quarta-feira, 25 de novembro de 2015

MILITARES. PERIGO PRA QUEM?

O PERIGO ESTÁ PRÓXIMO.
Putralhas, esperem o momento em que FFAA disserem “ALEA IACTA EST”.

Amigos;
O artigo abaixo é de autoria de um dos mais brilhantes colegas, na Escola Superior de Guerra - ESG, o Coronel do Exército, na Reserva remunerada, Marco Antonio Santos.
É uma autoridade em Inteligência Estratégica, campo em que tem prestado consultoria a diversas agências estatais e empresas privadas.
Foi publicado hoje, 30/03/2015,no jornal eletrônico Top Midia News de Campo Grande - M.S. Vale à pena ler e divulgar.


Publicação: 30/03/2015 16:21:00
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O perigo sempre está próximo, e temos gente para a nossa defesa!
Eles apenas querem cumprir sua missão. E vão cumpri-la
Por Marco Antônio dos Santos *
Você quase não os vê porque são poucos, para um Brasil tão grande, mas eles existem.
Aliás, insistem em fazê-lo.
Aceitam morar na Amazônia e em outros lugares inóspitos e insalubres. Insistem em continuar cumprindo com suas atribuições constitucionais apesar de anos a fio de orçamentos gradativamente depauperados e muita perseguição motivada por revanchismos.
Seus detratores chegaram até a constituir uma comissão de mentiras para tentar denegrir-lhes a imagem.
Como se isso fosse possível!
Eles fazem parte da História nacional e esta não pode ser mudada por comissões partidárias.
Eles fazem questão de constituir famílias (são ousados) e de tentar sustentá-las com os minguados salários.
Substituem as forças de segurança em greve ou quando incapazes de cumprir suas missões constitucionais em áreas dominadas pelo crime organizado, cujos integrantes recebem, muitas vezes, vencimentos superiores aos seus (e ainda se julgam com direito de majorá-los), só porque acreditam ser essa sua missão diante da Nação que lhes paga mal e alimenta parcialmente.
Constantemente têm atirados ao rosto questionamentos a respeito de sua utilidade e procuram justificá-la perante os ignorantes, revanchistas e derrotados no campo da luta ideológica e que se vingam lançando sobre eles acusações difusas nas quais espelham, em realidade, o medo que a sociedade os chame de volta, como sempre o fizeram no passado histórico e estão fazendo neste momento.
Talvez parte da sociedade imagine que é para isso que servem. Servem muito mais porque garantem o direito de todos pensarem como quiserem ou como imaginam que seja.
Aliás, a Nação tem o estranho hábito de recorrer a eles nos momentos de perigo.
Por que eles agem assim?
Porque acreditam em valores e têm princípios que a formação da nacionalidade legou a eles. Valores e princípios que deveriam ser patrimônio de toda a sociedade, mas, infelizmente, não são.
Além disso, a hierarquia lhes impõe o respeito à autoridade constituída. A disciplina lhes ensina a cumprir a missão em obsequioso silêncio. O silêncio não deve ser confundido com alienação, entretanto.
Alguns, como agora, acreditam que são ameaça à democracia. Mas eles sabem que nenhuma ditadura lhes serve. Professam o império da lei, inclusive quando esta exige sua intervenção e seu sacrifício.
Perigo haverá quando deixarem de acreditar nos valores, perderem os princípios (como muitos segmentos da sociedade já o fizeram), a hierarquia for quebrada, a disciplina não mais justificar o silêncio e não puderem cumprir a missão que a Nação lhes atribui, por terem exaurido suas forças.
Agora, a elite conjuntural governante tem um grande problema.
A sociedade a está colocando diante de uma verdadeira comissão da verdade.
Depois de tanto ataca-los, como pedir a eles que se mantenham quietos diante de descalabro moral que assola a Nação ou mantenham a ordem se esta for gravemente quebrada?
Eles já deveriam ter desaparecido.
Tentaram até criar forças não constitucionais para substituí-los.
Outros os ameaçam, e à sociedade como um todo, com milícias de desordeiros que aterrorizam o campo e as cidades, subsidiados com polpudas verbas públicas e explícito apoio à quebra da lei.
Mas eles insistem em lá estar, em seus austeros aposentos e casas e em ter os maiores índices de aprovação popular em pesquisas de opinião comparativas em relação a outros segmentos da chamada sociedade organizada.
Agora, em realidade, é preciso tirar-lhes os brios e os méritos. Humilhá-los ainda mais, quebrar-lhes o ânimo.
Quem sabe, assim, desistam de existir?
Mas parece que eles têm uma infinidade de vidas. São piores que a fábula das sete vidas dos gatos.
Quando morrem, apenas se reagrupam na eternidade.
Eles acreditam na Justiça e no ciclo da História.
Talvez tenham aprendido a lição e não deixem que novas tentativas de subverter a Nação se repitam.
Um de seus antigos chefes advertiu para a cólera das legiões. Referia-se aos romanos que tentaram mantê-los além do Rubicão e que não passassem das cercanias da capital.
Eles são os militares!
Apenas querem cumprir sua missão. E vão cumpri-la.
Os políticos ainda não perceberam que o risco é infinitamente menor quando eles estão equipados com as melhores armas e ideias que a Nação puder lhes dar, conforme, sabiamente, profetizou o General Douglas MacArthur.
Eles são preparados para sobreviver na adversidade. Alimentam-se da fé em suas crenças. Não pedem muito, apenas o mínimo: respeito, sem humilhações.
O perigo realmente existirá, quando os militares acreditarem que estão por si sós.


(*) Marco Antonio dos Santos é professor e empresário

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