sábado, 15 de dezembro de 2018

PARA BOLSONARO, TRUMP, PUTIN, E SUAS EQUIPES E CENTROS DE PODER... ATENÇÃO!

SER IMBECIL É PRECISO – IDEOLOGIZAR NÃO É PRECISO – e coletivizar é IDIOTA ou IMBECIL COLETIVO?
OU A EXATIDÃO DA IMBECILIDADE COEXISTE COM A PRECISA INCERTEZA DAS IDEOLOGIAS.                                                
(Heisenberg estremeceria com a aplicação de seu princípio?)
Navegar é preciso, viver não é preciso
A frase afamada por Fernando Pessoa foi originalmente proferida pelo general romano Pompeu (navegare necesse, vivere non necesse).

João Pereira Coutinho é um dos melhores jornalistas da língua portuguesa. E Olavo de Carvalho é um brilhante intelectual que sofre de algumas vicissitudes psicoideológicas (ou psicopatoideológicas) marcantes. Mas o próprio Coutinho sofre de vicissitudes semelhantes, mas não tem consciência disso. Enfim as forças inconscientes continuam a gerir a conduta humana e os intelectuais, é claro, não estão livres deste gerenciamento primitivo. E neste contexto pós-freudiano pululam as teorias da conspiração em torno de duas zelites:  a globalista e a gramsciana que vai fazer o marxismo do século XIX ressurgir em meio às cinzas da globalização do século XXI.
Imaginar é preciso, viver não é preciso, navegando nas ondas conspiratórias agitadas pelas ideologias.

Mtnos Calil que enviou se diz– Nem conservador nem esquerdista. Conservador não é sinônimo de direitista.
Faz sua observação: Olavo de Carvalho tem espada sarcástica, mas faz marxismo do avesso
Polemista talentoso, autor tem atitude estranha para um genuíno conservador, incompatível com suas melhores páginas - 14.dez.2018 FSP - João Pereira Coutinho
Sou estrangeiro em terra estrangeira. Há vantagens. Uma delas é ler certas figuras do pedaço com a distância física e intelectual correspondente.
Olavo de Carvalho é um caso. Sábio para uns; demônio e charlatão para outros; polemista talentoso para mim, o que não admira: sempre gostei das diatribes de Camilo Castelo Branco, apesar da minha costela assumidamente queirosiana. (Eça).

Observação prévia do BLOG
Divirtam-se agora com essa crônica portuguesa NA ÍNTEGRA:
Considero ponto central da discussão: Segundo ele, (O)lavo de Carvalho) uma “tirania mundial”, um “poder onipresente e invisível” tomou conta dos centros de poder e governos.

O ARTIGO - Minha Folha
COMEÇA COM UMA FOTO - O ideólogo Olavo de Carvalho, 70, na casa de um dos filhos em Petersburg, na Virgínia (EUA); ele está alojado no lugar enquanto espera a reforma na sua nova casa, também na região de Richmond, ficar pronta.
O próprio Olavo de Carvalho, aliás, cita Camilo como uma das suas influências estilísticas. Não precisava.
A espada sarcástica do escritor luso trespassa “O Imbecil Coletivo e O Mínimo que Você Precisa Saber para Não Ser um Idiota” e atinge a sua melhor expressão em peças violentas, porém divertidas, como “Breve História do Machismo” ou “A Era dos Masturbadores” (ambos no “Idiota”).
Um dos lados mais estimáveis do autor está nesses “divertissements” em que o chicote da sátira é brandido sobre o lombo das ideias feitas.
Numa cultura que celebra a Juventude (com maiúscula) de forma histérica, ler algumas páginas sobre a estupidez da espécie —sempre pronta a marchar pelo primeiro ditador que lhe aparece— é uma forma de profilaxia.
Acontece que Olavo de Carvalho não se limita a exercícios satíricos. O autor tem uma tese que, no “Imbecil” e no “Idiota”, domina o fio narrativo.
Segundo ele, uma “tirania mundial”, um “poder onipresente e invisível” tomou conta dos centros de poder —governos, universidades, mídia, etc. com o único propósito de realizar, na prática, o que Antonio Gramsci defendeu na teoria. Uma revolução marxista, nem mais, pelo sequestro das mentes e das almas.
Esse complô sinistro determina a vida das nossas democracias, governadas na sombra por elites venais; mas também se infiltra, como uma metástase diabólica, na educação e nas relações sociais.
Se ontem havia “o protesto feminista”, hoje há “a apologia aberta da pedofilia e do incesto”. Se ontem havia “aulas de grego e latim” nas nossas escolas, hoje “há seminários de sexo anal”.
Um cínico diria que a evolução do grego e do latim para o sexo anal está em perfeita consonância com os hábitos dos clássicos. Mas o caso é sério e Olavo de Carvalho não está disposto a imitar a direita blasé que, para não sujar as mãos com a ralé esquerdista, opta pela “espiral do silêncio” —uma relutância ou desistência de enfrentar o inimigo.
Dizer que essa versão dos fatos não é convincente seria um gigantesco eufemismo. O problema da proposta olaviana está, desde logo, na gritante contradição entre a teoria e a prática: se existe um complô, é caso para perguntar se ele é realmente onipresente e onipotente.
A situação democrática atual, em que as massas derrubam as elites nos quatro cantos do Ocidente, sugere o oposto: a incompetência da “tirania mundial” para conseguir, pelo menos, uma reles manipulação dos resultados eleitorais a seu favor.
De igual forma, se a “ideologia” dominante (no sentido marxista do termo) converge para o mesmo fim —a revolução— podemos dizer que as universidades e a mídia, que obviamente estão à esquerda, não estão suficientemente à esquerda para uma lavagem cerebral eficaz.
Claro que é sempre possível contra argumentar que as reações populares (ou populistas) que pululam por aí são um triunfo inesperado do homem comum sobre os novos Sábios de Sião.
Mas Olavo de Carvalho desautoriza essa esperança. As “reações pontuais e esporádicas” da plebe contra a marcha inexorável da história “já estão previstas no esquema de conjunto e canalizadas de antemão no sentido dos resultados pretendidos pela elite iluminada”.
Pergunta óbvia: será que os brasileiros que festejaram a eleição de Jair Bolsonaro não passam de marionetes dessa elite? Eles pensam que são livres; mas vivem apenas uma ilusão de liberdade porque o resultado do jogo já está determinado desde o início.
Como é óbvio, Olavo de Carvalho mimetiza o exato tipo de historicismo que faria as delícias de um marxista. É uma espécie de marxismo do avesso que se limita a reviver o maniqueísmo original. Basta trocar “burguesia” por “elite globalista e fabiana” e a luta de classes continua.
É esse maniqueísmo que, também em nome da nova luta de classes, permite ao autor olhar para a esquerda brasileira — “toda ela”, convém notar— como “um bando de patifes ambiciosos, amorais, maquiavélicos, mentirosos”.
Marx e os seus herdeiros não diriam melhor sobre toda a classe burguesa, em relação à qual mantinham uma discordância que não era epistemológica; era moral e, consequentemente, mortal.
Nesse quesito, relembro sempre as palavras de Roger Scruton para quem a grande diferença entre um conservador e um esquerdista está no fato do primeiro, ao contrário do segundo, ter como objetivo mostrar que o adversário está errado, não que ele é imoral, desumano ou monstruoso.
Olavo de Carvalho discorda. E garante que, por detrás de um esquerdista, está sempre alguém “mau, perverso, falso, deliberado e maquiavélico”. É uma atitude estranha para um genuíno conservador.
Estranha e incompatível com as melhores páginas do autor. Não falo apenas das sátiras; falo dos artigos eruditos sobre os abismos da ideologia; sobre o papel da consciência, esse “fundo insubornável do ser” na conduta moral dos indivíduos; sem esquecer as homenagens sentidas a Viktor Frankl ou os estudos comparativos sobre a Revolução Gloriosa de 1688 por contraposição à Revolução Francesa de 1789, que subscrevo sem hesitar.
Espero que, em próximas obras, Olavo de Carvalho volte a esses temas. E que abandone de uma vez por todas os últimos resquícios de marxismo no lugar onde eles pertencem: o latão de lixo da história.
João Pereira Coutinho é escritor, doutor em ciência política e colunista da Folha
NOTA: Revolução Gloriosa foi um movimento revolucionário de caráter pacífico, ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1688 e 1689. Foi através desta revolução que ocorreu a troca do absolutismo monárquico pela monarquia parlamentar na Inglaterra.
O COMEÇO - O Mayflower era um navio inglês que transportou os primeiros puritanos ingleses, conhecidos hoje como os peregrinos, de Plymouth, na Inglaterra, para o Novo Mundo em 1620.
INDEPENDENCE DAY – 4.JULHO.1776 – RESULTA DESSAS COLONIAS de emigrados em busca de libertação do poder absoluto dos governos estatizantes.
FEUDAIS infiltrados na Revolução Francesa (1789) que se dizia prosseguir a revolução do American Dream, formaram essa mistura fecálica de direitas e esquerdas, pratinho (fedorento né?) com que se deliciam os trevosos, nebulosamente reconhecidos como “poder onipresente e invisível” acima. NEM OLAVO, NEM CALIL, NEM COUTINHO, NÃO DESCONFIAM DE NADA, NÉ?





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