).
Essa distinção no espaço-tempo poderia ter levado a um aumento ou diminuição da
energia que pode ter começado a contribuir para a constante cosmológica começando
quando os fótons se desacoplaram dos elétrons no início do universo, durante o
período conhecido como recombinação.
GRAVIDADE
UNIMODULAR
Como os
pesquisadores explicam, sua proposta se baseia em uma modificação da
relatividade geral chamada gravidade unimodular, proposta pela primeira vez por
Einstein em 1919.
“A energia
dos componentes da matéria pode ser cedida ao campo gravitacional, e essa
‘perda de energia’ se comportará como uma constante cosmológica – não será
diluída pela expansão posterior do universo”, disse Josset. “Portanto, uma
pequena perda ou criação de energia no passado remoto pode ter conseqüências
significativas hoje em grande escala”.
CIENTISTAS
CRIARAM ENERGIA DO NADA?
Seja qual
for a fonte da violação da conservação de energia, o resultado importante é que
a energia que foi criada ou perdida afetou a constante cosmológica com o passar
do tempo, enquanto os efeitos sobre a matéria diminuíram ao longo do tempo
devido à expansão da energia no universo.
Outra
maneira de dizer, como os físicos explicam em seu artigo, é que a constante
cosmológica pode ser pensada como um registro da não conservação de energia
durante a história do universo.
Atualmente
não há maneira de dizer se as violações da conservação de energia investigadas
aqui realmente afetaram a constante cosmológica, mas os físicos planejam
investigar mais a possibilidade no futuro. “Nossa proposta é muito geral e
qualquer violação da conservação de energia deve contribuir para uma constante
cosmológica eficaz”, disse Josset. “Isso poderia permitir estabelecer novas
restrições sobre modelos fenomenológicos além do quântico padrão”, finaliza.
[Phys.org]
COMENTÁRIO
No meu livro de 1958 (Além da Curvatura da Luz) essas teses
todas se resumem em que a Matéria está fixada em nove níveis de Universos onde
cada um é partícula do acima e existe como Limite da PRESSÃO GRAVITACIONAL que
é um supersólido contínuo onde o material quântico não passa de buraquinhos e
aglomerados de buraquinhos no vazio sendo apertados para colapsar. Mas, na
mesma medida em que a matéria quântica zera nos limites da curvatura da luz,
essa vibração está ressurgindo no centro em eterno retorno, no melhor estilo da
duplicidade Yin/Yang.
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