10 de Abril de
2018 - Por Camila P. Cunha
EU PEÇO A
ATENÇÃO DA EQUIPE TRUMP
COMENTARIO
INICIAL – Essas chantagens jornalísticas em conluio com falsos cientistas leva
trilhões de dólares para mamatas de Máfias, retiradas dos povos com um programa
pago pelos Escravocratas medievais dos Bancos. É dinheiro que aumenta a miséria
e imobiliza Ativos nos cofres escondidos. E fica faltando em pesquisas
importantes como a que fiz em 60 anos para trazer AO USO a Força da Gravidade,
aparentemente “muito fraca”, MAS QUE MOVE TUDO. E como eu já concluí a
pesquisa, todos eles se unem para impedir que seja financiado. É que isto
libertaria a todos de modo ecológico, econômico, e socialmente muito lucrativo,
e os mercadores da dúvida se atravessam para impedir que seja posto em uso. É TÃO
ABSURDO QUE COLOCAM DÚVIDA SOBRE FATOS!!! E O QUE APRESENTO RESOLVE TODOS ESSES
CASOS CONTROVERSOS – ENERGIAS, POLUIÇÃO, A GLACIAÇÃO QUE VEM AÍ, AS ONDAS DE
CALOR, ARMAMENTOS, DROGAS, OZÔNIO, PESQUISA ESPACIAL, LONGEVIDADE, SEGURANÇA,
RENDAS PARA TODOS E O QUE MAIS EXPLORAM PARA EXTORQUIR FUNDOS PÚBLICOS.
O livro
Merchants of doubt: how a handful of scientists obscured the truth on issues
from tobacco smoke to global warming descortina as táticas de poucos e
renomados cientistas, que emprestaram fama para, com apoio de empresários,
lobistas e políticos, semear dúvidas e postergar ou evitar medidas regulatórias
que impactariam a qualidade de vida. Os cientistas, nesta história, são
salvação e vilão; uma leitura obrigatória para pesquisadores, divulgadores de
ciência e espectadores pegos no fogo cruzado.
Os historiadores
da ciência Naomi Oreskes e Erik Conway, autores do livro Merchants of doubt
(Mercadores da dúvida) revelam como cientistas influentes foram capazes de
voltar-se contra a ciência e suas evidências para desinformar formadores de
opinião e o público em geral. Os temas controversos
versavam sobre fumo ativo e passivo, armamento nuclear, chuva ácida, buraco na
camada de ozônio e aquecimento global.
Para cada
tópico, um capítulo elaborado por Oreskes (Universidade da Califórnia e do
Instituto Scripps de Oceanografia) e Conway (Instituto de Tecnologia da
Califórnia) desnovela histórias reais de conspiração e manipulação das massas.
O fio da meada é traçado na coincidente e reiterada aparição de poucos
personagens: cientistas respeitados que emprestaram sua reputação para
arquitetar um verdadeiro “mercado da dúvida”, moldado no fundamentalismo de
livre mercado (total aversão a regulação governamental) e interesses políticos e econômicos obscuros. Entre eles
estão os físicos Frederick Seitz Robert Jastrow, William Nierenberg e Fred
Singer.
Camuflados em
think tanks – organizações para análise e consultoria em pesquisas para fomento
de políticas públicas (como o Instituto George C. Marshall) – e apoiados por grupos de empresários, lobistas e políticos,
esses mal-intencionados cientistas ganharam espaço na mídia, disseminando
dúvidas e inventando debates para temas já consolidados. Programas de
financiamento de pesquisa de empresas com somas inimagináveis, até mesmo
nos dias atuais, também foram usados para estimular pesquisas que corroborassem
dúvidas, incertezas e o ceticismo, promovendo uma luta velada da ciência contra
a ciência.
Um memorando de
Frank Luntz, consultor do Partido Republicano, exemplifica bem as práticas
usadas, testadas à exaustão e otimizadas inicialmente pela indústria do tabaco:
não há provas (a ciência é incerta) nem consenso entre cientistas; se está
ocorrendo, não é devido à ação do homem (a variação é natural); se é ação
humana, então as mudanças não são necessariamente ruins ou nós poderemos nos
adaptar (seja via seleção natural ou inovação tecnológica); e mudanças no
status quo de empresas e do consumo podem gerar perda de empregos e abalar a
economia. E, se a argumentação não funcionar, parte-se para o ataque pessoal.
De um lado, a
apatia dos cientistas na fronteira do conhecimento em comunicar ciência em
linguagem comum e se unir em uníssono para combater de forma sistemática o
pequeno grupo de cientistas com poder e influência. De outro lado, a mídia
encurralada na busca do contraditório frente à doutrina da imparcialidade (the
fairness doctrine) e seus jornalistas, que esqueceram
de checar os fatos: quem são as pessoas e quais instituições estão
detrás das afirmações? O espaço aberto fez das táticas descritas acima
bem-sucedidas por mais de meia década, prevenindo ou atrasando (até os dias
atuais) a regulamentação de uma indústria pouco interessada na qualidade do
meio ambiente e na saúde da população.
Os efeitos
nefastos dessas práticas de manipulação ainda estão presentes. Para ilustrar, a
enquete realizada pela empresa norte-americana Gallup em 2017 mostra que o
público americano está mais consciente sobre o aquecimento global, pelo menos
62% das pessoas acreditam que seus efeitos já estão ocorrendo. Os números da
enquete, apesar de altos, não são bons, dadas as dimensões dos fatos: o debate
sobre o aquecimento global começou no final da década de 1850, atingindo status
de consenso pela comunidade científica a partir de 1995 com a publicação do
relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), um
esforço conjunto de cientistas do mundo todo. As evidências profusas e
cristalinas de que o aumento da temperatura média do
planeta está ocorrendo e é resultado de maiores concentrações de dióxido
de carbono e outros gases do efeito estufa, consequência das atividades
humanas, parece estar longe ainda do grande público.
O livro
Merchants of doubt não só se fia na trama investigativa, com uma riqueza de
dados impressionante, mas é um guia do estado da arte das pesquisas que
correlacionam o fumo e o câncer de pulmão, as armas nucleares e o inverno
nuclear, a camada de ozônio e o efeito destrutivo dos clorofluorcarbonetos
(CFC), o aquecimento global e os gases do efeito estufa. Uma excelente
referência do histórico das pesquisas científicas que culminaram no que sabemos
hoje, bem como dos principais nomes da ciência, que mudaram paradigmas. Sair da
inércia e implementar ações que gerem mudanças reais, que beneficiem as futuras
gerações, aumentando a eficiência das tecnologias atuais e estimulando
inovações, passam inexoravelmente pela conscientização, o livro confirma
“conhecimento é poder”.O livro deu também origem a um documentário, dirigido
por Robert Kenner (2014).
Merchants of doubt: how a handful of scientists
obscured the truth on issues from tobacco smoke to global warming
Naomi Oreskes e Erik Conway
Bloomsbury Publishing
Estados Unidos,
2011
Camila P. Cunha
é engenheira agrônoma (Esalq/Usp) e doutora em genética e biologia molecular
(Unicamp). Atualmente é pós-doutoranda no Centro Nacional de Pesquisa em
Energia e Materiais (CNPEM).
NO
CASO DA Gravidade que é a única força que fornece todas as energias e
movimentos, consideram que é “fraca” porque nós estamos flutuando dentro dessa
massa e por ela somos impregnados:
Vejam este
artigo onde dizem: “A gravidade é a mais conhecida
delas, e também a mais fraca” e “longe de ser tão leve quanto a gravidade, a
interação nuclear”, TAL É A CONFUSÃO QUE CRIARAM NA CABEÇA DO PÚBLICO...
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