Nossa origem
conturbada - A conclusão é de que nossa evolução está longe de ter sido linear
Fernando
Reinach* - 25 AGO 2018 03h12
MEMBRO
DO GEA PERGUNTA – Quando é que a ciência vai pesquisar que bactérias havia no
intestino, na pele, na boca dos fósseis humanos para entender quanto isso foi
fator dessa evolução da espécie HOMO?
Nosso
BLOG está entrando nesse questionamento.
E já
temos colegas de estudos querendo enquadrar nessa série de influências os seres
do espaço que são explicados nos tabletes sumerianos.
TRANSCREVEMOS
O TEXTO
Ninguém duvida
que somos descendentes de macacos que viveram milhões de anos atrás. Mas a
imagem que representa a transformação de um macaco em um ser humano - aquela em
que aparece uma sequência de hominídeos que aos poucos vão se tornando eretos,
perdendo os pelos e carregando machados - é, no mínimo, enganadora. Essa imagem
sugere a existência de uma série de espécies que foram se transformando uma na
outra, de forma linear, até surgir o Homo sapiens moderno. E não foi isso que
ocorreu.
SAIBA MAIS - Menina
das cavernas de 50 mil anos atrás tinha pais de espécies humanas diferentes,
mostra DNA Neandertal por parte de mãe; denisovan do lado do pai
Formalmente uma
espécie consiste em um grupo de indivíduos que praticam sexo e são capazes de
produzir filhos férteis, como é o caso dos humanos. Jumentos e cavalos
acasalam, produzem burros e mulas, mas esses animais não são férteis. Portanto
cavalos e jumentos são espécies distintas.
Espécies muito
semelhantes são agrupadas em gêneros, mas esse é um agrupamento arbitrário, com
base na semelhança. É bom lembrar que o nome de cada ser consiste em duas
palavras, uma se refere ao gênero a que ele pertence, outro à espécie. Somos
Homo sapiens, os únicos representantes vivos do gênero Homo, mas no passado
existiram outros membros do gênero, como o Homo erectus e o Homo
neanderthalensis, que surgiram e desapareceram em diferentes épocas, em
diferentes continentes.
O problema é que
essa definição de espécie funciona bem para animais vivos, onde se pode
observar se o grupo pratica sexo e produz filhos férteis, mas é um problema
para os cientistas que estudam fósseis. Crânios fossilizados e outros ossos de
animais extintos não praticam sexo ou geram filhos. Por isso, os cientistas
agrupam os diferentes esqueletos fósseis em gêneros e espécies com base
unicamente nas semelhanças e morfológicas. Para entender o problema, imagine um
cientista em um futuro distante (após a extinção dos cães) que encontre um
crânio de um cachorro pequinês e de um pastor alemão. Provavelmente seriam
classificados como espécies distintas.
Nos últimos
séculos foram achados na África esqueletos suficientemente semelhantes aos
nossos para serem colocados no gênero Homo. Os mais antigos datam de mais de 2
milhões de anos atrás. Esses esqueletos foram classificados como pertencentes a
diferentes espécies e receberam seus respectivos nomes. Fora da África, os
esqueletos mais antigos classificados como sendo do gênero Homo datam de 1,8
milhões de anos atrás. É por isso que acreditamos que o gênero Homo surgiu na
África.
Por outro lado,
os crânios mais antigos que podem ser classificados como sendo praticamente
idênticos aos nossos só apareceram na África por volta de 500 mil anos atrás.
Quando esses esqueletos semelhantes ao nossos apareceram, outros Homo já haviam
se espalhado pela Ásia e parte da Europa. Os esqueletos semelhantes ao homem
moderno mais antigo achados fora da África são de 130 mil anos, e por isso
dizemos que nossa espécie surgiu na África.
Por volta de 40
mil anos atrás, indivíduos com crânios muito semelhantes aos nossos habitavam
todos os continentes e os outros Homo já haviam desaparecido. A conclusão com
base unicamente em fósseis é que o gênero Homo deixou a África em pelo menos
duas épocas, a primeira por volta de 2 milhões de anos atrás.
Esses hominídeos
deram origem aos neandertais, aos denisovan e outros grupos. Na segunda vez que
o gênero Homo deixou a África (por volta de 130 mil anos atrás), seus
representantes já eram muito semelhantes ao homem moderno e, ao se espalhar
pelo planeta, provavelmente causaram o desaparecimento dos neandertais e de
outros grupos, como os denisovan. Nessa narrativa, neandertais, denisovam ou os
outros grupos do gênero Homo que saíram na primeira leva não fazem parte de
nossos ancestrais.
Essa história
parecia fazer sentido até 20 anos atrás, quando os cientistas começaram a
sequenciar o DNA extraído de ossos antigos. Com isso foi possível comparar os
genomas de diferentes membros do gênero Homo ao genoma do homem moderno.
A primeira
surpresa foi que todas as populações modernas de Homo sapiens (nós) que vivem
fora da África têm em seu genoma até 2% de genes que vieram dos neandertais. E
mais: as populações africanas, praticamente idênticas a nós, não possuem genes
de neandertais. Isso demonstra que somos também descendentes parciais dos
neandertais, cujos ancestrais saíram da África mais de 1 milhão de anos antes
do homem moderno. Logo depois, sequenciando o genoma dos denisovan, outra
população de descendentes dos Homo que saíram cedo da África, foi descoberto
que eles também tinham genes de neandertais. E seus genes também estavam nas
populações modernas, principalmente nos asiáticos. E, semana passada, um novo
sequenciamento descobriu que um esqueleto achado é de uma filha direta de um
denisovan e um neandertal.
Nossos
ancestrais, apesar de terem surgido na África e saído dela recentemente,
acharam no Oriente Médio, na Europa e em parte da Ásia outros grupos de Homo,
como os neandertais, com quem tiveram filhos férteis. Os dados indicam que
somos descendentes tanto da primeira leva de Homo que deixaram a África como da
segunda. E hoje se questiona se neandertais e denisovans eram espécies
distintas ou diferentes raças da população que deu origem ao Homo sapiens
moderno.
A conclusão é de
que nossa evolução está longe de ter sido linear. Muito provavelmente tanto na
África quanto após a saída desse continente, nossa espécie e seu genoma foram
moldados em um ambiente onde existia grande número de populações de Homo, umas
mais semelhantes do que as outras, que trocaram genes por milhares de anos.
Somos o resultado desse processo de mistura.
MAIS
INFORMAÇÕES: NO LIVRO DE DAVID REICH: WHO WE ARE AND HOW WE GOT HERE. ANCIENT DNA AND
THE NEW SCIENCE OF THE HUMAN PAST. PANTHEON
BOOKS (2018)
CONCLUSÃO?
Continuamos reunindo dados que permitam à nossa ciência chegar ao
rejuvenescimento e longevidade ilimitada com base em CONHECER A VERDADE POIS
ELA NOS LIBERTARÁ.
TEMOS SITE EM ANDAMENTO
https://www.energias-msanchez.com/
TEMOS SITE EM ANDAMENTO
https://www.energias-msanchez.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário