quinta-feira, 7 de outubro de 2010

DUAS CORRENTES PARA DIRIGIR A GLOBALIZAÇÃO

GLOBALIZAÇÃO – BENAYON & Boehme

 

RESUMO:

Esta discussão via e-mail que nos foi enviada, é típica dos pontos de vista unilaterais sobre qualquer assunto.

Gerhard Erich Boehme, luterano, adepto de transformações sociais e defensor da democracia e da espiritualidade, começa respondendo aos comentários de Adriano Benayon do Amaral, que é Doutor em Economia, Autor de "Globalização versus Desenvolvimento":


"A globalização é tudo, menos fruto da dominação econômica e política. É justamente o contrário, quanto mais globalizado for, maior será a participação das pessoas e das empresas no mercado mundial.  É a liberdade que leva à globalização e ela leva ao desenvolvimento. E é o mercado que derruba poderes econômicos e privilégios".

 

O texto de Adriano era um e-mail originalmente dirigido à FENECO (Fed.de Estudantes de Economia) dizendo:

 

"A globalização é um estágio de maior intensidade da dominação econômica e política mundial, caracterizado pela produção expatriada, ou seja, pelo controle crescente da economia em quase todo o mundo por um grupo cada vez menos numeroso de empresas e bancos transnacionais". Mais à frente fundamenta seus argumentos de que essa globalização dirigida pelos Bancos é contra o desenvolvimento.

 

O Sr. Gerhard diz – "eu entendo que a globalização leva ao desenvolvimento, resta-nos assegurar a liberdade e aproveitar nossas potencialidades".

 

O mais profundo resumo da situação estava nesta avaliação de Benayon: 
"QUEM COMANDA A DOMINAÇÃO IMPERIAL
Desde antes de 1700, a oligarquia financeira sediada em Londres tem puxado os cordéis dos acontecimentos políticos na maior parte do mundo. Esse império, quase absoluto até em torno de 1915, passou então a ser partilhado por grupos norte-americanos, mas ligados à City de Londres. Esta, ademais, faz parte do grupo de banqueiros que passou, desde 1914, a controlar a então criada Junta de Reserva Federal dos EUA (FED), com profundos e quase absolutos poderes sobre a finança dos EUA. Pode-se, assim, falar da oligarquia anglo-americana como a diretora do poder mundial, a qual organizou as duas guerras mundiais do século XX, obtendo, através delas, êxito em tornar a França, a Alemanha e o Japão potências subordinadas".

 

A estes fatos históricos incontestáveis, infelizmente o sr. Boheme nada tem a dizer, salvo afirmar sua assertiva de que "os países se deixam dominar"... No melhor estilo das Sombras que querem que nós nos julguemos culpados, diz: "A questão é que não sabemos aproveitar oportunidades".  A análise superficial de Gerhard E. Boheme nos deixa apenas como culpados de ter eleito Lula e sua Putralha, como se isso não fizesse parte da dominação contra o desenvolvimento e lá nas Sombras os seres que dominam o Mundo desde campos invisíveis não existissem, mesmo que o manual luterano assegure a validade dos avisos de Jesus Cristo...

 

Infelizmente o e-mail de Benayon à FENECO não poderia transmitir todo o raciocínio de seu livro, embora o Economista não tenha passado do nível visível dos fenômenos, onde o desenvolvimento de povos fora da Escravidão Feudal dirigida desde a City London é violentamente travado para que todo o valor agregado nos produtos industrializados seja manipulado dentro da área onde os Bancos extraem todo o resultado e convertem em barras de ouro a serem guardadas sem nenhum uso... Isso parece garantir que o único objetivo dessa dominação que pretende "Globalizar" em suas mãos toda a economia, só pretende impedir o desenvolvimento dos outros povos.

 

Esse tipo de debate em que esquecem que há algo irracional, anti-humano, nos atos Feudalistas escravocratas a que assistimos, não levará ao entendimento correto da crise humana de nossos dias.

 

Da parte do Grupo de Estudos que coordeno, temos a visão concreta que Benayon apresenta, mas aprofundamos até os campos dominadores, malévolos, que os Sábios Humanos de todos os tempos vêm denunciando.

 

E também temos a esperança ética e espiritualista de que a verdadeira Globalização com desenvolvimento democrático seja realizada, pois ela é viável.

 

Mais textos serão encontrados em nosso BLOG, no site http://www.mariosanchez.com.br  e em doses menores em:

http://pt.shvoong.com/writers/ramacheng


O e-mail do Sr. Gerhard após aquele começo acima, prossegue assim:


O Luciano Pires nos comenta o tema de forma divertida, vale a pena ouvir seu podcast:
http://www.portalcafebrasil.com.br/podcasts/o-mundo-globalizado.

O Professor apresenta algo similar a globalização versus desenvolvimento, eu entendo que a globalização leva ao desenvolvimento, resta-nos assegurar a liberdade e aproveitar nossas potencialidades. A musica brasileira pode ser globalizada, a diáspora econômica brasileira já produziu para nós um mundo globalizado, basta ver os noticiários e reportagens, onde aparece uma imagem do mundo, lá está um brasileiro.
 
A globalização não é um estágio, mas resultado, e muito menos de dominação, mas de pulverização deste domínio.
 
Seguramente os mercados nacionais devem se proteger contra monopólios e oligopólios, mas o que fazemos, o nosso CADE é uma vergonha, foi emPTizado e nePTizado, está a serviço dos interesses do Planalto, incluindo seus ministros, como foi o caso da fusão da Sadia com a Perdigão, o mais certo era deixar a Sadia quebrar e não ser socorrida, não sairiam prejudicados os inúmeros concorrentes que estão se mostrando competentes como a Aurora, a Macedo e tantas outras que sofrem o abuso do poder do Estado e seu braço corruPTo.
 
A questão é que não sabemos aproveitar oportunidades, senão vejamos o caso da Melitta, atua no mercado globalizado. O faz com base no café.
 
Não podemos confundir "as coisa", lembrando o atual presidente, pois pelo que eu sei nenhum PTista, PTulante, nePTista, corruPTo ou PTralha algum dia inventou alguma coisa. O que eles sabem fazer muito bem é mentir, copiar, corromper, encher as cuecas, etc...  E veja que antes de se preocuparem em como gerar riqueza, emprego e renda, somente se preocuparam em distribuir, e o resultado é que o Brasil é hoje muito mais dependente da exportação de commodities do que de produtos com valor agregado. Produto com valor agregado segue a ótica da alemã Melitta (http://www.melitta.de/) se caracterizou a partir do café. O conceito utilizado foi o mesmo, chamado hoje como "Bananada da Vovó".
 
Se o enfoque não fosse a distribuição e o nePTismo e a emPTização, ficariam impressionados como a empresa alemã, que produz além de uma diversidade enorme de cafés, também café solúvel, extrato concentrado de café, óleo de café, usw., mais de 300 produtos, sendo destes 17 fármacos, todos só do café, em que pese não ser produzido café na Alemanha, conseguiam empregar tantas pessoas e gerar tanta renda e riqueza ao redor do mundo. A questão é que não souberam entender o conceito da "Bananada da vovó" é o termo que significa hoje agregar valor a um produto, gerando emprego renda e riqueza. O que invariavelmente leva também a uma menor concentração de renda.
 
O domínio passa a ocorrer quando se deixa dominar, é o caso do Brasil na indústria automobilística, sem apoio, muito pelo contrário, com entraves governamentais, gênios como Gurgel, e sua turma eram entraves aos interesses de políticos, como os do dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, acustumado com as propinas de multinacionais, sem contar agora a pandilha que se aliou a ele formando a base política que sustenta um dos candidatos à presidência.
 
Quanto a questão tecnológica, a realidade é que o Brasil com FHC e Lula parou no tempo, há pouco incentivo à pesquisa na área de C&T, hoje temos um em cada três pesquisadores fazendo parte da diáspora econômica brasileira, ou, desenvolvendo outras atividades no Brasil. A ideologia de esquerda está inibindo o nosso desenvolvimento.  Nos dias de hoje pessoas como o Engenheiro João Conrado do Amaral Gurgel, Genaro "Rino" Malzoni, Paulo de Aguiar Goulart, Eduardo Souza Ramos, João Jamil Zarif e principalmente a lenda José Anisio Barbosa de Campos teriam deixado o Brasil, pois o espírito empreendedor é sufocado já na sua origem, isso por conta de uma ideologia que só nos traz o atraso. Incubadoras são desconsideradas.
 
"Os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos e não pela clarividência do Estado." (Roberto de Oliveira Campos) 
 
É fácil citar a dominação quando se deixa ser dominado. E o começamos com o apoio político a este tipo de gente que aí está a liderar as fraudulentas pesquisas eleitorais,
 
E veja onde lideramos no mercado mundial, com a empresa de um dos candidatos a vice, o vice de Marina Silva, o Guilherme Leal, sem contar que temos também um outro gênio empreendedor, o Miguel Krigsner, que conheci batalhando atrás de um balcão em uma lojinha perto da Sinagoga de Curitiba.
 
Bem as transnacionais sempre existiram, muito antes do alemão Maurício de Nassau, e continuarão a existir, enquanto temos uma Bunge e uma Cargil no Brasil, temos também uma Cocamar, com sua competência e excelente gestão. Temos também as investidas internacionais de Lemann, Telles e Sicupira, mas eles souberam adotar boas práticas de gestão e atuar longe dos políticos.
 
No mais o artigo apresenta algumas informações que merecem reflexão. Mas não podemos endossar embusteiros que nos palanques, que sem boas práticas de gestão ainda arrumam inimigos, criam adversários fantasiosos ou dividem a sociedade com base nas classes sociais, etnias e outros. Mas que não soube eliminar os entraves que limitam nosso desenvolvimento e abrem as portas para produtos de outros países, concorrendo ainda com um dólar que não nos é favorável, opta e oPTA por gastar mais e mais e sustentar seus corrruPTos e corruPTores, quando não emPTiza o Estado e nePTiza as estatais.

Talvez não conheciam a relação entre a liberdade e o desenvolvimento das nações, os quais hoje são expressos em índices de liberdade:
 
1.    "Index of Economic Freedom World Rankings":
http://www.heritage.org
2.    índice do The Cato Institute, o Economic Freedom of the World (http://www.cato.org/pubs/efw/)
3.    Ou ainda:
Fraser Institute (http://www.freetheworld.com/release.html)

A correlação é simples, os paises mais livres são também os mais desenvolvidos e com melhor qualidade de vida.
 
E como se chega a isso:

Simples, privilegiar o mercado. Saber como a riqueza é gerada, pois o estado natural de um país, mesmo sendo "rico", tento reservas de recursos naturais como o Brasil e a Venezuela é a pobreza, sendo a riqueza algo a ser gerado. E como:
 
1. Riqueza das Nações de Adam Smith [Jr.]
2. A Nova riqueza das Nações de Guy Sorman
3. O Caminho da Servidão de Friedrich August von Hayek
(http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/04/o-caminho-da-servido.html)
4. Ação Humana de Ludwig Heinrich Edler von Mises, o qual pode ser feito download no Brasil: http://www.ordemlivre.org/files/mises-acaohumana.pdf
5. O Estado Mínimo do escritor francês Guy Sorman 
  
A Economia não mente, ela, se bem estudada, apresenta uma visão sobre as causas da riqueza das nações. Mas para isso é fundamental que seja analisada a evolução da economia de inúmeros países, comparando as políticas adotadas em cada um, os fatores determinantes do crescimento de uns, ou do desempenho insatisfatórios de outros. Não devemos nos preocupar apenas com comparações estatísticas ou com os aspectos quantitativos do desenvolvimento, mas, sobretudo, com as condições políticas e culturais que propiciaram a expansão das economias ou que impediram seu crescimento.


É útil a leitura destes livros e artigos dos autores, principalmente para os que se revoltam ou não se conformam  com a pobreza, com o sofrimento humano e com a eterna incompetência dos governos. Mas temos que fazer uma reflexão sobre os que acreditam no Estado como solução, pois assim tão somente professam fé cega na capacidade do Estado de fazer o bem, em especial quando se julgam no direito de usar o bolso dos outros neste intento. São os mais resistentes ao embate das idéias, ainda que a humanidade esteja farta do estrago que maus governos e más políticas vêm fazendo em toda a América Latina.
 
Abraços,
 
Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba - PR

AQUI VAI O TEXTO DE BENAYON:
----- Original Message -----
From: Lucas
To: feneco@grupos.com.br
Sent: Thursday, September 23, 2010 3:43 PM
Subject: [FENECO] AND - Em que deu a globalização - Adriano Benayon


Em que deu a globalização?

O QUE É A GLOBALIZAÇÃO?

1. A globalização é um estágio de maior intensidade da dominação econômica e política mundial, caracterizado pela produção expatriada, ou seja, pelo controle crescente da economia em quase todo o mundo por um grupo cada vez menos numeroso de empresas e bancos transnacionais.

2. A diferença entre o período da globalização, claro a partir de meados dos anos 50 do Século XX, e épocas anteriores da expansão imperial, é que, naquele, a produção e outras atividades empresariais em um país são realizadas sob controle do capital estrangeiro, como acontece agudamente no Brasil.

3. Isso já existia antes, mas não era generalizado e  abrangia somente, e em parte, a finança e serviços públicos, como eletricidade, gás e transportes e o planejamento e a construção da respectiva infraestrutura. A globalização foi acelerada com o uso de avanços tecnológicos nos transportes e nas comunicações, inclusive informática.

QUEM COMANDA A DOMINAÇÃO IMPERIAL

4. Desde antes de 1700, a oligarquia financeira sediada em Londres tem puxado os cordéis dos acontecimentos políticos na maior parte do mundo. Esse império, quase absoluto até em torno de 1915, passou então a ser partilhado por grupos norte-americanos, mas ligados à City de Londres. Esta, ademais, faz parte do grupo de banqueiros que passou, desde 1914, a controlar a então criada Junta de Reserva Federal dos EUA (FED), com profundos e quase absolutos poderes sobre a finança dos EUA.

5. Pode-se, assim, falar da oligarquia anglo-americana como a diretora do poder mundial, a qual organizou as duas guerras mundiais do século XX, obtendo, através delas, êxito em tornar a França, a Alemanha e o Japão potências subordinadas. Não logrou, de imediato, o objetivo de enfraquecer a Rússia, o que conseguiu, em grande parte,  após mais de 40 anos de "Guerra Fria".

6. As nações e Estados denominados EUA e Reino Unido são braços da referida oligarquia, do mesmo modo que outras nações e Estados se vêm tornando, cada vez mais, instrumentos dela. Aqueles dois são os braços armados, principalmente os EUA, cuja hegemonia militar, junto com o controle da mídia e da ideologia, impõe a adesão dos "aliados".

7. Os donos do poder aplicam à risca a permanente lição de Maquiavel (1469-1527): as bases do poder são as armas e o ouro. Na prática, as armas têm garantido mais o ouro, do que o ouro as armas.
8De qualquer modo, como notei no último artigo, a oligarquia britânica controla os metais preciosos, mas ela e seus associados norte-americanos os economizam, pois, para financiar seu poderio militar, prevalecem-se do poder de criar dinheiro falso, como o dólar. Falso, porque emitido em quantidades inimaginavelmente copiosas, sem relação com a produção real de bens e serviços.

RESULTADOS

9. Depois de as transnacionais sugarem, por meio da globalização, países como o Brasil, situados fora do círculo dos centros imperiais e de seus associados, analistas desses centros passaram a lamentar que a globalização tivesse expatriado para a China e outros países os empregos produtivos que antes existiam dentro daquele círculo.

10. Na realidade, a oligarquia financeira anglo-americana intensificou, de forma brutal, a concentração da renda em suas mãos, nos próprios EUA e no Reino Unido, criando "produtos" financeiros como os derivativos, por meio dos quais acumulou fortunas incalculáveis, ademais de modificar a tributação em favor dos bilionários.  Tudo isso deu no colapso financeiro e na depressão, cuja crise mais aguda ocorreu em 2007/2008 e pode ser sucedida por profunda recaída.

11. Nesses dois países-sedes da oligarquia, como em muitos outros, o resultado foi a desindustrialização e o desemprego. Agora, a indústria responde por só 11% do PIB dos EUA. Há não muito tempo, ainda eram 18%. O desemprego oficial está em 9,5%, graças à manipulação da estatística, pois o verdadeiro está em torno de 20%.

12. Nada menos que 40,8 milhões de pessoas dependem dos cupons de alimentação do governo, e o número deverá passar de 43 milhões no próximo ano. A finança de Wall Street e seus servidores no Congresso pretendem cortar esses gastos, diante do brutal déficit orçamentário federal já de US$ 1,4 trilhão com tendência de muita alta. Não cogitam diminuir as astronômicas despesas militares, nem deixar de privilegiar os bancos causadores do colapso.

13. Um parêntesis: as pessoas postas no governo brasileiro esmeram-se em imitar os centros mundiais em matéria de desindustrialização, favorecendo as importações com políticas de juros, cambial e comercial suicidas. Por outro lado, não cuidam de trazer ganhos financeiros para o Brasil: ao contrário, o sistema financeiro daqui é organizado para que os ganhos fluam para o exterior.

AGRESSÕES IMPERIAIS EM PAUTA

14. Outro ponto em que diferimos diametralmente das potências hegemônicas é que estas não se desindustrializam na área militar, nos armamentos. Basta dizer que, enquanto o desemprego nos EUA foi quase geral, isso não ocorre no setor de "defesa". As únicas cidades desse país em que os empregos não diminuíram, mas, sim, cresceram, são San Antonio (Texas), Virginia Beach (Virgínia) e a capital Washington, porque as indústrias bélicas se concentram nestas duas, e os  empregos federais, como os do FBI e outros serviços secretos, em Washington.

15. A propósito, nos EUA, cerca de 1.271 organizações governamentais e 1.931 empresas privadas trabalham com o "contraterrorismo", segurança interna e inteligência. 854 mil pessoas têm credenciais de segurança ultra-secreta. O orçamento oficial de inteligência dos EUA é de 75 bilhões de dólares, sem incluir esse tipo de gastos no âmbito do Pentágono e dos programas internos de "antiterrorismo".

16. Para se ter ideia do belicismo imperial, os EUA, além de terem acumulado colossal acervo de armas, investem nisso 6,6 vezes mais que o segundo colocado. Os 10 primeiros nessa lista são: Estados Unidos, 661 bilhões; China, 100; França, 63,9; Reino Unido, 58,3; Rússia, 53,3; Japão, 51; Alemanha, 45,6; Arábia Saudita, 41,3; Índia, 36,3; e Itália, 35,8.

17. Depois de se ter aberto, nas zonas de exportação, aos investimentos das transnacionais, e juntado mais de um trilhão de dólares em reservas, recebendo, em troca da produção de seus trabalhadores, moeda hiperinflacionada, a China aplicou os dólares principalmente em títulos do Tesouro norte-americano, destinados a ter seu valor dizimado.

18. Paralelamente ao serviço prestado aos ocidentais por seu setor exportador — e eles ainda reclamam por ter perdido empregos —, a China desenvolveu grande infraestrutura industrial para o mercado interno. Por isso, é considerada ameaça, já que os interesses imperiais não admitem nenhum país em vias de tornar-se independente, um pouco que seja,  de sua dominação.

19. Não é outra a razão pela qual as forças armadas dos EUA estão realizando manobras de grande envergadura, com porta-aviões e outras armas de ponta, nas costas da China, próximo ao território desta.

20. A administração de Obama é ainda mais agressiva que as anteriores, pondo na ordem do dia operações de guerra, que incluem o uso de armas nucleares táticas. O Irã é o alvo imediato, junto com a Síria e o Líbano, e também estão programadas pressões e/ou agressões contra a Coreia do Norte e a Rússia, sem falar na China.

21. Por fim, os governantes chineses parecem ter entendido que não faz sentido financiar as operações bélicas dos EUA, comprando  títulos do Tesouro americano. Assim, o estoque da China desses títulos em junho de 2010, de US$ 843 bilhões compara-se com US$ 915 bilhões em junho de 2009. O total dos títulos do Tesouro dos EUA nas mãos de países estrangeiros subiu de 3,46 trilhões para US$ 4 trilhões.
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* Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de "Globalização versus Desenvolvimento", editora Escrituras. abenayon@brturbo.com.br

 

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