terça-feira, 17 de novembro de 2015

GENERAL HELENO DEFENDE PALAVRAS DO GENERAL MOURÃO


ARTIGO DO GENERAL AUGUSTO HELENO

 16/11/2015 02h00

Jornalistas odeiam censura e cerceamento à liberdade de expressão, mas alguns se assustam quando chefes militares da ativa fazem colocações verdadeiras e oportunas sobre a conjuntura nacional.

Vale recordar que os profissionais das três Forças se dedicam, durante a carreira, ao estudo de problemas brasileiros e à avaliação da conjuntura internacional.

Além da Universidade Militar (quatro anos), cursam, como capitães, a Escola de Aperfeiçoamento (um ano); depois, mediante concurso, já oficiais superiores, a Escola de Comando e Estado Maior (dois anos); e, por último, durante um ano, um pós-doutorado, na área de política e estratégia.

Saem da teoria e vivem os problemas "in loco". Residem, invariavelmente, nos lugares mais inóspitos do território nacional, particularmente na Amazônia, onde, quase sempre, só os "milicos" se fazem presentes. Conhecem o país como poucos. Pagam impostos e são obrigados a votar.

Importante notar que a incapacidade de boa parte dos governantes lhes custa caro. Por conta disso, distribuem água no Nordeste; constroem e reparam estradas e pontes; ocupam comunidades para reprimir o crime; monitoram, sozinhos, boa parte das imensas fronteiras; retomam invasões ilegais; cuidam de inúmeras comunidades indígenas abandonadas; cobrem deficiências do sistema de saúde; gerenciam catástrofes; combatem a dengue, entre outros.

Ou seja, os militares cumprem qualquer missão, além de suas tarefas constitucionais. Ainda assim, são mal remunerados e dispõem de orçamento destroçado. Por motivos óbvios, não podem se organizar em sindicatos, nem fazer greves.

Os chefes militares exigem de seus comandados dedicação integral, até em fins de semana e feriados, sem qualquer remuneração extra. Devem, portanto, mantê-los inteirados da situação.

O general de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão construiu sua carreira pautado pela lealdade, retidão e respeito aos subordinados. Soldado exemplar, líder inconteste, nunca se permitiu mentir, blefar, caluniar ou se omitir.

Desafio que apontem qualquer inverdade nas palavras que Mourão dirigiu a outros militares, em atividade interna. Um dos slides de sua palestra informava que "a maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões que levam os eleitores a achar que aquelas são as reais necessidades da sociedade".

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, julgou que esses são assuntos institucionais que cabiam a ele, comandante, abordar. Pediu a transferência de Mourão do Comando Militar do Sul para outra função, na secretaria de Finanças, igualmente nobre, compatível com o posto que ocupa. Assunto encerrado. Princípios de hierarquia e disciplina. Simples assim.

Fica a dica: autoridades civis, que conduzem os destinos do Brasil (aquelas que enfiarem a carapuça), se querem evitar esse tipo de desconforto, comportem-se com um mínimo de dignidade, competência e probidade, evitando tantas mentiras, escândalos e roubalheiras. Não dá para engolir tudo.

Esquerdopatas, fiquem calmos. São outros tempos. As Forças Armadas seguirão apolíticas e apartidárias, mas, pelo que levam na alma, jamais serão bolivarianas.

Os castrenses não pensam em tomar o poder, nem pretendem violar as instituições do regime democrático em que vivemos, ainda que pleno de imperfeições.

No entanto, não somos robôs descerebrados e insensíveis. Guardamos, tanto quanto vocês, o direito e o dever de espernear contra tantos desmandos e falcatruas.

Brasil, acima de tudo!

AUGUSTO HELENO PEREIRA, 68, general da reserva do Exército, é Diretor de Comunicação e Educação Corporativa do COB - Comitê Olímpico do Brasil. Foi comandante da Missão das Nações Unidas no Haiti (2004 e 2005)

COMENTARIO DO BLOG

SOU CONTRÁRIO A TODO TIPO E MILITARISMO.

ENTENDO MILITARISMO COMO UMA FILOSOFIA QUE DEFENDE QUE OS MILITARES POSSAM RECRUTAR OS CIDADÃOS DO PAÍS PARA UM PROJETO DE PODER DAS FFAA.

É QUE AS FORÇAS ARMADAS SÃO A DEFESA DA PÁTRIA, DA CIDADANIA, DAS INSTITUIÇÕES. SÃO UMA INSTITUIÇÃO E NÃO PODEM ARVORAR-SE DONOS DA NAÇÃO.

NAS MÃOS DELES ESTÃO AS ARMAS E A ARTE DA GUERRA.

PORÉM, QUANDO UMA QUADRILHA COM “MILITARISMO CIVIL MAFIOSO”, DESEJANDO PERPETUAR SUA ESCRAVIDÃO SOBRE O POVO, SE APODERA DAS INSTITUIÇÕES E ESCRAVIZA A TODOS COMO ESTÁ ACONTECENDO NO BRASIL DE HOJE, É DEVER DAS FORÇAS ARMADAS USAR AS ARMAS PARA RESTAURAR A ORDEM E EXERCER TODAS AS FUNÇÕES QUE FOREM NECESSÁRIAS, PARA CONSERTAR A MORAL, A EDUCAÇÃO, AS FINANÇAS, MAS NUNCA PODERÃO GOVERNAR SEM A PARTICIPAÇÃO DE  MAIS CIDADÃOS E ESPECIALISTAS CIVIS.

NESTE BLOG PODEM LER ARTIGOS COM NOSSAS PROPOSTAS SOBRE COMO USAR CORRETAMENTE UMA AJUDA MILITAR PARA MANTER A DEMOCRACIA.

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