SITUAÇÃO
DOS POVOS INDÍGENAS BRASILEIROS A CAMINHO DE SEU AUSCHWITZ
Com meu
cometário
Mensagem De: Evaldo Carvalho
<evaldo.g.c@gmail.com>
Data: 8 de Janeiro de 2013 à56 08:16
Assunto: [emdireitabrasil] Msg 0289 - Amazônia - "A marcha da insensatez" - I Parte
Para: A - Grupo Em Direita Brasil <emdireitabrasil@yahoogrupos.com.br>, A - Grupo AMAN 77 <aman77@yahoogrupos.com.br>
COMENTANDO:
Data: 8 de Janeiro de 2013 à56 08:16
Assunto: [emdireitabrasil] Msg 0289 - Amazônia - "A marcha da insensatez" - I Parte
Para: A - Grupo Em Direita Brasil <emdireitabrasil@yahoogrupos.com.br>, A - Grupo AMAN 77 <aman77@yahoogrupos.com.br>
COMENTANDO:
Esse tipo de artigo é bem interessante... Contar, um general, que sabem
de tudo isso nas nossas Forças Armadas, significa algo, né?
Será que alguém quer meter-se aqui em uma "Guerra das
Malvinésias" semelhante à da Argentina, depois que os "Povos da
Floresta", devorados pelo Nazismo Internacional
Banqueiro-Feudal houver instalado sua sede de Senzala em uma Nação
Indígena da América do Sul?...
Na análise do General está faltando o detalhe de Raça Superior que os
Nazismos possuem, além dessa ocupação de seus "espaços vitais"... O
Holocausto que preparam às raças inferiores assim que possam!
Está em tempo de avisar aos indígenas qual é o programa que os
Crocodilianos fazem com seus "guardas da floresta", assim que tomem
posse dos minérios (ouro, diamantes, nióbio, cobre, ferro, etc) - CHURRASQUINHO
DE ÍNDIO... no velho estilo de Auschwitz...
Espero que a estratégia dos indígenas ALERTADOS seja pedir às Forças
Armadas que sempre lhes deram ajuda, DECLARANDO ELES CLARAMENTE QUE SÃO
BRASIL! e que não querem esse trágico fim!
EIS O ARTIGO RECEBIDO
Por General
da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva*
Nos anos
1980, a historiadora Barbara Tuchman publicou o livro A Marcha da Insensatez –
de Troia ao Vietnam, um best-seller mundial. Ela usou eventos históricos para
mostrar como governantes criam condições objetivas para futuros desastres
quando decidem movidos por ambições políticas e vaidades, sem compromisso com
os anseios e necessidades de seus povos e nações.
Insensatez
qualifica a política impatriótica dos últimos governos brasileiros, na
Amazônia, mesmo cientes da secular cobiça de potências estrangeiras,
manifestada em sucessivas tentativas de suprimir ou limitar a nossa soberania
na região. Em 1817, Mathew Fawry, oficial da Marinha dos EUA, propôs a
separação da Amazônia do Brasil e, em 1904, a Questão do Pirara resultou na
perda de 19.600 Km2 do território nacional para a Guiana Inglesa, então colônia
britânica. São apenas dois de muitos
exemplos dessa cobiça.
A partir dos
anos 1990 com a queda da URSS, os aliados da OTAN não tinham mais ameaça
militar a seus territórios, ganhando liberdade de ação para se projetar em
âmbito global. Cunharam então o conceito de novas ameaças, na verdade meros
pretextos para justificar a expansão e impor globalmente seus interesses.Aí se
insere a questão indígena. Líderes mundiais propuseram publicamente a ingerência
internacional no aproveitamento das riquezas dos espaços pouco explorados de
outras nações, tendo estadistas como Mitterand (1989), John Major (1992) e
Gorbachev (1992) citado nominalmente a Amazônia. Hoje, as potências
estrangeiras são mais sutis, usando ONGs, grupos privados e organismos
internacionais como a OEA e a ONU na vanguarda, para pressionar pela autonomia
das terras indígenas (TIs) brasileiras e impedir projetos nacionais de
desenvolvimento na região. Querem preservar hoje para explorar amanhã, impondo
acesso privilegiado aos recursos amazônicos à revelia dos interesses e direitos
brasileiros.
Essa marcha
da insensatez começou com a demarcação da TI Ianomâmi (1991) e prosseguiu com
as do Alto Rio Negro (1998), Vale do Javari (2001), Tumucumaque (2002), Raposa
Serra do Sol (2005) e Trombetas-Mapuera (2008) que cobriram, perigosamente, a
fronteira ao norte e a sudoeste do rio Amazonas. Todas nos governos Collor, FHC
e Lula. Em todo o Brasil, 608 TIs já ocupam 13% do território nacional, área
igual às do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de
Janeiro, Espírito Santo e sul de Minas Gerais somadas. Tudo para apenas 600 mil
indígenas, separados dos 200 milhões de irmãos brasileiros pela política
segregacionista de governos também complacentes com a campanha
desnacionalizadora e separatista de ONGs estrangeiras em TIs, temerosos de
reações internacionais.
A marcha
avançou em 2007 quando o governo votou pela Declaração dos Direitos dos Povos
Indígenas na ONU, aceitando que eles tenham autogoverno, autodeterminação,
instituições políticas e sistemas jurídicos próprios, constituam nações
indígenas e vetem atividades militares e medidas de governo nas TIs. É
autonomia superior à dos estados da Federação e, com 608 TIs, como ficará a governabilidade
do País? O artigo 42 da Declaração prevê intervenção internacional para obrigar
o seu cumprimento, agredindo soberanias e tornando inócuo o artigo 46 e suas
fantasiosas garantias de integridade territorial e unidade política dos
Estados. Estas se tornaram ilusórias para o Brasil após limitar a própria
soberania reconhecendo, em seu interior, 608 nações indígenas,estrangeiras para
a comunidade global que não reconhece o índio como brasileiro. Os indígenas já
podem exigir o cumprimento da Declaração. Se não forem atendidos e se
revoltarem, havendo repressão do governo, solicitariam a intervenção da ONU com
base em Resolução de 2005 – "Responsabilidade de Proteger". Povo,
território, nação e instituições políticas praticamente formam um estado-nação.
A marcha foi
reforçada, mais uma vez pelo governo, ao lançar o Programa Nacional de Direitos
Humanos (2009), onde preconiza tornar constitucionais os instrumentos
internacionais de direitos humanos não ratificados pelo Congresso Nacional. Se
isso acontecer, caem as 18 ressalvas constantes na decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) sobre a demarcação da TI Raposa Serra do Sol, que resguardam a
soberania nacional em todas as TIs. A Portaria nº 303/2012 da AGU, que
regulamentaria essas ressalvas, foi suspensa pelo ministro da Justiça após as
pressões de praxe. Uma decisão da mais alta Corte do País contestada com êxito
por ONGs estrangeiras e movimentos internos. Um absurdo!
O senador
roraimense Mozarildo Cavalcanti (Diário do Senado Federal, 23-09-2005, p. 31758)
condenou a demarcação da TI Raposa Serra do Sol em terras contínuas e
evidenciou a pressão internacional, reconhecida pelo então Presidente da
República. Disse o senador: "O Presidente Lula, na última audiência em que
tive com Sua Excelência, o Senador Augusto Botelho presente, o Governador do
Estado, os deputados (---) perguntou: quantos eleitores têm em Roraima? (---)
Sua Excelência balançou a cabeça e disse que estava sendo pressionado pela USP,
pela OEA, pelas ONGs europeias". A propósito, o Príncipe Charles, criador
da ONG Prince's Rainforests Project, que promoveu diversos encontros na Europa
com lideranças indígenas e políticos brasileiros, defendendo aquela demarcação
em terras contínuas, foi recebido pelo Presidente de República às vésperas da
reunião decisória do STF sobre o tema em março de 2009. Coincidência ou
pressão?
A soberania
na Amazônia já é limitada, de fato, coroando a marcha da insensatez empreendida
por lideranças que colocaram projetos pessoais e vaidades acima do interesse
nacional ou, com espírito mercantilista, negociaram soberania pensando gerar
retorno econômico-financeiro ao País como se dignidade nacional fosse
mercadoria de troca. A Nação, omissa, também é responsável.
*Professor
emérito e ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
Mais dados paralelos se encontram em meu BLOG
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