segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

IPEA - BRASIL ATRASOU 20 ANOS

Márcio Pochmann: Brasil poderia ter superado a pobreza há 20 anos

TRANSCREVO TRECHOS DA ENTREVISTA COM

Dayanne Sousa

"Se as políticas de desenvolvimento social tivessem acompanhado o crescimento da economia há décadas, a pobreza estaria extinta há pelo menos 20 anos", pondera o economista Marcio Pochmann. O presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) avalia que a presidente Dilma Rousseff tem condições de cumprir sua principal promessa de campanha: superar a miséria.

"O desafio do próximo governo é como abrir as oportunidades não apenas para a base da pirâmide social, mas também acima dos níveis intermediários".

Como assim?
"Isso depende não apenas do crescimento da economia, mas do tipo e da natureza do crescimento. Porque crescer é importante, mas depende do tipo. O desenvolvimento fundado na produção de commodities permite a economia crescer, mas as oportunidades, a qualidade das ocupações é diminuta. A expansão de setores de maior valor agregado pode permitir a contratação de pessoas com salários maiores".

"A possibilidade de superarmos a pobreza é algo que faz parte da agenda de superação do próprio subdesenvolvimento. É estranho que o Brasil - já sendo a oitava economia do mundo na década de 70 - tivesse 40% da sua população vivendo na condição de pobreza. Nós poderíamos ter superado a pobreza há 20 anos. É bastante peculiar no Brasil o disparate entre a base material e econômica que o país possui e o padrão social".

"O que está em jogo neste momento é: quais são as condições macroeconômicas para garantir o desenvolvimento brasileiro. As finanças públicas são o meio, não o fim. Nos anos 90, o ajuste fiscal era o fim. O governo estava organizado para o ajuste fiscal. E lamentavelmente o que nós vimos foi um aumento do endividamento público, especialmente comparado ao PIB. E o aumento da carga fiscal. Hoje o que estamos verificando é que a dívida pública caiu. E não porque teve ajuste fiscal, mas porque a produção cresceu mais rapidamente".

COMENTANDO - 20 anos atrás é fins de 1990 e começo de 1991. Que erro foi cometido ali? Pochmann não o diz.

Vamos explicar - Foi nesses anos que decidiram tomar o dinheiro dos pobres, dos poupadores e dos aposentados. Foi o Plano Collor, que no início teve uma boa aceitação, acabou por aprofundar a recessão econômica, corroborada pela extinção, em 1990, de mais de 920 mil postos de trabalho e uma inflação na casa dos 1200% ao ano; junto a isso, denúncias de corrupção política envolvendo o tesoureiro de Collor, Paulo César Farias, feitas por Pedro Collor de Mello, irmão de Fernando Collor, culminaram com um processo de impugnação de mandato. O processo, antes de aprovado, fez com que o Presidente renunciasse ao cargo em 2 de outubro de 1992, deixando-o para seu vice Itamar Franco. Aí veio o Plano Real.

Como podemos desfazer esse erro que o Plano Real não contemplou? Simplesmente isentando de impostos diretos a todos os que foram punidos, devolvendo-lhes o poder aquisitivo que tinham na época e paralizando os processos entre povo e entidades públicas, fazendo pagar o atrasado dessa expropriação e os valores que estão disputando na justiça.

Parece uma loucura fazer isso, pois ultrapassa o valor de um PIB atual! Entretanto, temos um Supercomputador na Receita Federal capaz de cruzar todos os dados da economia e emitir guias tributárias ex-officio; podemos utilizá-lo para fazer esses ajustes aos poucos, em seis anos, com simulação prévia do que deve ser feito em cada mês, com base em meu sistema de IMPOSTO ZERO. Essa simulação evitará injetar no giro econômico valores que possam desestabilizar os negócios, permitindo investimentos privados e público-privados.

Mais detalhes se econtram no BLOG e em

Domestique o supertiranossauro da super-receita

Nenhum comentário: