ARTIGO
COLOMBO - Os
inimigos políticos de Cristóvão Colombo morreram em um furacão do qual ele os
advertiu
COMENTÁRIO PRÉVIO – A todo momento ouvimos contar a injustiça
da Espanha com Colombo que abriu o caminho para o maior império já visto, “onde
o sol nunca se punha”. E serve isso de consolo para o não reconhecimento de
méritos até hoje. Santos Dumont? O padre voador? O inventor pernambucano da
máquina de escrever? O bina? Meus sessenta anos de pesquisas? Tesla? Piratas
possuem mais direitos desde antes de Colombo e bem depois, por exemplo com a Austrália
achada pelos portugueses mas o pirata James Cook levou a melhor e se tornou um
nobre com esse brinde à coroa... Histórias lamentáveis de piratarias concluindo
assim: E DEPOIS DE TUDO, COLOMBO MORREU SEM NADA EM UM ASILO.
AGORA leia o
artigo
Depois de
sua terceira viagem pelos mares, Cristóvão Colombo teve uma divergência com a
coroa espanhola, que o aprisionou e substituiu-o como Governador das Índias por
Francisco de Bobadilla. Bobadilla odiava Colombo.
Eventualmente,
Colombo foi libertado e um acordo foi feito no qual Bobadilla enviaria todo o
ouro que Colombo havia roubado no Caribe (e que agora Bobadilla tinha
“reroubado”) de volta para a Espanha. Isso não significava que os inimigos
políticos de Colombo tinham que gostar disso. O sucessor de Bobadilla como
governador, Nicolás de Ovando, designou pessoalmente um navio chamado Aguja
para levar o ouro de Colombo. Por um acaso, este era o navio mais lento e
patético que os espanhóis tinham disponível.
Enquanto
Colombo navegava em sua quarta e última viagem, “descobrindo” novos mundos
(leia-se “esvaziando mundos de tesouros e pessoas”), ele percebeu que um
furacão estava se formando. Assim, seguiu para Santo Domingo para se abrigar e
avisou Ovando e Bobadilla. Ovando não só não deu moral para Colombo, como o
proibiu de se abrigar no porto, forçando sua frota a continuar no caminho.
Colombo
podia ser tão idiota quanto Ovando e Bobadilla no quesito roubar tesouros, mas
o cara certamente era melhor em velejar. No canal de Mona, a frota de Bobadilla
foi pega pela tempestade. 25 navios cheios de ouro e prata afundaram, matando
Bobadilla e mais alguns inimigos de Colombo.
Os três ou
quatro navios mais lentos sobreviveram ao furacão porque ficaram atrás da frota
principal e, portanto, não estavam no canal quando a tempestade atingiu.
Ironicamente, o único navio que conseguiu chegar a Espanha foi o Aguja. O
desastre funcionou tão bem em favor de Colombo que seus inimigos políticos
começaram a acusá-lo de ter convocado o desastre com bruxaria.
COMENTARIO – Mais uma teoria da Conspiração? Na realidade
devemos desconhecer muito a época de Colombo para acreditar numa narrativa de
tantos tesouros em uma terra estranha, com apenas chegar com suas naus e já
poder carregar arrobas de ouro. Teria guardado uma parte do ouro enterrando na
areia de uma ilha, como os piratas? De nada valeu a Colombo a parábola do “ovo
ficar em pé” (eu tive a ideia de ir achar a América) e nem um centavo dos
tesouros lhe foi concedido e morreu num asilo. Hoje assistimos a esse episódio
acontecendo com todos os inventores – empresas e governos escreveram um Código
da propriedade Intelectual de tal modo que o inventor perde direito a royalties
por qualquer coisa... E até simplesmente porque as empresas não pagam e poucos
ganham na justiça. Exemplo típico é a vida de Tesla. São lendas ou é verdade o
que contam sobre seus inventos? Até o famoso Thomas Edson o desafiou a tornar
prática a corrente alternada, prometendo um valor e depois que viu pronto,
disse-lhe que não havia falado a sério... Pois bem – entre “hoje” no site da GE
que Edson fundou e ofereça uma invenção e vai receber em resposta que inscreva
o invento com todos os dados e aguarde no máximo cinco mil USD se for aceito e
reconhecido original... Sabe quando alguém recebeu isso? NUUUUUNCA...
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