sexta-feira, 27 de agosto de 2010

REEXAMINANDO O MANIFESTO COMUNISTA

RESUMO - Em linhas gerais, a História ensina o que falhou e o que pode dar certo. Vou historiar as modernas lutas por mudanças sociais.
Há que recordar que a sociedade americana resultou de uma fuga da Europa em busca de liberdade das amarras feudais. Isso se tornou em uma Constituição depois de 1750. Em 1792 a França tentou fazer o mesmo, e fracassou. Em 1848 temos as propostas de Marx e Engels.
A análise de Karl Marx em "O Kapital" explica que a Revolução Burguesa, procurando libertar-se da servidão feudal criou o fenômeno de acúmulo de riqueza porque existe um valor a mais nas mercadorias já que os custos são menores do que o valor de uso. Isso gera acúmulo, isto é, O Kapital. Matematicamente, se não permitimos o acúmulo de "capital", nada existirá para socializar. Ele compreendeu também que "a única revolução verdadeira na economia é a revolução burguesa" e que a "vocação da burguesia é cosmopolita e só vai deter-se quando atingir todo o planeta". Sua obra ficou truncada porque não soube dizer como seria realmente uma socialização do Kapital.
Foi o feudal Friedrich Engels que redigiu o Manifesto Comunista estimulando os servos da gleba broncos e brutos a invejar os "burgueses", ex-servos fugidos para os burgos, para aceitarem uma vanguarda proletária (Senhores Feudais e seus pelegos vestidos de protetores de seus escravos...) que iria destruir os capitais... Na sequência se infiltraram nos burgos para exibir imoralidades e abusos como sendo dos "capitalistas", enquanto eles, feudais, se escondiam atrás de barras de ouro...
Após a difusão do "Manifesto" com um bom dinheiro gasto para editar a obra "O Kapital" não se produziram as "revoluções" esperadas, apesar de que as "sociedades" secretas de Feudais dirigidos desde as sombras quisessem financiar... É que a "seita" dos comunistas era apenas de 3% da população alemã.
Por isso, as edições tiradas posteriormente por teóricos "marxistas" tiveram alguma consciência dos erros históricos: O prefácio à edição alemã de 1872 já diz que o Manifesto "está antiquado uma vez que a situação política já se reconfigurou". O prefácio à segunda edição russa em 1882 analisa rapidamente a grande mudança do mundo com o grande crescimento americano informando que isso não havia sido previsto por Marx. A edição alemã de 1883 e a edição inglesa de 1888 reconhecem que o "socialismo era respeitável e o comunismo é o oposto"(totalmente sem credibilidade...) A edição alemã de 1890 observa: "Hoje, como isso tudo mudou!". O prefácio da edição italiana de 1893 cita que a "ação do capitalismo no passado foi revolucionária e a primeira nação capitalista foi a Itália".
Lenin em 1917 propõe que o Partido Comunista fizesse aliança com a Pequena Burguesia e que a classe operária nada tem de revolucionário, pois na Rússia não se havia completado a Revolução Burguesa, estavam em uma nação pre-capitalista e teriam que instalar o "capitalismo de estado" como transição para o socialismo. Surgiu assim a idéia jacobina da maioria como na França de mais de um século antes dele.
Stálin se aproveitou e deu o exemplo das ditaduras de esquerda para serem imitadas no mundo todo. Vocês entendem meeeesmo o que são ditaduras de "Esquerda"? A "mão esquerda" sempre foi, em todos os misticismos, sinônimo de Satanás. Será difícil entender quem está por trás desses terrorismos todos?
O TEXTO DE 1848 COMEÇA – "Anda um espectro pela Europa – o espectro do Comunismo". "I - Burgueses e proletários – A burguesia desempenhou um papel altamente revolucionário". "A burguesia tem de implantar-se em toda parte. É cosmopolita". "Com ela entrou a livre concorrência com a constituição social adequada".
Prossegue: "As leis, a moral, a religião, são preconceitos burgueses". (logo está propondo viver sem leis, sem moral, sem ligação universal, como nem os animais vivem).
Parte II - Proletários e comunistas - "O comunismo não é a abolição da propriedade – só da propriedade burguesa". "Censuram-nos por querer abolir a propriedade fruto do trabalho próprio".
(Claro que ele não tinha noção do que iria ser desenvolvido com eletrônica, automação e Fundos de Previdências que hoje dominam capitais juntamente com propriedades pessoais).
Analisa a supressão da família falando em "propriedade comunitária das esposas" (será que o feminismo concorda com esse machismo de dois séculos atrás?).
Vejamos esta Utopia sem explicação: "suprimindo a exploração do homem pelo homem, também virá a das nações" (Não diz como seria feito isso. Nenhum dos supostos seguidores de Marx se atreveu a propor como seria o estado posterior a essas ditaduras).
Apresenta uma lista de medidas a aplicar como "intervenção despótica":
"1 -Expropriação da propriedade fundiária passando tudo ao Estado" (que diria ele se visse o MST invadindo tudo, loteando, e antes mesmo dos assentados entrarem na terra, já a venderam!).
"2 - Pesado imposto progressivo" (que diria Engels se visse o imposto brasileiro que tira tudo dos mais pobres?)
"3 - Abolir o direito de herança" (sem comentários).
"4 - Confisco de propriedades de emigrantes e rebelados" (o alemão dessa época tem cada idéia!).
"5 - Todo sistema de crédito estará nas mãos do Estado" (emprestar a quem?).
"6 - Sistema de Transportes estatal". (A sucata brasileira de estradas, aeroportos, portos, estações rodoviárias e linhas ferroviárias são a prova de que o burocratismo populista extermina qualquer sistema estatal).
"7 - Multiplicar Indústrias na mão do Estado" (Que diriam depois do fracasso soviético que teve que voltar à iniciativa de empreendedores?)
"8 - Trabalho obrigatório para todos" (Já temos chamado a isso de Senzala Geral. O próprio Lenin declarou que o socialismo era a soma da máquina com a organização não feudal).
"9 - Unificar Agricultura com Indústria". (Que monstrengo pode resultar dessa hibridação?)
"10 - Educação pública total sem trabalho infantil, unificada com produção material" (Hoje temos que perguntar – como ele faria com o excesso de formandos sem função, com as máquinas fazendo tudo?)
Na parte III - Literatura sobre Socialismo e comunismo apresenta cinco tipos de socialismo: a) feudal, b) pequeno burguês, c) verdadeiro (o alemão!), d) conservador, e) socialismos comuno-crítico-Utópicos.
Condena a todos esses "socialismos" para propor somente o tal comunismo à força, estatal, feudal de vassalagem com servos súditos de cada território, voltando a ser "servos da gleba", nesse sonho pré-nazista.
Na parte IV - Posição dos comunistas com as oposições – "os comunistas declaram abertamente que seus fins se alcançam pelo derrube violento de toda ordem social até aqui".
Conclui com a famosa frase aos analfabetos... PROLETÁRIOS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!
Proletário é quem depende da prole para seu final de vida. União é o que Jesus Cristo chamou de "amar ao próximo como a si mesmo". A arenga toda contra os donos do mundo (Feudais) seria o "Conhecer a Verdade para ter a Libertação". Engels sabia que só seria publicado por quem tem dinheiro... Os Feudais! E teria que ser lido por quem nem sabia ler, nem sabia o que era a Liberdade, acomodado na senzala feudal! Fez o que quis, desse Manifesto! Assim os Feudais viraram do avesso a proposta: Otários de todas as Senzalas, peguem em armas e vamos matar os Burgos e acabar com a Liberdade deles para voltarem à miséria com vocês! Nós somos a Vanguarda de vocês!
CONCLUSÃO - A REVOLUÇÃO AMERICANA DEU A FÓRMULA CORRETA - Quem, como eu, pretenda ser socialista, não pode deixar de querer saber como será uma sociedade social capitalista, pois o ensinamento de três tempos (tese, antítese, síntese) exige que uma tese (kapitalismo) receba uma oposição (kapitalismo de estado) e haja uma síntese (social Kapitalismo).
Assim como a História comprovou desde longos tempos que os Impérios Populistas criam a sua desintegração sem retorno... Assim como os estatismos burocratizados também atingem a miséria em vez da riqueza... Assim como todos reconheceram que a burguesia é a verdadeira revolução e só se detém quando atingir o mundo todo... Assim também temos que ler na História, observando as tendências - a própria revolução burguesa criando o capital, ensaia mil tentativas de tornar esses capitais em associações de capital, até que consiga definir uma formulação sem entraves e que assegure essa socialização com crescente qualidade de vida envolvendo a todos os cidadãos, para sempre haver mais capitalização.
Na Revolução Americana da Independência se definiram os quatro pilares dessa socialização democrática: Verdade em tudo, direito irrestrito de ir e vir e prosperar, respeito ao mérito e reconhecimento da propriedade pessoal conquistada honestamente dentro desses princípios.
A associação maior que envolvia 13 estados, já devia ser o prelúdio das associações de pessoas e grupos de pessoas, sempre em função dos direitos das pessoas para evitar serem escravizados pelo poder inconfrontável do "estado".
Logo, esse é o ovo da ave do paraiso... Aí estão os parâmetros que definem a superação do "estado" burguês ou kapitalista e como devemos fazer para gerar a ave que voa livre, sem fronteiras, realizando o homem de três tempos - social (tese da infância brincando e aprendendo em preparo educacional), tribal (antítese da realização em crescimento dentro de grupos em concorrência criando capital) e o nômade, a síntese (homem conhecedor da verdade, livre e associado com toda a economia, com rendas para ampliar seus horizontes sem limite).
FICA ASSIM BEM CLARA A POSIÇÃO QUE DEVEMOS TOMAR FRENTE A ESSA GLOBALIZAÇÃO DE QUE TANTO SE FALA, SEM ALGUÉM DEFINIR CLARAMENTE QUE TEM QUE SER UMA SÍNTESE DE KAPITAIS SOCIAIS E NÃO UMA CRIAÇÃO DE UM SUPER ESTADO FEUDAL DE OURO E DITADURA sobre a miséria geral. NOSSA PROPOSTA SE CHAMA "SOCIEDADE MUNDIAL DE PATRIMÔNIOS E RENDAS". E o modelo já existe e tem que ser ampliado. São os fundos de investidores para ter capitais sociais... (uni-vos para ter o Kapital).
Vejam mais informações neste BLOG e em resumos

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