O MAU CABREIRO E AS CABRAS SELVAGENS
CONTA ESOPO que um criador de cabras recolheu suas cabras sem terra... hehehehe... e deu no que deu!
Era uma vez um Cabreiro. Ele encontrou um rebanho de cabras do mato. Levou-as ao seu aprisco. Tirou a ração que sempre dava às cabras produtivas e tratou com ela das cabras selvagens. No dia seguinte, sem a ração, suas cabras não davam leite. Enquando isso as outras o deixaram sem o leite que ele esperava tirar e voltaram ao mato. O cabreiro correu atrás delas e reclamou:
- Dou-lhes o melhor que tenho, à custa de meu rebanho! E vocês me abandonam!?
Elas responderam:
- Abandonamos seu redil exatamente por isso! Se ficarmos com você, amanhã você provavelmente se esquecerá de nós e dará nossa ração a outras cabras que você quiser enganar!
Conclui o narrador que bem mereceu o Cabreiro a fuga das cabras selvagens.
COMENTÁRIO: E não é que a lição do fabuloso Esopo se repete na política brasileira? Com a Putralha Cabra da Peste no poder chamam eles os bandoleiros cabras sem terra e lhes dão subvenções tiradas de quem produz e estimula seus assaltos ao que os Produtores sofreram a vida toda para realizar (recordes de safras agrícolas)! Como pode agora reclamar se estes cabras safados não produzem nada e deixam de respeitar todas as leis e desobedecem ao mau Cabreiro?
Lilian wrote:
Inaceitável a invasão de terras pelo MST. Os brasileiros não reagem e assistem estupefatos a mais essa violência, quando a pretexto de uma reforma agrária exigem terras que não são suas, ainda que produtivas. Destruíram 7 mil pés de laranjas na maior desfaçatez, deram prejuízos de 3 milhões de reais aos donos e o governo nada faz, porque é coadjuvante dessa violência. Ninguém é responsabilizado, porque o delito não é praticado por uma única pessoa e a identificação dos autores que são muitos fica dificil se provar a autoria e sem a qual, não há como punir.
"Quem passa pelas áreas distribuídas a esses antigos invasores fica tomado pelo desânimo. Não há desenvolvimento algum, mas, antes, uma estagnação vergonhosa, com produção que restringe o benefício da função social da propriedade somente àqueles que lograram recebê-la de graça (ou melhor, não de graça, porque nós, o povo, pagamos pela desapropriação)." como afirma, sabiamente, Dr.Aloísio de Toledo César. (TJ/SP)
Lilian M Mansur
Cond Meus Sonhos -
Sobradinho/ Brasilia DF
Entrevista: (Deputado federal Emiliano José (PT-BA). - contrário à CPI...)
P - Com os novos acontecimentos envolvendo o MST, a bancada ruralista conseguiu levantar as assinaturas necessárias para criar uma CPI no Senado e se aproxima de conseguir as assinaturas para a Câmara. Qual a sua posição sobre o tema?
R - Eu não tenho detalhes quanto ao mérito, agora, quanto à possibilidade da instalação, evidentemente eu sou contrário. Eu acho que essa é uma atitude própria do pensamento da Casa Grande, do pensamento antigo do latifúndio clássico no Brasil, que não admite a existência de um movimento social como o MST.
P - Por quê?
R - É um movimento legítimo dos trabalhadores do campo no Brasil, dos despossuídos da terra que, para além de quaisquer erros que o movimento possa cometer, eu não estava lá no episódio da Cutrale, quer dizer eu não vou discutir se houve ou não eventuais exageros, o que eu analiso é a importância fundamental do MST para vida brasileira. Eles são parte da dinâmica dos trabalhadores, da luta dos trabalhadores no Brasil eles são a evidência de um problema social sério. E que não devem ser objeto de nenhuma CPI, muito pelo contrario, devem ser respeitados e as suas reivindicações devem ser analisadas com todo o cuidado com todo o respeito pela sociedade brasileira
Portanto creio que isso é parte do pensamento conservador, me lembro do livro Coronelismo em chave em voto, do pensamento que norteou o Brasil desde a escravidão. E ainda uma forte presença desse pensamente no DEM, no PSDB. Presente na oposição ao governo lula que é bastante conservadora
O pensamento de direita no Brasil é que lastreia esse pedido de CPI.
P - Qual a melhor forma de lidar com um movimento social das proporções do MST?
R -Um movimento social deve ser tratado como um movimento social e deve ser olhada a reivindicação justa dos sem terra pela terra.
P - Mesmo quando o movimento age com métodos que são considerados radicais: invasões, depredações de patrimônio?
R - Olha, eu disse a você que eu não podia analisar o episódio especifico da Cutrale, nem tais ou quais os pés de laranja, porque essas coisas eu só analiso se estou próximo do acontecimento. Mas o que eu quero dizer é que um movimento como esse, pela sua própria natureza, ele não é um baile de valsa. Ele é um movimento com algum grau de radicalização para demonstrar a gravidade da terra no Brasil, ainda.
Agora eu não afirmo que o movimento não cometa erros, como qualquer movimento político ou social. É da vida política cometer erros também. Agora eu não posso analisar esse episódio da Cutrale. À primeira vista, parece ter havido exageros, à primeira vista.
Mas sou BLOGeu que vou ajuizar isso? Não vou.
O que eu quero dizer é da seriedade desse movimento, da seriedade dele, do seu papel histórico, da respeitabilidade que ele adquiriu no mundo, e tem razoes para isso. Expressa a existência ainda de um problema no Brasil que está sendo enfrenta, que precisa ser mais firmemente enfrentado. O governo Lula tem feito os esforços possíveis no sentido de enfrentar a questão da terra, ele não esta, no entanto, devidamente equacionado e existência social dos sem terra é muito positiva para o país para que o pais reconheça a existência desse problema, não ignore existência do problema da terra no Brasil. não ignore existência de milhares de despossuídos da terra no Brasil.
P - Voltando para a CPMI? A intenção é investigar principalmente os repasses que o governo faz para entidades ligadas ao MST. Esses repasses são legítimos, na sua avaliação?
R - Eu considero que o governo só repassa recursos para entidades devidamente legalizadas, organizadas. Repassar recursos para os sem terra não constitui nenhuma irregularidade por parte do governo. Às entidades que recebem recursos, todas elas, cabe prestar contas daquilo que fazem. Sempre. E isso é feito regularmente. Isso é da normalidade das coisas.
Se recursos repassados para "N" setores da sociedade brasileiras, porque não podem ser repassados para movimentos sociais? Esse é um pensamento da bancada ruralista, da antiga UDR. É esse pensamento ultrapassado pela sociedade democrática brasileira que dá vasão a essa perseguição. Por que é uma perseguição vamos perseguir o MST e vamos acompanhar cada centavo que eles recebem. O que tem que ser feito, mas isso cabe às instituições brasileiras e não a uma CPI.
Terra Magazine
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