PARAÍSOS
FISCAIS AMEAÇADOS
COMENTÁRIO PRÉVIO – Artigo maldoso querendo que confundam os
países sem impostos com os Municípios oferecendo vantagens a empresas. Se os
federais emputralhados quisessem, o Brasil podia trazer de todos os paraísos
fiscais do Mundo os trilhões que lá se escondem... Leiam com atenção, depois
consultem meus planos neste BLOG.
Com punição
pesada, nova legislação tenta enterrar de vez a guerra fiscal entre os
municípios.
13/01/2017
20:00 Por: Gabriel Baldocchi
Ao ataque:
Monumento à Solidariedade, na entrada de Barueri, considerada um dos paraísos
fiscais.
Numa visita
à linha de produção da Ford, em Camaçari (BA), em 2013, o americano Bill Ford,
herdeiro da montadora, exortou autoridades a trabalharem pelo fim da guerra
fiscal, para permitir ao Brasil aproveitar todo o seu potencial de crescimento.
Inaugurada em 2001, a fábrica é, até hoje, símbolo da ofensiva desmesurada de
governantes na busca por empresas. E Bill não poderia estar mais certo. Pela
adoção de práticas controversas que resultam em concorrência predatória,
Camaçari, na região metropolitana de Salvador, é considerada um dos paraísos
fiscais do País, ao lado de cidades como Barueri e Poá.
O status, porém,
pode estar perto do fim. A lei complementar 157, sancionada em dezembro, prevê
punição severa a quem conceder benefícios e desrespeitar a alíquota mínima do
Imposto sobre Serviços (ISS), o principal tributo na maior parte dos
munícipios. Técnicos que militam pelo fim da guerra fiscal enxergam a nova
regulamentação com esperança, classificando-a até como minirreforma do ISS. Aos
prefeitos, caberá criar novas estratégias para atrair empreendimentos. Ao mesmo
tempo, empresas que buscaram esses destinos terão de arcar com custos maiores.
Em geral, a
concorrência predatória era adotada por cidades próximas de grandes centros. Um
levantamento feito pela Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das
Capitais (Abrasf) identificou ao menos nove prefeituras com esse perfil, no
entorno de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Rio de Janeiro.
Em São Paulo, os casos mais emblemáticos são Barueri e Poá, que já haviam
sofrido derrota no Supremo Tribunal Federal (STF) em processos sobre o tema no
final do ano passado. Cálculos de técnicos da capital paulista estimam uma
perda de R$ 1 bilhão.
Desde 2002, uma
previsão constitucional proibia a adoção de alíquotas de ISS abaixo de 2%. A
nova lei agora tenta fechar, de vez, o cerco a artifícios. “Quando cai essa
maquiagem de menos de 2%, as cidades perdem competitividade”, afirma Rafael
Rodrigues Aguirrezábal, vice-presidente da Associação dos Auditores Fiscais
Tributários do Município de São Paulo. Gestores que não respeitarem a previsão
da alíquota mínima podem ser condenados por improbidade administrativa e ainda
ficam sujeitos a multas proporcionais aos benefícios.
Dados de
arrecadação revelam as distorções. Com uma população de cerca de 265 mil
habitantes e 65 mil km² de área, Barueri tem uma receita de ISS superior a
Porto Alegre e semelhante à de Salvador, que tem quase 3 milhões de habitantes,
distribuídos em 692 mil km². Um corredor corporativo se consolidou às margens
da Rodovia Castelo Branco. O prefeito Rubens Furlan (PSDB) admite que as
políticas de incentivos permitiram atrair milhares de empresas. As alíquotas
atuais de 2%, que já chegaram a 0,5% no passado, hoje poderiam cair a pouco
mais de 1% com os descontos.
Furlan, que
já foi apontado como precursor da guerra fiscal por gestões anteriores, afasta
o rótulo de paraíso fiscal. Ele alega que os benefícios visavam aliviar a
pesada carga tributária às empresas, mas garante que vai cumprir a nova
orientação. “Se sentirmos que vamos perder R$ 50 milhões, vamos ter de cortar
R$ 50 milhões em despesas”, afirma Furlan. Sua preocupação maior é com a regra
da mesma lei que previa a cobrança de ISS no domicílio do tomador de serviços
em operações com cartões, leasing e planos de saúde, mas que foi vetada pelo
presidente Michel Temer. A perda era estimada em R$ 250 milhões para Barueri,
onde ficam a sede de administradoras de cartão como Cielo e Rede.
Na avaliação de
técnicos e prefeitos, além da perda de competitividade por novos
empreendimentos, pode haver migração principalmente de prestadores de serviços
que adotavam pequenas salas ou escritórios virtuais nos paraísos apenas para
benefício da alíquota. Em 2014, por exemplo, a Receita Federal descobriu que
uma mesma casa em Poá era sede para 750 empresas. Empresas de contabilidade que
oferecem a criação de escritórios virtuais já estão alertando os clientes que o
benefício só será válido durante o prazo estipulado para a transição, de um
ano.
Para os
técnicos, porém, o veto de Temer na nova lei deixou uma brecha em aberto para
esses casos, ao impedir que o município do tomador de serviços faça a cobrança
do ISS. Os vetos ainda serão apreciados pelo Congresso e enfrentarão pressão –
para os municípios menores, o mais importante é permitir a cobrança do ISS de
cartões e leasing no domicílio do tomador, o que significaria um ganho de R$ 6
bilhões a prefeituras pelo País. Seja como for, uma nova tentativa de combater
a guerra fiscal contribui para reduzir a insegurança jurídica e melhorar o
ambiente de negócios nacional.
BURRICE HOJE TEM NOME – MÁFIA DO PARTIDO UNIFICADO DOS
TRABALHADORES ENGANADOS (PUTRÊ), que é a maior Máfia em pessoal recrutado (putralhas)
e valores roubados, do mundo.
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