sábado, 20 de março de 2010

ROBERTO CAMPOS E A DEMONOLOGIA

Gosto muito dos estudos de R.Campos e de suas expressões sintéticas, por exemplo:
"Os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos e não pela clarividência do Estado." (Roberto de Oliveira Campos).
Porém não dá para entender sua estreiteza na visão material, que não lhe deixa perceber o invisível. Leiam este trecho de Roberto Campos e percebam a situação... O coitado pensa que está pensando com seu cérebro e já perdeu a noção da diferença entre o mundo da demonologia não visível e os efeitos no mundo visível. Dá para perceber que ele já nem pensa? Que está sendo pensado e expressando o que os campos invisíveis querem que ele diga? Vejam só:
"A Inquisição estava apenas expressando aquilo que no seu tempo era um pensamento generalizado. Acreditava-se que forças demoníacas estavam operando às escondidas. Houve uma febre repressiva que se estendeu a leigos e protestantes, nobres e camponeses, doutos e ignorantes, cavaleiros e juristas, que passaram todos a acreditar em coisas absurdas, como a existência de relações sexuais com o belzebu".
Ele ainda prossegue, desconhecendo a fuga dos escravos da gleba do domínio Feudal fazendo a Revolução dos Burgos, desconhece as Viagens de Marco Polo, família que liga a Europa à China trazendo papel, pólvora, bússola, sedas, porcelanas, livros de filosofias proibidas pelos demônios da Inquisição, receitas de comidas e de manejos de metais, etc. Eis como obedece à ordem de esconder mais o que não se vê, sem distinguir o que ele deveria saber daquilo que recebe ordens de esconder ou de dizer:
"Já tivemos demonologias de muitos tipos. Ainda peguei as purgas de Stalin e vi de perto, há quase 50 anos, o fenômeno do macarthismo, nos Estados Unidos. Baixando o nível de tragédia para o Carnaval, tivemos aqui as "forças ocultas" com Vargas e Jânio. Voltando, porém, à globalização. O que acabou com a crença num universo movido a feitiçaria foi uma "inovação" que rendeu pouco a um empresário de nome Johannes Gutenberg, mas, discretamente, começou a globalizar a informação. A impressora de Gutenberg não foi "a" causa. Inúmeras variáveis entraram no processo: avanços tecnológicos, do plantio do nabo à metalurgia das armas de fogo, ao aperfeiçoamento da construção naval, à astronomia de Copérnico e Kepler, à física experimental de Galileu, aos descobrimentos geográficos. Só que neste último século e meio a aceleração científica, tecnológica e econômica tornou-se prodigiosa. Mudanças que se davam ao longo de gerações ou de décadas foram encurtadas para anos ou meses".
Quando nossos supostos sábios entram desse modo no jogo sujo dos campos obscuros... O que sobra para os Lulas, Lalaus, Lulalalaus.. Lá e Cá!?
Conclusão:
Viveu Roberto Campos e vivem todos os estudiosos de Economia o desconhecimento da Revolução Burguesa que representou a busca da Democracia. Vivem também o desconhecimento da Reação Feudal que vemos hoje como Globalização. Esta é a tentativa quase vitoriosa de retorno às Masmorras Medievais para serem vigiadas com toda a Eletrônica de nossos dias.
Essa ignorância dupla é o que faz com que muitos desses semi-despertos apoiem a matança de "excesso de populações", quando deviam trabalhar pela ampliação de mercados libertando as descobertas de energias sem consumo de nada e articulando a Circulação da Riqueza como fonte de riqueza.
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