quinta-feira, 8 de maio de 2008

O PRINCIPE- Maquiavel

O PRINCIPE

Autor – Nicolau Maquiavel

 

Palavras prévias - Chamamos de “maquiavelismo” a estes “Conselhos ao Magnífico Lourenço de Médicis” escritos entre 1512 e 1517 em forma de carta.

Já faz bastante tempo que identifico este livro como uma das perversões do livro de SUN BIN, “Arte da Guerra” escrito na China na época dos Reis Guerreiros, ao redor de 300 AC. Teria vindo de lá com Marco Pólo para a Itália. Depois de Maquiavel, Montesquieu usou esses conselhos para aprovar os Reis Sol. Um nobre da Corte da França de nome July escreveu a ficção “Diálogos de Mefisto” imaginando Maquiavel e Montesquieu no Inferno planejando com o Rei das Trevas a vinda de um Grande Ditador. Esses Planos foram reescritos pelo general Kolchak na resistência russa aos bolchevistas acusando-os desse Projeto Diabólico. Pouco depois Hitler copiou esse Diálogo atribuindo o Projeto aos Judeus (Protocolos dos Sábios de Sião) para fazer a perseguição.

 

O livro de Maquiavel contém 26 capítulos:

I - De quantas espécies são os principados e de que modo se adquirem (hereditários, novos ou mistos).

II - Os principados hereditários (são fáceis de conservar e recuperar porque seu povo já está acostumado com a família).

III - Dos principados mistos (Estes exigem habilidade e força, o que ele chama de “virtu”).

IV - Por que motivo o reino de Dario que foi ocupado por Alexandre não se rebelou contra os sucessores do macedônio após a morte dele (Explica o “conselheiro” que eram povos difíceis de conquistar, mas fáceis de conservar e por isso mais tarde os romanos aproveitaram esse conhecimento e os dominaram).

V - Como se devem governar as cidades ou principados que antes de serem ocupados se regiam por leis próprias (O Príncipe ou os destrói, ou lhes deixa as leis, ou estabelece poucos governantes fiéis. Os conselhos são evidentes de aproveitar ao máximo o que puder).

VI - Dos principados novos que se conquistam com as próprias armas e valor (confiar em sua força e pouco na sorte).

VII - Os que se conquistam com a fortuna de outrem (Aconselha recorrer à astúcia para que esse outrem não venha a derrubá-lo).

VIII - Dos que chegaram ao principado por meio de crime (O príncipe carecerá de estar sempre de espada em punho).

IX - Do principado civil (Com meias palavras ensina a fazer ditaduras: nas repúblicas pode resultar de astúcia afortunada).

X - Como se devem medir as forças de todos os principados (se tem recursos, deve pagar uma boa tropa, mas se não tem suficientes recursos deve fortificar sua cidade e abandonar os campos).

XI - Dos principados eclesiásticos (as antigas instituições religiosas lhes garantem o poder, seja qual for seu comportamento).

XII - Dos soldados mercenários e das espécies de milícias (próprias, mercenárias, auxiliares ou mistas; há boas leis onde há bons exércitos; só com exércitos próprios há sucesso).

XIII - Das tropas auxiliares mistas e próprias (tropas auxiliares são perigosas se perdem e se ganham também).

XIV - Dos deveres de um príncipe no tocante à milícia (um príncipe não pode cultivar outra arte a não ser a da guerra e na paz acumular cabedais para quando vier o infortúnio estar bem armado).

XV - Das coisas pelas quais os homens e mormente os príncipes são louvados ou censurados (num mundo de perversos, seguir a bondade leva à perdição; o príncipe tem que aprender a não ser bom em caso de necessidade).

XVI - Da prodigalidade e da parcimônia (passar por liberal sem o ser, será odioso ao sobrecarregar de impostos; é melhor passar por avarento mesmo esbanjando).

XVII - Da crueldade e da clemência e sobre se é melhor ser amado ou ser temido (um príncipe não se deve afligir por ter fama de sanguinário e deve ser amado e temido ao mesmo tempo).

XVIII - De que maneira os príncipes devem cumprir as suas promessas (mesmo não cumprindo as promessas triunfa a astúcia para iludir aos outros).

XIX - Como se deve evitar o desprezo e o ódio (agradar ao povo e não desesperar os grandes é o grande maquiavelismo).

XX - Sobre a utilidade ou não das fortalezas e de outros meios usados pelos príncipes (manter o povo armado é mais seguro para o príncipe).

XXI - Como se deve portar um príncipe para ser estimado (Exibir grandes empreendimentos, ações raras, festas).

XXII - Os secretários dos príncipes (escolher bons e fiéis ministros).

XXIII - Como evitar os aduladores (fazê-los entender que queremos ouvir a verdade).

XXIV - Por que motivo os príncipes da Itália perderam os seus estados (não conheciam estes conselhos).

XXV - A influência da fortuna sobre as coisas humanas e o modo como devemos contrastá-la quando ela nos é adversa (prevenir-se garante contra má sorte).

XVI - Exortação a libertar a Itália dos bárbaros (é na miséria dos povos que podem aparecer libertadores).

 

Até hoje Maquiavel tem seguidores em toda parte. Não é sem razão que as terras da Itália registraram os mais sofisticados grupos de criminosos bem organizados e deles surgiu Gramsci repassando e unindo as fórmulas maquiavélicas com os métodos do bolchevismo russo, aconselhando as mesmas artimanhas como uma necessidade dos poderosos. A maior dificuldade do crime organizado é que se autodevora e só subsistem mafiosos recrutando novos serviçais e sendo mortos pelos mais astuciosos e violentos.

 

O marxismo não teve que inventar suas fórmulas – é bem pouco original mandar destruir as crenças em Forças superiores, moral, caráter, família, Pátria e direitos de prosperar, respeito aos melhores e à propriedade privada honesta sem limites.

 

Visite o site http://www.mariosanchez.com.br  

Um comentário:

Ayeka disse...

Parece ser um livro bem interessante. Vou checar depois.