sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A CIGARRA E A FORMIGA

O LAZER E O TRABALHO
 
Analisamos esta fábula com bom humor.
Contestando verdade biológica corre mundo desde a Babilônia, Grécia, Roma, e mundo moderno para estimular ao trabalho. Hoje, com máquinas e autômatos para fazerem todos nossos trabalhos, é bom refazer nossos raciocínios sobre produção, lazer, arte, esporte, consumo, Fundos de Previdência Complementar (Novos Investidores que garantem consumo).
 
RESUMO - Temos que dar um fim a toda essa alucinada e reacionária negação do progresso que tenta restaurar e ampliar uma escravidão estatolátrica das Trevas invadindo nosso Planeta.  
 
LA FONTAINE conta assim:
Era uma vez uma Primavera em flor. A formiga carregava e guardava logo cedo, o dia todo e à noite também. A cigarra só cantava o dia todo. Chegou o verão e a formiga dizia - Ó irmã cigarra, trabalhe e poupe também. Mas nada! A cigarra só queria cantar. Chegou o outono e a cigarra continuou cantando, a formiga trabalhava e aconselhava, mas nada da cigarra ouvir. Quando veio o inverno, a formiga estava com os celeiros cheios e se recolheu à espera de outra primavera, com o dever cumprido. Aí bateu a sua porta a cigarra pedindo ajuda porque estava na miséria. A formiga lhe perguntou: Que fazias quando era tempo bom? E a cigarra lhe respondeu - Eu cantava, o dia inteiro. Retrucou-lhe a formiga - Cantavas? Pois dança agora! E lá se foi triste a cigarra na noite fria.  Moral da história - Há muitos homens que se parecem com a cigarra, chegam à miséria e querem que aqueles que pouparam lhes dêm o que suaram para ter.
 
Esta é uma versão válida para assegurar os direitos de quem trabalha e produz e está sendo ameaçado com essa batida à porta - abre que está frio!
 
VERSÃO DE HUMOR
 Corre por aí de boca em boca outro final para a fábula de La Fontaine. Dizem que foi contada por Madame Pompadour, com um final valorizando o lazer.
- "Aí, a cigarra foi embora e aceitou a idéia. Foi à Boite dançar e ainda antes do fim do inverno voltou com seus casacos de peles bem quentinhos agradecer o conselho da formiga..."
 
CONTESTAÇÃO ao narrador - Biólogos e naturalistas discutem até hoje a ignorância do moralista sobre a biologia das formigas, das abelhas, das cigarras, cada uma tendo um lugar na orquestra da Natureza, pois somos injustos ao querer usar a nosso bel prazer supostas vantagens ou alegar nossos juizos sobre males que os homens estariam tendo com animais e plantas que conflitam com nossos interesses.
 
O homem não é a medida de todas as coisas.
Reler as Fábulas é uma higiene mental que precisamos fazer para avaliar nossos problemas levando em conta as novas situações. 
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