quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cristovam Buarque aponta 'apagão intelectual' na educação


APOIAMOS O PRONUNCIAMENTO DO SENADOR CRISTÓVAM BUARQUE
E COMENTAMOS:
Quem se lembra do programa "Bolsa Escola"?
Hoje é bolsa esmola, né?
Mudaram o nome para Bolsa Família... Só se for com intenção de acabar com as famílias.
Quem se lembra do projeto de Imposto Único sobre Transações? (IUT). Depois do debate de 1993 na FAAP... Nunca mais se atreveram a apresentá-lo...
Mas... Fizeram dele a famigerada CPMF. Ao extinguí-la, A ARRECADAÇÃO CRESCEU!
Quantas vezes apresentei o Projeto Imposto Unificado (Zero)?... Sempre fiz proposta de emissão de guia ex-offício... Era Para regulamentar o artigo 141, parágrafo 1 da Constituição de 1988.  ESSE ARTIGO Foi proposta do nosso GEA, em longo estudo para as Reformas de Base. Distribuí o livro "Constituição e Reformas de Base" a todos os constituintes durante os debates.
Em conseqüência criaram o Computador (sistema Harpia) arremedando nossa proposta para emitir guia cruzada ex-officio... Fizeram isso com a intenção de extorquir mais ainda dos pobres, sem nenhum cálculo de suas conseqüências. 
NOSSO SENADOR CRISTÓVÃO BUARQUE PODERIA APOIAR-SE NESTE PROJETO DE IMPOSTO ZERO, COM NOSSA ATUALIZAÇÃO COMO RENÚNCIA FISCAL
E ASSIM ABRIRÍAMOS SUFICIENTES VERBAS PARA UM PROJETO EDUCACIONAL COMPLETO.
AGUARDO QUE ALGUÉM NOS PROCURE.

A Notícia
 Friday, August 24, 2012 6:46 AM

Subject: Cristovam Buarque aponta 'apagão intelectual' na educação (vergonha Nacional) 

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou nesta quinta-feira (16) que a presidente Dilma Rousseff não tenha convocado "todas as forças nacionais" para debater a crise na "infraestrutura intelectual" e a educação brasileira, que ele classificou de "depredada, podre, reprovada e falida para as exigências dos tempos atuais". "O Brasil vive um apagão intelectual", disse Cristovam, em pronunciamento no plenário.
Ele se referiu ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado pelo governo na última terça-feira (14). O índice atribuiu as notas 3,8 e 3,9 às escolas públicas, em relação ao ensino médio e fundamental, e média 6 às escolas particulares.
"Abaixo de quatro, isso se chama reprovação. Abaixo de cinco já é reprovação, e as próprias escolas particulares têm média seis, que é uma nota medíocre, sofrível, permite passar, mas passa ali, arrastando. Não se constrói um grande profissional com média seis. Não se constrói um país com media seis nas escolas particulares, que são consideradas as melhores", afirmou.
Cristovam observou que a "tragédia' na educação repete-se há muitos anos, tanto quando se divulga o Ideb quanto o 88º lugar que o Brasil ocupa no ranking da educação da Organização das Nações Unidas (ONU), além do resultado do exame Pisa, que avalia a educação em 56 países "e o Brasil é o penúltimo e não se convoca o Conselho da República", lamentou.
O senador pelo Distrito Federal disse ainda que "o pior" foi ele ter visto, "chocado", o resultado do Ideb ter sido apresentado pelo Ministério da Educação como uma "grande vitória". "A tragédia não é culpa dele [o ministro da Educação, Aloizio Mercadante], que tem menos tempo no ministério do que eu fiquei. [Mas] ele não ajuda a educação ao comemorar com euforia um resultado trágico. O Brasil não pode se transformar em grande economia tirando nota seis, na escola particular, e média 3,8 nas escolas de pobres", afirmou.
Para Cristovam, é preocupante ver que o governo "comemorou a tragédia, comemorou a vergonha, em vez de assumir perante a opinião pública que em cinco séculos não se conseguiu resolver os problemas e construir uma economia baseada em mão de obra qualificada, não se conseguiu fazer a educação igual para todos, única forma possível de acabar com o atraso no País".
"Avançamos ficando para trás. Coreia do Sul, Índia, China e Irlanda, que há trinta anos estavam em situação pior que o Brasil, hoje estão melhor, pois fizeram o dever de casa. O nosso dever de casa é fazer com que as 300 melhores escolas do Ideb sejam transformadas em duzentas mil", afirmou.
Cristovam também defendeu a federalização da educação e disse que "deixar a responsabilidade da educação sob os ombros das prefeituras municipais, que são desiguais, é manter a desigualdade, e a igualdade só viria com a União assumindo a responsabilidade".
O senador também cobrou a criação de uma carreira nacional do magistério público, "pagando muito bem, identificando vocações, quebrando a idéia de estabilidade plena", e oferecendo escola de qualidade para ali os professores exercerem suas aptidões. "Isso é possível, absolutamente necessário, extremamente urgente de ser iniciado, mesmo que [o resultado] leve 20 anos", afirmou.
Cristovam disse ainda que o que faz uma economia é a capacidade de inovar e de oferecer novos bens e serviços ao mercado, e esses só virão se o Brasil tiver alta base educacional, incorporada ao setor privado. "Ninguém vai construir uma economia com ótimas estradas, portos, ferrovias e aeroportos se não tiver uma boa educação. Todas essas obras são necessárias, mas serão poucas diante das exigências crescentes de ciência e tecnologia na economia", afirmou.
Tecnologia - A paralisia do ensino médio deve ser enfrentada por meio de investimentos que tornem a escola mais atraente para os jovens. A recomendação é do vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), senador Paulo Bauer (PSDB-SC). Ele defende a destinação de recursos federais para a construção nas escolas de laboratórios de informática e robótica.
"Na hora de elaborar o Orçamento da União, devemos procurar estabelecer vinculações, no orçamento do Ministério da Educação, para essa finalidade", sugeriu Bauer.
"O ensino não pode mais ser feito só na base de giz e saliva. Se contarmos com professores habilitados e alunos dispostos a aprender, só ficam faltando as ferramentas. Precisamos ter equipamentos e motivação", recomendou.
(Agência Senado)

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