RESPOSTA AO REINALDO AZEVEDO
No blog do Reynaldo se apresenta um debate em que Diogo Mainardi afirma não acreditar em Deus.
PRIMEIRO: Concordo plenamente em que não se retire dos Tribunais a figura da Crucificação injusta para que se lembrem de não condenar inocentes e isso é realmente muito maior do que crenças (Brossard).
Crer em Deus, sem ter conhecimento interior de nossa Energia Infinita, de nada nos serve. O Budismo, por exemplo, não aceita uma figura de algo senhorial invisível "existente" como nós, e tem toda a razão. Não aceitar essa figura terrível vingativa e bisbilhoteira que a maioria das religiões nos apresentam é ter mais religiosidade do que a crença dos fanáticos por vinganças.
No caso do Mainardi dizer que acredita na Igreja, entendo diferente.
SEGUNDO: Que o Reinaldo me perdoe, mas não é somente tolerância. Entedi que os dois estão falando da formação moral, civilizada, de caráter e disciplina que essa educação cristã representa, e isso é mais do que patrimônio da humanidade; considero isso como garantia de que estamos a caminho de uma Civilização Verdadeira e vamos um dia sair dessa barbárie Feudal e Banqueira que transformou o mundo em uma Senzala da qual havemos de nos libertar. O ensinamento do crucificado é: "Conheceremos a Verdade e ela nos libertará".
Precisamos refletir, sim! Sobre a Libertação! Novos Escravocratas (nazi-bolchevistas) estão querendo assumir a propriedade da Senzala (que ainda é dos banqueiros). Para ambos interessa que não conheçamos a Verdade dessa escravidão. Para ambos, quem conhece a Verdade é um homem perigoso! (dizia Hitler). Esse é o grande perigo que está por trás de apagar a figura do Crucificado, onde ela estiver.
Eis o trecho do BLOG do Reinaldo:
Não que o caro Lucas Mendes, a quem admiro, me ofenda falando que estou numa cruzada contra "a Justiça brasileira e a OAB". Mas não estou.
1) não se trata de uma cruzada, apenas de uma opinião que considero fundamentada em argumentos não religiosos. Não quero impor a minha religião a terceiros; quero que se preserve um patrimônio humanista;
2) não estou combatendo a "justiça brasileira"; critiquei uma decisão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul;
3) não critiquei a OAB — não que não pudesse fazê-lo; critiquei o presidente da OAB do Rio, Wadih Damus, que defendeu que duas obras de arte, goste-se ou não delas, presentes no STF sejam adulteradas em nome do laicismo.
Dado o contexto, vamos à resposta do querido Diogo. Inteligente e divertido como sempre, vai ao ponto. Ele é ateu, eu não sou; ele defende a convivência com a herança cultural do cristianismo, eu também. Em último caso, ambos falamos — todas as pessoas razoáveis tratam é disso — sobre tolerância.
A síntese magistral de Diogo diz muito mais do que parece: "Em Deus eu não acredito, não, mas na Igreja, sim". Não acreditar em Deus é uma questão pessoal, de fé, que não está sujeita a qualquer forma de convencimento. As pessoas crêem, deixam de crer ou passam a crer por motivos que são insondáveis. Quando Diogo afirma que "acredita na Igreja", está lembrando um conjunto de valores culturais, éticos e morais que definiram o mundo ocidental.
Por não crer em Deus, a posição dele é mais ou menos legítima do que a minha? Nem mais nem menos. A herança cultural da Igreja e do cristianismo não é matéria de reflexão exclusiva de cristãos, ateus ou crentes de outra religião. É um patrimônio da humanidade.
Um abraço fraterno a Lucas, Caio Blinder e, muito especialmente, ao meu querido amigo Diogo Mainardi!
Um comentário:
TUDO PASSARA SO A PALAVRA DELE(DEUS)NAO PASSARA. E OLHA QUE FAZEM MAIS DE MIL ANOS.PODEROSO ESSE MEU DEUS.
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